Inauguração da Sede de CampanhaValongoCaro Dr. Francisco Assis
Caro Presidente da Concelhia
Caro António Oliveira presidente da Junta de Freguesia de Valongo
Caros candidatos ás Juntas de Freguesia Campo, Ermesinde e Sobrado
Caras amigas
MEUS CAROS AMIGOS
Valongo chegou ao fim de um ciclo. Temos uma Câmara cansada, parada no tempo, paralisada na obra e nos projectos, esquecida de ideias, incapaz de pensar e agir.
É isso que eu tenho constatado nas visitas às nossas associações, nos bairros sociais e zonas residenciais e no contacto com empresários, comerciantes e trabalhadores.
Sei hoje bem o que é preciso para fazer melhorar a vida das pessoas e das famílias do nosso concelho.
Paira no ar um sentimento de mudança. E nós, socialistas, estamos aqui para responder a esse apelo. De uma forma moderada, responsável e credível.
Sei que os valonguenses acreditam em nós.
Os valonguenses sabem que a única alternativa ao poder cansado e gasto do PSD é o Partido Socialista. É preciso, por isso, concentrar os votos nos candidatos do PS.
A crise económica e financeira internacional vai tornar ainda mais difícil, nos próximos tempos, a vida dos nossos concidadãos.
Vai aumentar o desemprego – e vão faltar empregos para os jovens.
A crise social vai levar o desequilíbrio a muitas famílias
Por isso é tempo de voltar a colocar as pessoas no centro da política. No centro das preocupações dos autarcas do nosso concelho.
Queremos um concelho com coesão social. A Câmara Municipal deve mobilizar a sociedade civil organizada, os professores, por quem tenho o máximo respeito, a comunidade escolar, as forças de segurança e os serviços desconcentrados da Administração Central, a trabalharem em parceria e de forma integrada.
Queremos que o dinheiro dos contribuintes seja bem aplicado. Se o for, é possível reduzir as taxas camarárias e mesmo, abolir algumas, de que é exemplo as taxas aplicadas às rampas, pois os seus proprietários já pagam o IMI, imposto que se vem revelando injusto.
Visitamos os bairros sociais e verificamos o estado de degradação e desleixo a que a Câmara tem votado as famílias que neles residem.
Temo-los visitado, casa a casa, família a família e ouvimos os gritos dramáticos contra as injustiças e o abandono. Os serviços camarários não cumprem a sua função. Propusemos mesmo o congelamento, no ano de 2009, dos aumentos das rendas sociais. Não fomos ouvidos.
É por isso que nos propomos reestruturar a Empresa Municipal de habitação de forma a acabar com a burocracia e torná-la num instrumento de gestão que responda às necessidades e expectativas das pessoas.
Na Câmara Municipal queremos ser o parceiro, o motor para a criação de empregos no nosso concelho, desenvolvendo as suas zonas industriais e pólos empresariais e chamando investidores para a nossa terra.
E como precisamos de empregos!
Falamos com empresários e com comerciantes e constatamos a desmoralização que grassa entre todos. Não há uma política virada para o desenvolvimento económico da nossa terra. Não há uma visão de futuro, não há apoio às empresas, pequenas e médias, que aqui se querem instalar e criar empregos. Taxas elevadas, burocracia e incompetência afastam os empresários para outros concelhos.
Queremos, também, uma Associação Empresarial forte que ajude a Câmara neste grande desígnio concelhio que é o seu desenvolvimento.
Queremos políticas municipais viradas para o social, que apoiem os mais pobres e excluídos.
Quero uma Câmara Municipal que tenha sensibilidade para os mais idosos. Que mantenha os convívios e os passeios, mas que vá mais longe promovendo uma verdadeira política municipal de apoio à Terceira Idade.
Queremos, também, políticas municipais modernas e coerentes de apoio ao desporto.
Se há falhanço visível nas políticas municipais deste Executivo, ao longo de 16 anos, é exactamente no desporto onde os clubes foram largados à sua sorte.
Agora andam por aí a oferecer tudo à última hora. Vão aparecer maquetes de projectos apresentados em campanhas eleitorais anteriores. Neste momento estão a limpar-lhe o pó para voltarem a apresentá-los de novo! Já ninguém acredita nisso! O movimento associativo está cansado deste Executivo e desta maioria. Reclamam sim novas políticas municipais e novos rostos para as protagonizar.
A propósito quero aqui denunciar a incompetência, a falta de visão política e a inexistência de planeamento que levou a que projectos considerados importantes, no domínio das infra-estruturas desportivas, não fossem apresentados atempadamente, perdendo, assim, o concelho, a oportunidade de remodelar, com fundos comunitários, os equipamentos desportivos.
Connosco na Câmara Municipal e durante o mandato, construiremos um Parque Desportivo Municipal e dotaremos cada freguesia de um relvado sintético para que os clubes ali sedeados dele possam usufruir na prática desportiva e competições onde se encontrem inscritos.
Caros amigos,
Prometemos trabalho, dedicação à causa pública, enfim, um novo estilo de governar o concelho. Os recursos financeiros podem ser poucos – há quem diga que encontraremos os cofres vazios – mas o trabalho solidário de muitos multiplica esses recursos e faz verdadeiros milagres.
Ouviremos as pessoas não as correndo “a pontapé”. Não forçando, em fim de mandato, a aprovação de propostas, no mínimo controversas, de que é exemplo a pressão que se vem fazendo para aprovar, à pressa, um concurso que envolve milhões de euros e cujos encargos responsabilizam os dois próximos mandatos (oito anos).
Refiro-me ao concurso para recolha de lixos, que vem constituindo verdadeira telenovela, sem que se perceba a urgência na sua aprovação a três meses do fim de mandato.
Trataremos com equidade as várias freguesias, transferindo competências para os respectivos órgãos autárquicos. Seremos amigos do ambiente e do movimento associativo.
Meus caros amigos,
Quero dar aqui uma palavra de esperança aos jovens, dizendo que nos empenharemos na melhoria das suas qualificações e no potencial das mesmas em termos de ocupação de postos de trabalho no nosso concelho, bem como na instalação de um Pólo Universitário, tornando-o mais vivo e retirando-lhe a carga cada vez mais negativa, de “concelho dormitório” da área metropolitana.
Finalmente quero dizer à população do concelho e, em particular, aos cidadãos de Ermesinde que é intolerável o estrangulamento do trânsito nos acessos à cidade. É preciso e é urgente encontrar uma solução.
A situação actual cria problemas ambientais, transtornos de diversa ordem e causa má impressão de Ermesinde, junto dos automobilistas que atravessam a A4.
As enormes filas de trânsito são diárias e a Câmara Municipal de Valongo nada tem feito. Daqui desafiamos a Brisa, O Instituto de Estradas de Portugal e o Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias a terem mais respeito pelos utentes. Connosco na Câmara Municipal, jamais permitiremos que esta situação se mantenha e que os utentes sejam tão maltratados. As Câmaras Municipais de Gondomar e da Maia não podem “sacudir a água do capote”. Serão, por mim, envolvidas no processo pois temos propostas para a sua resolução.
Na apresentação da candidatura falamos no propósito de trazer o metro a Valongo e de fazer de Valongo o concelho ecológico, o concelho do ambiente, da área Metropolitana. Reafirmo isso mesmo, hoje e aqui.
Deve ser criada a zona protegida de Santa Justa e requalificadas as margens e tratadas as águas dos Rios Ferreira e Leça. Para isso é preciso juntar vontades ao nível dos respectivos municípios. Para que não se repita a poluição das águas, como recentemente aconteceu no Rio Leça, na zona de Alfena.
Não basta o voluntarismo e o entusiasmo dos cidadãos de Alfena em preservar e defender o seu rio se os municípios envolvidos não actuarem de mãos dadas.
Não, isto não pode acontecer!
Meus caros amigos
A população de Valongo, os nossos apoiantes, dispõe, agora deste espaço de debate e de convívio. Desejamos que nos façam chegar as suas ideias para que o programa eleitoral que apresentaremos seja participado, moderno e desejavelmente metropolitano.
Obrigado a todos.
Afonso Lobão