quinta-feira, 8 de julho de 2010

PS pede seis meses para avaliar regiões
FRANCISCO MANGAS (DN)Hoje
PS vai insistir numa comissão eventual que avalie processo de regionalização.
"Este país tem um problema sério de centralismo", disse, ontem, o líder parlamentar do PS num debate sobre a regionalização, que decorreu no Porto. Francisco Assis garantiu que vai reapresentar, em Setembro, a proposta de criação de uma comissão eventual na Assembleia da República para analisar o processo das regiões administrativas. Se os defensores da regionalização dos vários partidos estiverem unidos, diz Assis, o referendo terá desta vez um resultado positivo.
O deputado socialista acredita ser possível realizar o referendo na actual legislatura. Pedro Duarte, da bancada parlamentar do PSD, não é tão optimista. "Não podemos dizer que não, mas devemos ter um atitude realista face ao contexto político que vivemos."
Segundo o deputado social-democrata, defensor de uma implantação "gradualista" da regionalização, "há obstáculos que têm de ser ultrapassados". Com a crise financeira e "a falta de credibilidade externa do nosso país, será difícil mobilizar os portugueses para esta reforma". Por outro lado, referiu Pedro Duarte, o mercados externos "achariam isto como um devaneio grego".
A crise, na opinião de Francisco Assis, não pode servir de argumento para atrasar o processo. "Se não quisermos, nunca encontraremos o momento adequado para fazer essa reforma", disse.
Da parte do Bloco Esquerda - "claramente a favor" das regiões administrativas - é possível uma alteração na Constituição que "permita a regionalização avançar com velocidades diferentes", defendeu Luís Fazenda. Para Jaime Toga, do PCP, basta "vontade política" para, no decorrer da legislatura, a reforma avançar.
Na parte da manhã, no mesmo debate, promovido pela Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte, os presidentes da Câmara do Porto e de Lisboa estiveram em sintonia no apoio à regionalização. Rui Rio, que há 12 anos era contra, defende agora a realização de um referendo. "É possível neste momento acentuar o debate e procurar fazer um diploma que possa vir a ser votado e depois referendado pelos portugueses", considera o autarca social-democrata.
Por sua vez, António Costa afirmou que, ao contrário do que alguns dizem, "é nos momentos de crise que é mais necessário do que nunca fazer o que tem de ser feito". A regionalização, sublinhou o presidente da Câmara de Lisboa, aumenta e eficiência da administração pública." O facto de ser autarca, disse, reforçou ainda mais as suas convicções regionalistas

3 comentários:

Sérgio disse...

São mais 6 meses de tanga a por o Norte de tanga.

Paulo MB disse...

Por mim, prefiro um passo seguro a vários em falso. Lembro-me da trapalhada em querer várias Regiões em vez das 5 e deu no que deu.
Agora teremos de ir com passos certeiros. E não haverá nada para ninguém se a maioria não se puser de acordo.
"Depressa e bem há pouco quem".

S´ disse...

Ó Paulo estamos todos fartos dos passos sguros do PS que são só traição e embuste