sexta-feira, 30 de julho de 2010

Comissão de Toponímia admite analisar o nome de Saramago
(Público)Jorge Marmelo
Critério invocado por Rui Rio para recusar proposta pode ser suspenso, diz o presidente da comissão, o histórico social-democrata Miguel Veiga
A Comissão de Toponímia do Porto não afasta liminarmente a possibilidade de vir a analisar uma proposta concreta para atribuição do nome do escritor José Saramago a uma rua da cidade. Miguel Veiga, o fundador do PSD que preside à comissão, admite inclusivamente que o nome do Prémio Nobel da Literatura venha a ser aceite por alguns ou mesmo pela maioria dos membros daquele órgão. Neste caso, porém, o parecer da comissão teria que ser submetido à votação do executivo municipal, o qual recentemente chumbou uma proposta semelhante.
Numa carta enviada ao PEN Clube Português, recorde-se, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, justificava a decisão da maioria PSD/PP com o facto de a Comissão de Toponímia apenas aceitar nomes de cidadãos com ligação directa ao Porto, considerando que José Saramago não cumpre este requisito. Miguel Veiga confirma que este é um dos critérios que têm sido seguidos pelo órgão a que preside, o qual inviabilizou, por exemplo, a atribuição do nome da fadista Amália Rodrigues a uma artéria da cidade. Todavia, Veiga esclarece que a comissão "é livre de formar a sua decisão" perante cada caso concreto e que, por isso, o nome de José Saramago não está automaticamente excluído.
"A comissão ainda não foi chamada a pronunciar-se. Se um dia baixar alguma proposta, a comissão não a arreda e vai pronunciar-se. Tem liberdade para seguir ou não os critérios que estabeleceu por consenso, e não está fora de causa que alguns elementos não queiram, neste caso, manter esses critérios", explicou Miguel Veiga ao PÚBLICO. Ao que o PÚBLICO apurou, há entre os elementos da comissão quem esteja disponível para aceitar o nome de Saramago, por considerar que se trata de uma personalidade de importância universal.
A Comissão de Toponímia, refira-se, pronuncia-se sobre propostas para nomes a atribuir a ruas da cidade, recebendo-as quer dos órgãos municipais, quer de outras instituições e de cidadãos. É assim possível que, apesar do veto da maioria PSD/PP do executivo municipal, o nome de José Saramago chegue à comissão por força das duas moções aprovadas, sem votos contra, na assembleia municipal, ou ainda por iniciativa de algum proponente individual.
Questionado pelo PÚBLICO, Miguel Veiga não quis exprimir publicamente a sua posição sobre a polémica provocada pelo chumbo do nome de Saramago no executivo municipal. "Não posso fazê-lo, uma vez que posso vir a ser chamado a pronunciar-me sobre o assunto enquanto presidente da comissão", adiantou o advogado, acrescentando que estas razões impediram também que subscrevesse a petição já assinada por 191 nomes da cultura, convidando Rui Rio a rever a posição assumida contra José Saramago.
Veiga chegou, há alguns anos, a apresentar no Porto o romance Ensaio sobre a Lucidez, tendo, na altura, provocado alguma polémica por ter criticado a defesa do voto em branco que Saramago parecia assumir no livro. "Não temos as mesmas convicções, e mantenho reservas quanto a certas atitudes que tomou durante a época do PREC [Processo Revolucionário em Curso], mas considero-o um enorme escritor", salientou Miguel Veiga.A comissão também não atribui nomes de personalidades ainda vivas às ruas, nem altera os actuais topónimos

quinta-feira, 29 de julho de 2010

"As coisas degradantes"
Talvez a expressão "avanço civilizacional" deva suscitar reservas. Talvez nem sempre a noção de "barbárie" esteja nos antípodas da "civilização" (e a actual crise financeira mundial tem sido fértil em pôr à vista exemplos disso).
Talvez a razão, o que quer que a razão seja, raramente se encontre, numa controvérsia, apenas de um dos lados. Mas uma coisa é certa: há matérias em que a intolerância constitui, se não um dever de cidadania (conceito próximo do de civilização), uma exigência ética.
Uma dessas matérias é a aceitabilidade moral de que se possa obter prazer provocando sofrimento e morte alheios. Por isso é que a decisão de, depois das Canárias, também a Catalunha abolir definitivamente as touradas tem que ser saudada como um avanço civilizacional sobre uma tradição bárbara e moralmente inaceitável.
"Há tradições que não podem permanecer (...). As coisas degradantes devem ser abolidas", disse Jose Rull, deputado do partido nacionalista catalão Convergência e União.
Enquanto isto, em Portugal, uma ministra da "Cultura" abre as portas do seu Ministério ao sangrento e ominoso espectáculo.
Parabéns Catalunha! E obrigado pelo exemplo!
Catalunha diz "Prou!" e acaba com as touradas
Ana Paula Correia,
A partir de 1 de Janeiro de 2012, deixará de haver touradas na praça de touros Monumental de Barcelona. A decisão foi tomada ontem, quarta-feira, pelo Parlamento da Catalunha e, apesar de ainda faltar o pronunciamento do Tribunal Constitucional espanhol, já motivou reacções.
Com 68 votos a favor, 55 contra e nove abstenções, o parlamento catalão aprovou a iniciativa legislativa popular, proposta por 180 mil cidadãos da plataforma "Prou!" ("Basta!", em catalão) em defesa dos animais.
O apoio maioritário à proposta foi do partido da Convergência e União (CiU) e da Esquerda Republicana de Catalunha (ERC), enquanto o Partido Popular da Catalunha (PPC) votou contra, como a maioria dos deputados socialistas do PSC, que dispuseram de liberdade de voto.
A interdição está circunscrita às touradas a realizar na praça Monumental de Barcelona e não abrangerá as largadas de touros que se realizam um pouco por toda região catalã.
Canárias proibiram em 1991
A Catalunha torna-se a segunda região espanhola a proibir as touradas. Em 1991, as corridas de touros foram proibidas nas ilhas Canárias, na sequência de uma lei regional de protecção de animais.
Com a decisão do parlamento catalão, fica em aberto o futuro das corridas em toda a Espanha, onde a tourada ainda está identificada como uma festa nacional. Mas também essa relação entre a Espanha e as touradas poderá estar a mudar. Como referiu ao JN a presidente da Associação Animal, Rita Silva, há movimentos fortes anti-touradas na Andaluzia e em Madrid, apesar de a capital espanhola ter classificado a tourada como um "bem cultural".
Em Portugal, só há proibição de corridas em Viana do Castelo, mas as associações de defesa dos animais esperam que o movimento se alargue a outros concelhos e até ao nível nacional.
Ontem, quarta-feira, em Barcelona, os activistas contra as touradas manifestaram-se a favor da decisão do parlamento, que foi contestada pelos aficcionados espanhóis.
Conhecida defensora dos direitos dos animais, a actriz francesa Brigitte Bardot comemorou a decisão catalã, ao considerá-la, em comunicado divulgado pela France Press, "uma vitória da democracia sobre os lobis taurinos, da dignidade sobre a crueldade".
A maior associação protectora de animais da Alemanha e da Europa, a Deutscher Tierschutzbund, disse esperar que a regra seja "estendida a outras regiões de Espanha".
Do lado oposto, o Observatório Nacional das Culturas Tauromáquicas, de França, afirmou -se confiante de que o Tribunal Constitucional espanhol invalidará o voto parlamentar.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O blogue do futuro:
órgão do Movimento pró-Partido do Norte - MPP
Uma "bomba" de 91.731 documentos contra a guerra no Afeganistão
Jorge Almeida Fernandes
Os ficheiros divulgados pouco ou nada dizem que já não se soubesse. Mas poderão ter um efeito explosivo sobre as opiniões públicas ocidentais
Ápice - Mário de Sá-Carneiro

O raio de sol da tarde
Que uma janela perdida

Reflectiu
Num instante indiferente -
Arde,
Numa lembrança esvaída,
À minha memória de hoje
Subitamente...

Seu efémero arrepio
Ziguezagueia, ondula, foge,
Pela minha retentiva...
- E não poder adivinhar
Por que mistério se me evoca
Esta idéia fugitiva,
Tão débil que mal me toca!...

- Ah, não sei por quê, mas certamente
Aquele raio cadente
Alguma coisa foi na minha sorte
Que a sua projeção atravessou...

Tanto segredo no destino duma vida

É como a idéia de Norte,
Perconcebida,
Que sempre me acompanhou...
Preto e branco
(JN)Os últimos dados evidenciam um bom desempenho das nossas exportações. Uma boa notícia por ser esse um factor crítico para superarmos a actual situação. Os empresários e gestores com quem se fala confirmam as expectativas. Nas queixas, há sempre queixas, a mais surpreendente, por generalizada, é o lamento quanto à dificuldade em encontrar trabalhadores disponíveis.
O sector do calçado anunciou estarem em risco encomendas que estimam em 2 milhões de pares de sapatos. As empresas estão a trabalhar o máximo de horas legais, nalguns casos negociaram a mudança das férias mas, mesmo assim, temem não conseguir respeitar prazos. No caso do calçado, uma parte dos ganhos de quota relativamente a rivais como a Itália e a Espanha resultaram da capacidade de cumprir, exemplarmente, com prazos e requisitos de qualidade. Uma reputação que demorou anos a construir e que agora está em causa. Os empresários terão tido mais olhos que barriga, aceitando encomendas a mais? Quando todos os dias há notícias sobre o desemprego e a pobreza, é razoável admitir que a limitação não viria da falta de trabalhadores. Afinal, parece que será esse o travão, somado a uma taxa de absentismo que ronda os 10%. Dir-se-á que a explicação estará nos baixos salários. É verdade. Por isso, o subsídio de desemprego ou o que se ganha quando se está de baixa e não se tem de gastar dinheiro, e tempo, em transportes são alternativas atractivas e compensadoras, numa perspectiva estritamente individual. A questão que se põe é se socialmente o Estado (social) deve ignorar esta contradição.
Os salários deviam ser mais elevados. Quanto? Não, certamente, ao ponto de as empresas perderem dinheiro. Podemos sonhar com um país moderno, com funções sofisticadas e bem remuneradas. A verdade é que não o somos, nem seremos nos tempos mais próximos. Ultimamente, tem-se acusado os empresários por isso: as suas baixas qualificações não os conduzem à inovação. Imagine, por um momento, que consegue substitui-los, a todos, já não digo pelos colunistas, economistas, sindicalistas e políticos que têm dado expressão a esta crítica. Não peço tanto! Apenas que todos fossem empresários como Belmiro de Azevedo. Acha que a situação seria muito melhor? Não se podem fazer omeletas sem ovos e, a verdade, é que a qualificação de muitos dos trabalhadores e, em particular, dos desempregados, não os habilita a muito mais do que aquilo que agora é oferecido. É essa a triste realidade.
Costuma dizer-se que o trabalho é, em si, um bem, um factor de inserção social e de auto-estima. O desemprego seria, por isso, um factor de desestruturação da sociedade. Na prática, a teoria parece ser outra. Mas talvez a prática pudesse, ela própria, ser outra se o absentismo fosse mais controlado ou se o desempregado que aceita emprego fosse bonificado, durante o período que duraria o subsídio, nos descontos para a Segurança Social ou em sede de IRS ou pudesse acumular o salário com uma parte do subsídio. Quanto aos empresários, vão fazendo o que podem e sabem. E, quando criam emprego e contribuem para aumentar as exportações, já não é mau. O Mundo não é a preto e branco.
Caiu acusação de burla qualificada
Ex-administradores do BCP vão ser julgados
27.07.2010 - 15:12 Por António Arnaldo Mesquita
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa ordenou o julgamento de Jardim Gonçalves, Filipe Pinhal, Christopher de Beck e António Rodrigues, os quatro ex- administradores do BCP, por manipulação de mercado e falsificação de documentos

segunda-feira, 26 de julho de 2010



Estaremos esta noite, pelas 10 da noite, num debate sobre REGIONALIZAÇÃO.
Ministro das Obras Públicas em resposta ao Bloco Esquerda
Há “necessidade urgente” de privatizar a TAP, defende Governo
26.07.2010 - 12:03 Por Ana Tavares
O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, diz que é preciso recapitalizar a transportadora aérea antes que surja uma nova crise.

quarta-feira, 21 de julho de 2010


Num só dia do "Diário da República", para ver como funciona o topo do centralismo e donde vem o défice público, a despesa galopante e a ruína do país! Isto é só um nisco da estória da despesa do centralismo... Claro que é populismo e demagogia...(PB)

· Despacho n.º 8346/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à empresa Deloitte & Touche, Lda., António José Oliveira Figueira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8347/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares Rui Manuel Alves Pereira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8348/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita ao Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços Vítor Manuel Gomes Martins Marques Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8349/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Augusto Lopes de Andrade para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8350/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Requisita à empresa Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.,Arnaldo de Oliveira Ferreira, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8351/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o assistente operacional Jorge Martins Morais da Secretaria-Geral do Ministério da Cultura, para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8352/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o assistente operacional Jorge Orlando Duarte Vouga do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8353/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Jorge Henrique dos Santos Teixeira da Cunha para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8354/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa a agente principal da Polícia de Segurança Pública Liliana de Brito para exercer funções de apoio administrativo no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8355/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública José Duarte Barroca Delgado para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8356/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Manuel Benjamim Pereira Martinho para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8357/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Horácio Paulo Pereira Fernandes para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro

· Despacho n.º 8358/2010. D.R. n.º 96, Série II de 2010-05-18

Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria-Geral

Designa o agente principal da Polícia de Segurança Pública Custódio Brissos Pinto para exercer funções de motorista no Gabinete do Primeiro-Ministro
Quinta-feira, 22 Julho, das 21 para as 22 horas (de Portugal), 22 para as 23 (Galiza), estaremos no Canal televisivo galego Via V (www.vtelevision.es), em nome do Movimento pró-Partido do Norte, num programa sobre o regionalismo em Portugal.
Défice não pára de subir e soma mais 462 milhões
LUCÍLIA TIAGO(JN) H0je
O défice do subsector Estado registou "7763 milhões de euros" no primeiro semestre deste ano, valor superior em 6,33 por cento em relação ao período homólogo de 2009, informou hoje, terça-feira, o Ministério das Finanças.
É uma atitude da Câmara (maioria e aquele pobre diabo do PS que se absteve) tão caricata, tão rídícula e tão mesquinha que é praticamete inqualificável. O pior é que, se define o grau de estupidez, ignorância e baixeza daquela gente, acaba por ser um epíteto ignominioso atirado para cima dos portuenses que, por via desta Câmara, passarão por pacóvios e ultramontanos, como se a Traulitânia de 1919 não tivesse abortado.
Nunca gostámos, por diversos motivos caracterológicos, ideológicos e políticos, da pessoa do Sr. José Saramago, consideramos que, como escritor, e com respeito por outra opinião, também produziu muito lixo (como por exemplo CAIM), mas escreveu grande livros que o afirmam como um grande escritor nacional e mundial a tal ponto de ter sido o único Nobel literário português o que, por si só, diz mais do que tudo. Os portuenses têm de se revoltar contra esta situação e obrigar a Câmara a recuar. E os socialistas deveriam investigar como e porquê foi metido na lista da Dr. Elisa pelo Sr. Renato, o homem já metido no Instituto do Vinho do Porto, para fazer estas figurinhas de servente do poder. Pergunta da semana: em que é que todos estes elementos jogam uns com os outros. Pelo nosso lado apoiaremos todas as inciativas de protesto contra uma insanidade que envergonha o Porto ! E onde está o presidente da Concelhia do PS-Porto? No lugar dos outros, pois claro, bem longe, pela Lísbia...(PB)
Multiplicam-se críticas à Câmara do Porto pela rejeição de rua dedicada a Saramago
(Público) Hoje Jorge Marmelo
Depois de o PEN Clube Português ter escrito a Rui Rio, várias instituições estão a recolher assinaturas para um documento que pede a revisão de uma decisão considerada "chocante"
Alguns dos mais importantes nomes da cultura portuguesa estão a tomar posição contra a rejeição, na semana passada, de uma proposta que previa a atribuição do nome do escritor José Saramago, recentemente falecido, a uma rua da cidade do Porto. A homenagem ao único Prémio Nobel da Literatura de língua por- tuguesa, sugerida pelo vereador da CDU, Rui Sá, foi inviabilizada pelos votos da maioria PSD/PP na Câmara do Porto, mas, para além de algumas tomadas de posição individuais, existem já pelo menos dois documentos reclamando a reavaliação da proposta.
Ontem mesmo foi tornado público um documento que já foi adoptado por várias instituições, entre as quais a Associação Portuguesa de Escritores (APE) e a Cooperativa Árvore, as quais estão a promover junto dos seus associados uma recolha de assinaturas de apoio a um documento em que se convida o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, "a promover a reanálise da proposta apresentada, com vista a uma decisão que não desonre a cidade, nem ofenda a memória de um compatriota nosso que ficará como vulto maior da Literatura Universal".
O documento que serve de base à recolha das assinaturas considera "chocante" a notícia da rejeição da proposta de Rui Sá e conta já, entre outros, com a assinatura do escritor Mário Cláudio, Prémio Pessoa de 2004 e um dos responsáveis pelo texto da petição. O editor José Cruz Santos, os artistas plásticos Albuquerque Mendes, José Emídio e José Rodrigues, e o arquitecto Alcino Soutinho contam-se também entre os primeiros subscritores do documento.
O presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, disse ao PÚBLICO que subscreve "na íntegra" o teor do documen- to, tendo-o assinado a título individual, enquanto amigo de Saramago, mas também, institucionalmente, enquanto dirigente da APE. Trata-se, acrescentou, de manifestar "profunda indignação" por uma decisão "inqualificável" e "intolerável". "Ou se considera que a decisão da câmara é uma coisa risível, uma vez que a grandeza do José Saramago não está à mercê da estatura das formigas, ou se assume uma posição mais consequente e se procura que a câmara reveja a posição que tomou", explicou José Manuel Mendes.
Segundo este responsável, o docu- mento está a ser adoptado por várias instituições ligadas ao mundo cultural, de modo a não multiplicar iniciativas nem dispersar esforços, tendo já reunido, em poucos dias, um número muito considerável de assinaturas.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da direcção da Cooperativa Árvore, Amândio Secca, explicou que, sendo esta "uma instituição cultural ligada à cidade do Porto por profundas raízes" e com 48 anos de existência, não pode deixar de manifestar "grande perplexidade" por uma decisão que Secca classifica como "insólita e atentatória à divulgação dos nossos valores culturais e dos seus criadores".
Já anteontem, também o PEN Clube Português (associação de poetas, escritores e novelistas) tinha divulgado uma carta enviada a Rui Rio, na qual se apela a que a decisão da última reunião do executivo seja reexaminada "com serenidade e lucidez". Considerando que a "dimen- são universal" de José Saramago "ultrapassa quaisquer divergências de apreciação que possamos ter a respeito da obra, da pessoa e das ideias do escritor", o PEN lamenta "profundamente" a decisão da autarquia.
A carta está assinada por alguns dos mais respeitados escritores portugueses, entre os quais se contam Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa, Ana Luísa Amaral, Hélia Correia, Gastão Cruz, Pedro Tamen e Maria do Rosário Pedreira.
Já na semana passada, também Manuel António Pina, o autor homenageado na última edição da Feira do Livro do Porto, tinha criticado a posição da maioria de direita que governa a Câmara Municipal do Porto. Num artigo de opinião no Jornal de Notícias, Manuel António Pina optou pela ironia e comentou que a rejeição da proposta se ficou a dever ao facto de o vereador Rui Sá não ter explicado a Rui Rio quem foi José Saramago.
Crise económica afecta construção, têxtil, alimentação e distribuição
Mais 1565 insolvências em três meses apenas
20.07.2010 - 17:46 Por Lusa
O aumento do número de insolvências começou no primeiro trimestre do ano passado e ultrapassou “um milhar de processos trimestrais”. Em 2008, o número de processos foi de 500.
“Após seis trimestres consecutivos de crescimento gradual, os números referentes ao último trimestre mostram, pela primeira vez, a concentração de mais de 1500 processos em apenas três meses”, salienta a Crédito y Caución, acrescentando que “apesar de ter registado uma queda de 5,3 por cento, um em cada três processos de insolvências continua a envolver empresas diretamente relacionadas com o setor dos serviços”.
A construção é o segundo sector mais afectado, seguida do têxtil e da alimentação e distribuição, “que registam quedas acentuadas em torno dos 20 por cento”.
Segundo a análise da Crédito y Caución, assiste-se a uma recuperação em sete sectores e o aumento das insolvências em oito.
Face ao primeiro trimestre, “a maior intensidade foi registada no sector do papel e artes gráficas (58 por cento), nas peles (50 por cento) e no da madeira e mobiliário (43 por cento)”.
Por outro lado, o sector dos eletrodomésticos (55 por cento), máquinas e ferramentas (40 por cento) e instalações (28 por cento) foram os que registaram uma melhoria.
“O ano de 2010 está a marcar o início da mudança de ciclo, mas persistem alguns factores de incerteza como é o caso da reativação do crédito financeiro”, salienta a Crédito y Caución, destacando a “incapacidade de muitas PME poderem financiar o circulante e melhorar a tesouraria devido às dificuldades no acesso ao crédito” como um dos principais fatores que “pressionam a entrada de processos de insolvência judicial”.


Esta noite de 21 de Julho, pelas 23,30, estaremos, como habitualmente, na "Análise do Dia" do
PORTO CANAL

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ora aqui está uma boa rubrica para "socialistas" cortarem na despesa! Em compra de automóveis, não; na redução dos ministérios e secretarias de Estado, também não; na redução dos institutos públicos, fundações e empresas municipais, muito menos; na redução das mamas nas empresa públicas, coitados dos zelosos gestores; na redução do número de deputados, nem pensar; mas cortar o almoço à ganapada, é assim mesmo, combater o despesismo. Almoço no ATL paa quê? Vão comer a casa, ao ganga ou à Mitra!!! De resto andam gordos demais(PB)
Estado corta apoios a refeições nos ATL
(JN) HOJE Gina Pereira
Alguns centros distritais da Segurança Social estão a avisar as Instituições Particulares de Solidariedade Social que, a partir de 1 de Setembro, deixarão de comparticipar o almoço dos Ateliês de Tempos Livres, o que pode pôr em causa a alimentação de muitas crianças.
O alerta foi deixado ontem pelo padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidarieadde (CNIS) - que representa cerca de 2700 instituições do país - numa carta enviada a todos os presidentes de IPSS com ATL, incentivando-os a "não dar satisfação às intimações dos centros distritais do Instituto de Segurança Social" (ISS) e admitindo até que poderão vir a recorrer aos tribunais, caso os acordos de cooperação sejam "ilegitimamente cessados".
O ambiente entre as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e o ISS está "de cortar à faca", com Lino Maia a admitir, ao JN, que, "com as dificuldades que nos estão a colocar, provavelmente vamos ser confrontados com a necessidade de encerrar muitos ATL".
De acordo com Lino Maia, as "intimidações" que têm estado a chegar nos últimos dias às IPSS "não são todas literalmente coincidentes", mas "a orientação geral é a da diminuição significativa dos apoios dos ATL e, à sucapa, o seu encerramento". Facto que não compreende quando, nos últimos meses, tem estado a haver um aumento de procura de pais, insatisfeitos com a resposta das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), garante.
Lino Maia diz que, particularmente no Norte, o argumento invocado para esta decisão é de "contenção orçamental", facto que considera ser de "demasiada insensibilidade e injustiça como se não fossem as IPSS que fazem mais no nosso país pelos carenciados e fossem elas as responsáveis pelo défice".
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que quase metade da população portuguesa (41,5%) estaria em risco de pobreza se não fossem os apoios sociais e que as crianças até aos 17 anos são o grupo mais vulnerável: 22,9% dos menores de 17 anos correm risco de pobreza.
Lino Maia insiste que, para muitas das cerca de 90 mil crianças que frequentam os ATL das IPSS, a merenda de meio da manhã e da tarde é, muitas vezes, o seu pequeno-almoço e ceia e que o almoço que lhes é servido é a única refeição quente do dia. Pelo que considera "preocupante e grave" a decisão da Segurança Social de acabar com estes apoios.
O presidente da CNIS garante que "não houve iniciativa absolutamente nenhuma para rever o protocolo de colaboração" que vigora entre as IPSS e o ISS e que o que está a ser proposto é "inaceitável e ilegal". Nalguns casos trata-se de rever os anexos do acordo, noutros de cessar o acordo em vigor para celebrar um novo.
Mas Lino Maia diz que, face às "exigências ilegítimas" da Segurança Social, há o "risco" de não poderem celebrar novo acordo por falta de dotação ou de licenças".
Contactado pelo JN, o gabinete da ministra do Trabalho e Solidariedade, Helena André, não quis comentar este assunto, explicando que já está agendada para a semana uma reunião com o presidente da CNIS para abordar estes e outros assuntos.
Índice avalia percepção sobre o estado do país
Sondagem diz que portugueses baixaram o rating da nação
(Público) Hoje Nuno Sá Lourenço
Estão pessimistas, os portugueses. Esta é a conclusão que a Fundação Vox Populi retira do estudo que realizou com a Marktest sobre a avaliação que os portugueses fazem do estado da nação.
Para este estudo, a fundação criou o índice Vox Populi para medir a forma como os portugueses avaliam o estado do país. Tomando como 100 o valor de referência do primeiro inquérito, realizado no ínicio do ano, os peritos concluíram que os "portugueses baixaram o rating do estado na nação em 9,8 por cento", três meses depois.
Segundo o estudo, "não é tanto a percepção do que está a acontecer" que levou a esta visão pessimista, mas antes o "que poderá acontecer no futuro". Isto porque este índice é ponderado a partir de dois indicadores: a percepção que os inquiridos têm do actual estado do país e a perspectiva que têm sobre o que vai acontecer "num horizonte de um ano".
De acordo com os dados disponibilizados, enquanto os valores em relação ao actual estado do país desceram de 100 para 95 por cento num trimestre, os números relativos à forma como vêem o país daqui a um ano caíram para 86 por cento. "Os portugueses avaliam de forma mais sóbria o futuro do que propriamente a situação presente", explica o estudo. O estudo avalia um "conjunto diversificado de temas". As áreas em que a avaliação é mais negativa são a corrupção, a justiça e a economia. Os inquiridos mostram-se mais satisfeitos com a "qualidade de vida" e dão melhor nota é na "imagem de Portugal no mundo" e no "desempenho dos jornalistas".
Os resultados, apresentados ontem em Lisboa, são o primeiro resultado da fundação criada em 2009 por Luís Queirós, um dos fundadores daquela empresa de estudos de opinião.
A Fundação Vox Populi servirá, explica a sua página electrónica, para "auscultar as preocupações dos cidadãos, identificar as suas perplexidades, detectar as suas carências e as suas necessidades de informação". O índice é construído com as respostas a uma sondagem a 800 portugueses sobre a actual situação do país e sobre as expectativas em relação ao futuro. Nesses dois sub-indicadores, os inquiridos avaliam 14 áreas como a saúde, educação, justiça, jornalismo, corrupção a imagem de Portugal ou a economia. Os valores atingidos permitem definir uma tendência quando comparados com os números do primeiro trimestre de 2010.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Este Vladimiro é um homem verdadeiramente feliz... Pudera!(PB)
Câmara compra à Porto Lazer complexo do Monte Aventino que lhe tinha cedido
(Público) Hoje Patrícia Carvalho
O preço de aquisição é superior a 5,5 milhões de euros. Vladimiro Feliz defende que, desta forma, dívida da Porto Lazer ao município será saldada
A Câmara do Porto deverá votar, hoje, a compra, à empresa municipal Porto Lazer, do Complexo Desportivo do Monte Aventino. A aquisição, regulada por um contrato de promessa de compra e venda, deverá custar ao município mais de 5,5 milhões de euros.
Segundo a proposta assinada pelo vereador Vladmirio Feliz, e a que o PÚBLICO teve acesso, o complexo desportivo foi entregue pela câmara à Porto Lazer aquando da constituição do capital social da empresa "totalmente realizado em espécie". O mesmo documento refere que "o valor patrimonial [do complexo] gerou um crédito a favor do município correspondente ao excedente do capital social realizado". Junta-se a isto o facto de as instalações não gerarem "resultados operacionais positivos" que permitam liquidar esta dívida, e as duas entidades públicas entenderam que o melhor seria o espaço do Monte Aventino regressar à câmara, pagando esta à Porto Lazer mais de 5,5 milhões de euros.
Desta forma, explica o vereador responsável pela Porto Lazer, "ficará totalmente saldada a dívida ao município".

sábado, 10 de julho de 2010

Não há nada para ninguém...
(JN) HOJE Subitamente, os organizadores da Red Bull Air Race anunciaram o cancelamento da etapa portuguesa da competição, alegando não haver tempo para preparar o evento, devido aos atrasos na finalização do acordo com as entidades portuguesas. Ora, essa explicação não colhe. É uma desculpa de mau pagador, de uma entidade que tem sido useira e vezeira em iludir a realidade, que chegou a justificar a transferência da prova para Lisboa invocando que o novo perfil dos aviões não se adequava ao percurso no rio Douro, um argumento mentiroso e pouco elaborado que foi esquecido logo que as câmaras de Lisboa, Porto e Gaia, e o Turismo de Portugal, combinaram a alternância da prova que, por isso, deveria voltar a ser realizada, este ano, nesse tal percurso perigoso…
Toda esta encenação tem, como pano de fundo, a questão financeira. Ao que se sabe, os organizadores tinham obtido, a troco da transferência para o Tejo, a garantia de uma receita de 3,5 milhões de euros, assegurada pelas Câmaras de Lisboa e Oeiras, e pelo Turismo de Lisboa, ao passo que, a Norte, apenas tinham garantidos 1 milhão de euros, repartidos pelas autarquias de Porto e Gaia e pelo Turismo do Norte. Ora, na medida em que os patrocinadores habituais, como a TMN e a Seat, se mostraram indisponíveis para continuar a financiar o evento, os organizadores não conseguiram o montante com que contavam e, não tendo conseguido as contrapartidas adicionais das autarquias nortenhas e do Turismo de Portugal, optaram por anunciar a ruptura, quem sabe se na esperança vã de que os pacóvios portugueses se apressassem a fazer concessões de última hora para inverter essa decisão. Ou seja, os organizadores austríacos esticaram a corda e fracassaram na sua chantagem negocial sobre as entidades portuguesas envolvidas. Aliás, o Turismo de Portugal denuncia a "falta de fiabilidade do promotor" e garante que as "autarquias envolvidas cumpriram escrupulosamente com todas as suas obrigações", o que coincide com o teor do comunicado da Câmara Municipal do Porto.
A verdade é que o evento teve, nas suas duas edições, um impacto assinalável, trazendo multidões de visitantes à cidade e projectando imagens de Porto e Gaia que foram vistas em todo o Mundo. Mas, na medida em que a prova não desperta interesse competitivo - já que na sua esmagadora maioria as pessoas que acompanham as piruetas dos aviões não têm a percepção de qual é o piloto mais rápido nem estão interessadas em conhecer o vencedor -, o retorno marginal e a capacidade de atracção do evento seria menor a cada nova edição.
Resta, por isso, aproveitar os recursos que foram mobilizados, e desviá-los para atrair eventos que atraiam turistas, exigindo ao Turismo de Portugal que atenue a discriminação relativamente a Lisboa. Não se entende, por exemplo, que o Concurso Internacional de Saltos do Porto, a prova de hipismo que vai na sua sétima edição e tem grande impacto mediático e turístico, conte com apenas 50 mil euros de patrocínio do Turismo de Portugal, que atribui quase 1 milhão de euros ao CSI Estoril…
Quanto ao eventual regresso dos aviões, que os organizadores admitem, espero que o Turismo de Portugal lhes feche a porta, seja no Porto ou em Lisboa. E apelo por esta via aos autóctones, que chegaram a admitir boicotar os patrocinadores nacionais quando a prova fugiu para Lisboa, para fazer um saudável boicote a essa bebida horrorosa e rançosa, e esperar que as autarquias proponham outras alternativas que animem as nossas cidades

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Na relação com a última sondagem do CESOP de 21 de Junho verifica-se a confirmação da variação entre o PSD e o PS. De notar que nesta sondagem a esmagadora maioria manifesta-se a favor da posição do governo na PT o que pode ter tido efeitos indutores.
Eurosondagem, 1-6 Julho, N=1035, Tel.
Intenção de voto após redistribuição de indecisos:
PSD: 36,2%
PS: 33,7%
CDS-PP: 9,6%
CDU: 8%
BE: 7,7%
Fonte: Margens de erro

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PS pede seis meses para avaliar regiões
FRANCISCO MANGAS (DN)Hoje
PS vai insistir numa comissão eventual que avalie processo de regionalização.
"Este país tem um problema sério de centralismo", disse, ontem, o líder parlamentar do PS num debate sobre a regionalização, que decorreu no Porto. Francisco Assis garantiu que vai reapresentar, em Setembro, a proposta de criação de uma comissão eventual na Assembleia da República para analisar o processo das regiões administrativas. Se os defensores da regionalização dos vários partidos estiverem unidos, diz Assis, o referendo terá desta vez um resultado positivo.
O deputado socialista acredita ser possível realizar o referendo na actual legislatura. Pedro Duarte, da bancada parlamentar do PSD, não é tão optimista. "Não podemos dizer que não, mas devemos ter um atitude realista face ao contexto político que vivemos."
Segundo o deputado social-democrata, defensor de uma implantação "gradualista" da regionalização, "há obstáculos que têm de ser ultrapassados". Com a crise financeira e "a falta de credibilidade externa do nosso país, será difícil mobilizar os portugueses para esta reforma". Por outro lado, referiu Pedro Duarte, o mercados externos "achariam isto como um devaneio grego".
A crise, na opinião de Francisco Assis, não pode servir de argumento para atrasar o processo. "Se não quisermos, nunca encontraremos o momento adequado para fazer essa reforma", disse.
Da parte do Bloco Esquerda - "claramente a favor" das regiões administrativas - é possível uma alteração na Constituição que "permita a regionalização avançar com velocidades diferentes", defendeu Luís Fazenda. Para Jaime Toga, do PCP, basta "vontade política" para, no decorrer da legislatura, a reforma avançar.
Na parte da manhã, no mesmo debate, promovido pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte, os presidentes da Câmara do Porto e de Lisboa estiveram em sintonia no apoio à regionalização. Rui Rio, que há 12 anos era contra, defende agora a realização de um referendo. "É possível neste momento acentuar o debate e procurar fazer um diploma que possa vir a ser votado e depois referendado pelos portugueses", considera o autarca social-democrata.
Por sua vez, António Costa afirmou que, ao contrário do que alguns dizem, "é nos momentos de crise que é mais necessário do que nunca fazer o que tem de ser feito". A regionalização, sublinhou o presidente da Câmara de Lisboa, aumenta e eficiência da administração pública." O facto de ser autarca, disse, reforçou ainda mais as suas convicções regionalistas
Depois da sondagem do CESOP tivemos mais esta... Questão: mesmo relativizando o valor das sondagens, qual o significado desta queda abrupta do PS? Para onde vai o PS? E porquê?
Marktest, 15-20 Jun, N=804, Tel.
Intenções de voto após redistribuição de indecisos (e correcção de brancos e nulos):
PSD: 47,7%
PS: 24,1%
BE: 8,9%
CDS-PP: 6,9%
CDU: 6%
Parlamento SGPS
Na recente cimeira da Transparência Internacional, na Albânia, a representante da Mongólia confidenciava-me que no seu país a maioria dos parlamentares tinha ligações ao mundo dos negócios. E atribuía a este facto a existência de elevados níveis de corrupção. E por cá? Estaremos melhor que os mongóis?
Parece que não. As ligações empresariais dos deputados fazem-se sentir em múltiplos sectores, e principalmente naqueles em que a promiscuidade com o Estado é mais rentável, das obras públicas ao ambiente, das finanças à saúde.
Os deputados detentores de grandes escritórios de advogados são a face mais visível desta realidade. De cada vez que um deputado/advogado debate ou elabora legislação, vacila entre lealdade ao povo que o elege e a fidelidade às empresas que lhe pagam.
Mas esta duplicidade de papéis sente-se em cada sala do Parlamento. Quando reúne a comissão parlamentar de obras públicas, com seis dos seus membros directamente ligados ao meio, mais parece estar reunida uma associação empresarial do sector. Afinal, que interesses ali se defendem? Os deputados/empresários representam o povo junto do sector, ou o sector junto do Estado?
E na saúde? Também se deverá sentir desconfortável o presidente da comissão, Couto dos Santos, administrador da construtora MonteAdriano, quando se discutam obras em hospitais ou centros de saúde.
E por aí fora. O despudor é de tal ordem que até a comissão de combate à corrupção foi presidida por Vera Jardim que, na sua qualidade de presidente do Banco Bilbao Viscaya e duma leasing imobiliária, representa os sectores mais permeáveis à corrupção, a finança e a construção civil; já para não falar do seu vice-presidente, Lobo de Ávila, que pertence aos órgãos sociais das empresas de Miguel Pais do Amaral, com inúmeras ligações ao Estado.
Os exemplos são inúmeros, a promiscuidade entre política e negócios é regra. A Assembleia aviltou-se e já nem parece um parlamento democrático. É mais um escritório de representações
Prosegue a discriminação (cada vez mais colonial) E ainda fazem de nós camelos... Mas leiam com atenção, p.f. (PB)
Linha do Douro ganha "camelos" mas perde electrificação
(Público) Hoje Carlos Cipriano
CP alugou 17 automotoras espanholas. O concurso para a electrificação do troço Caíde-Régua foi cancelado
São assim, pintadas de amarelo, as "novas" automotoras que a CP alugou a Espanha e vai pôr a circular nas linhas do Douro e do Minho a partir de Setembro. A primeira composição - de um total de 17 automotoras da série 592 - já foi integralmente renovada nas oficinas ferroviárias de Valhadolid e deverá partir brevemente para Portugal, para as viagens de teste.
Os espanhóis chamam-lhes "camelos" devido às bossas no tejadilho onde estão instalados os equipamentos de ar condicionado. No país vizinho já restam poucas em funcionamento, porque a Renfe foi rejuvenescendo a sua frota. Mas para as linhas do Douro e do Minho, as automotoras representam um grande salto qualitativo em termos de conforto.
Pelo aluguer deste material por cinco anos, a CP vai pagar 5,35 milhões de euros anuais. O contrato inclui uma revisão integral das automotoras a cargo dos espanhóis. As 592 vêm substituir as velhas UTD (Unidades Triplas Diesel), construídas nos anos 80 pela Sorefame, e têm sobre estas a vantagem do ar condicionado, um pormenor nada displicente, sobretudo quando - como agora - as temperaturas no vale do Douro atingem os 40 graus.
Com 200 lugares sentados, as camello podem atingir os 140 km/hora, mas não será por aí que os tempos de viagem se reduzirão substancialmente, uma vez que a infra-estrutura não permite, em grande parte do seu trajecto, velocidades tão altas.
Concurso cancelado
Pior: a Refer desistiu de avançar para já com a modernização da Linha do Douro entre Caíde e a Régua (ver página 18), tendo comunicado às empresas participantes no concurso público para a electrificação do troço Caíde-Marco que o processo foi cancelado. Este é o segundo falso arranque para a modernização da Linha do Douro. O primeiro foi no início do primeiro mandato de Sócrates (o projecto estava completo, mas não avançou) e o segundo ocorreu agora, justificado pelas medidas anticrise do Plano de Estabilidade e Crescimento que não permitem um maior endividamento da Refer.
Para os passageiros do Norte, a única melhoria com que podem contar será, pois, ao nível do material circulante. Os clientes da CP do Douro sentirão mais a diferença do que os do Minho, onde já circulam automotoras UDD (Unidades Duplas Diesel) climatizadas que, por sua vez, serão enviadas para o Algarve. A única consequência negativa deste negócio tem a ver com as oficinas da EMEF de Contumil, que ficarão, assim, com menos trabalho, por já não assegurarem a manutenção das velhas UTD.
Turismo ignora via-férrea
O Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro 2007-2013 não faz nenhuma referência à linha que liga o Porto à Régua, Tua e Pocinho, ignorando o potencial de atracção de turistas da ferrovia. O plano promovido pela Estrutura de Missão do Douro esquece mesmo o comboio histórico que, no Verão, circula entre a Régua e o Tua e a procura existente para as viagens na linha mais bonita do país.
Ricardo Magalhães, chefe da Estrutura de Missão do Douro, tem declarado que a via-férrea é indissociável do Douro e tem sido um acérrimo defensor da reabertura do troço Pocinho-Barca de Alva. Mas estas questões estão ausentes do plano.
Só um Tsunani político permitirá a regionalização que o país precisa. (PB)
António Costa e Rui Rio estão em perfeita sintonia em matéria de regionalização. Os presidentes das Câmaras de Lisboa e do Porto consideram que o debate sobre a criação das regiões administrativas deve começar a fazer-se já, apesar da crise, e ambos afirmam que a regionalização "aumenta a eficiência da administração pública" e que deve ser concretizada na actual legislatura."
"Esta é uma boa legislatura para fazer reformas", declarou António Costa, sublinhando que a ausência de uma maioria parlamentar ajuda. "Às vezes, a ausência de uma maioria ajuda a fazer algumas reformas que requerem consensos, porque força todos a trabalhar para que haja consensos", disse o autarca aos jornalistas no Porto, onde participou no seminário Promover a Coesão, Descentralizar o Estado, Desenvolver as Regiões: Que desafios em Portugal e na Europa?.
"A regionalização deve ser colocada como peça fundamental para termos uma administração pública mais eficiente e serviços públicos mais racionalizados", afirmou o presidente da autarquia lisboeta, que deixou claro o seu apoio ao modelo das cinco regiões. Antes, o presidente da Câmara do Porto tinha explicado por que é que considera que este é o tempo para se acentuar o debate sobre o tema, mas deixou reservas quanto ao timing em termos do referendo. "Com a crise económica em que estamos, não acho bem que lá para Fevereiro ou Março se faça um referendo sobre regionalização. Mas tratar o tema e enquadrá-lo numa reforma ampla do regime, isso concordo, tentando conseguir uma transversalidade da sociedade portuguesa". Para Rio, o referendo não deve contemplar uma ou duas perguntas, mas basear-se numa lei já votada na Assembleia da República em que as pessoas saibam exactamente o que estão a decidir.
Também o socialista António Vitorino considera ser possível avançar com a instituição das regiões administrativas na actual legislatura. Mas o ex-comissário europeu não resistiu a deixar uma pequena provocação: "Possível é, se alguém, aliás, conseguir saber quanto tempo vai durar esta legislatura".
O consenso registado ao longo da manhã contrastou com a prudência do debate da parte da tarde, com Francisco Assis (PS) e Pedro Duarte (PSD) a não se comprometerem. Assis voltou a acenar com uma comissão e Pedro Duarte a dizer que "há obstáculos conjunturais e estruturais" que não aconselham a instituição das regiões administrativas.
Há muito que esta gente devia ter sido corrida! É uma vergonha que, depois do que fizeram, o porto ainda se tenha disposto a negociar com estes vígaros. Os aviões de plástico não fazem falta nenhuma. PB
Autarquia enaltece papel das entidades nacionais
Câmara do Porto diz-se surpreendida com cancelamento da Red Bull
07.07.2010 - 16:26 Por Mariana Oliveira
A Câmara Municipal do Porto (CMP) afirma hoje, através de um comunicado, que o cancelamento da prova da Red Bull Air Race prevista para Setembro nas margens do Douro "apanhou de surpresa todas as entidades envolvidas na realização do evento" e sustenta que nada fazia supor esta "súbida" decisão da empresa, que lamenta
Empresa diz que não foi possível acordo
Red Bull cancela corrida no Porto e Gaia
07.07.2010 - 13:33 Mariana Oliveira, Patrícia Carvalho
Red Bull Air Race, cuja realização estava prevista para o rio Douro, em Setembro, não vai, afinal, realizar-se. O anúncio foi feito, esta manhã, pela Câmara de Gaia, em comunicado, adiantando que o cancelamento daquela que seria a 4ª edição da prova em Portugal se deve “a motivos de natureza económico-financeira relacionados com a crise internacional”. Em comunicado, a Red Bull Air Race GmbH aponta outras razões dizendo que não foi possível chegar a acordo com as diferentes entidades envolvidas no processo e que “o tempo, simplesmente, esgotou-se”.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Governo demasiado desgastado para avançar com regionalização
(JN) 10h16m
A criação das regiões administrativas só terá condições para avançar depois das próximas eleições legislativas, atendendo ao "desgaste" do actual Governo e à situação financeira do país, defendeu hoje o investigador Pedro Lains.
A criação das regiões administrativas só terá condições para avançar depois das próximas eleições legislativas, atendendo ao "desgaste" do actual Governo e à situação financeira do país, defendeu hoje o investigador Pedro Lains.
"A regionalização não pode ser considerada uma prioridade nos próximos 12 meses ou dois anos", disse à agência Lusa Pedro Lains, um dos intervenientes no Seminário Internacional "Promover a Coesão, Descentralizar o Estado, Desenvolver as Regiões: Que desafios em Portugal e na Europa?", que vai decorrer quarta feira no Porto.
Para o investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, o actual Governo "está com os dias contados", pelo que "poderia ser negativo" lançar de forma oficial o debate sobre a regionalização.
"Este Governo está com os dias contados. É a minha percepção. Não me parece que tenha condições políticas para avançar. Há o risco de o Governo lançar o debate de forma oficial, como uma fuga para a frente. Isso poderia ser negativo", afirmou.
Na opinião de Pedro Lains, deverá ser a sociedade civil a avançar com o debate sobre a regionalização, preparando-se para o "fim de um ciclo político" que constituirá a mudança de governo, independentemente de o partido vencedor das próximas eleições ser o mesmo ou outro.
"A sociedade civil deve preparar-se para a mudança de governo que vem aí e obrigar os partidos a definirem-se sobre a regionalização", defendeu.
Pedro Lains lembrou que "Portugal é o estado mais centralizado da Europa", mas ainda "há todo um discurso que se tem de fazer" para mostrar às pessoas as vantagens de um país regionalizado.
Para o investigador, Portugal será um país "mais democrático" com a regionalização, vantagem esta que poderá abrir caminho para "políticas mais bem desenhadas e mais bem supervisionadas", com melhor adequação e distribuição dos investimentos.
"Isto pode ter alguns custos de eficiência, mas que a longo prazo serão diluídos pelos benefícios. Acho que as pessoas estão com medo dos custos de transição", afirmou, reconhecendo que "há pessoas que vão perder com a regionalização".
Pedro Lains considerou "possível, com regras", transferir parte do poder central para as regiões sem que isso "leve ao gasto de mais um tostão ao Estado português".
Rui Rio, António Costa, Mota Amaral, António Vitorino, Carlos Lage, Francisco Araújo e José Reis são outros oradores convidados do seminário, organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e pelo Conselho Regional do Norte.
O debate juntará também representantes dos partidos com representação parlamentar, de regiões espanholas e da OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.

domingo, 4 de julho de 2010

Dispositivo de combate aos fogos quase triplicou custo em cinco anos
04.07.2010 - 07:44 Mariana Oliveira
O custo do dispositivo de combate aos incêndios florestais deste ano quase triplicou face ao gasto dos meios utilizados em 2005, o que representa um aumento de 66,4 milhões de euros em cinco anos.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Desemprego oficial subiu para 10,9 por cento em Maio
02.07.2010 - 10:33 (Público) Paulo Miguel Madeira
A taxa de desemprego continuou a subir em Maio, alcançando 10,9 por cento, quando em Abril era de 10,8 por cento, continuando a destacar-se pela negativa da média da zona euro, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat.