Reacções ao adiamento da linha de velocidade alta
A ligação Porto-Vigo sempre "foi uma fantasia”, diz Rui Moreira
23.11.2009 - 13h31 (Público) Luísa Pinto
O presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, diz que não ter ficado “nada surpreendido” com a notícia de que a entrada em funcionamento da linha ferroviária de prestações elevadas entre Porto e Vigo iria sofrer uma derrapagem de dois anos, para estar operacional apenas em 2015.
“A justificação já nem interessa, seja a falta de dinheiro, seja a falta de estudos de impacto ambiental. Isso é pouco importante. Esta decisão não me surpreende nada”, afirmou Rui Moreira.
Instado pelo PÚBLICO a comentar a noticia que saiu do encontro realizado hoje entre os ministros das Obras Públicas Português, António Mendonça, e o seu homólogo espanhol, o Ministro do Fomento, José Blanco Lopez, Rui Moreira recorda que “sempre achou” que a linha Porto-Vigo era uma “fantasia”, “uma migalha para tapar os olhos” e “que não trazia nada de muito importante”.
Para o presidente da Associação Comercial, a ligação ao aeroporto de Sá Carneiro e ao Porto de Leixões era fundamental, se em causa estivesse “de facto, a intenção de transportar as nossas mercadorias para Espanha, e melhorar as acessibilidades”. “Para isso era necessário que a linha fosse construída em bitola europeia, e a anterior secretaria de Estado nunca assumiu sequer isto, com frontalidade. A ligação Porto-Vigo não era mais do que uma derivação a partir de Braga, uma migalha para tapar os olhos”, argumenta. Por isso, diz Rui Moreira, “estamos a falar de adiar uma tonteria, e dai nao vem grande mal ao mundo”, ironizou.
Mais grave, para Rui Moreira, são os “sinais” que continuam a ser dados a partir do novo titular da pasta do Ministério das Obras Públicas. “Parece que continuamos a olhar para asa obras não do ponto de vista do interesse nacional, mas com as decisões assentes em outros critérios. Para as migalhas, não vai haver dinheiro. Mas para a terceira travessia do Tejo e para o novo aeroporto, o dinheiro não vai faltar certamente”, terminou.
O presidente da Associação Comercial do porto assina hoje no PÚBLICO um artigo de opinião entitulado "A política furtiva", onde aborda "as péssimas decisões, visíveis ou furtivas, que vão sendo tomadas na ferrovia" e que "são prejudiciais para o todo nacional".
A ligação Porto-Vigo sempre "foi uma fantasia”, diz Rui Moreira
23.11.2009 - 13h31 (Público) Luísa Pinto
O presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, diz que não ter ficado “nada surpreendido” com a notícia de que a entrada em funcionamento da linha ferroviária de prestações elevadas entre Porto e Vigo iria sofrer uma derrapagem de dois anos, para estar operacional apenas em 2015.
“A justificação já nem interessa, seja a falta de dinheiro, seja a falta de estudos de impacto ambiental. Isso é pouco importante. Esta decisão não me surpreende nada”, afirmou Rui Moreira.
Instado pelo PÚBLICO a comentar a noticia que saiu do encontro realizado hoje entre os ministros das Obras Públicas Português, António Mendonça, e o seu homólogo espanhol, o Ministro do Fomento, José Blanco Lopez, Rui Moreira recorda que “sempre achou” que a linha Porto-Vigo era uma “fantasia”, “uma migalha para tapar os olhos” e “que não trazia nada de muito importante”.
Para o presidente da Associação Comercial, a ligação ao aeroporto de Sá Carneiro e ao Porto de Leixões era fundamental, se em causa estivesse “de facto, a intenção de transportar as nossas mercadorias para Espanha, e melhorar as acessibilidades”. “Para isso era necessário que a linha fosse construída em bitola europeia, e a anterior secretaria de Estado nunca assumiu sequer isto, com frontalidade. A ligação Porto-Vigo não era mais do que uma derivação a partir de Braga, uma migalha para tapar os olhos”, argumenta. Por isso, diz Rui Moreira, “estamos a falar de adiar uma tonteria, e dai nao vem grande mal ao mundo”, ironizou.
Mais grave, para Rui Moreira, são os “sinais” que continuam a ser dados a partir do novo titular da pasta do Ministério das Obras Públicas. “Parece que continuamos a olhar para asa obras não do ponto de vista do interesse nacional, mas com as decisões assentes em outros critérios. Para as migalhas, não vai haver dinheiro. Mas para a terceira travessia do Tejo e para o novo aeroporto, o dinheiro não vai faltar certamente”, terminou.
O presidente da Associação Comercial do porto assina hoje no PÚBLICO um artigo de opinião entitulado "A política furtiva", onde aborda "as péssimas decisões, visíveis ou furtivas, que vão sendo tomadas na ferrovia" e que "são prejudiciais para o todo nacional".
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