terça-feira, 5 de maio de 2009

Maioria dos portuenses quer outra gente na Câmara!
Pedro Baptista
É só fazer as contas: segundo as últimas sondagens da Eurosondagens, os três partidos de esquerda somam 49,8%, enquanto a coligação da direita PSD-CDS-PP encimada por Rui Rio ficar-se-á pelos 46,4%. Uma vitória inequívoca das esquerdas se coligadas, o fim da política imobilista e medíocre de Rio e dos seus suportes partidários.
Todavia, candidatando-se individualmente, como neste momento se configura, o PS terá 34,8% (menos 1,3% do que em 2005), a CDU 7,6% e o BE 7,4%.
Teríamos de novo o cenário da presidência e da maioria para a direita, de cinco vereadores para o PS e de um vereador para a CDU ou para o BE, ou de quatro vereadores para o PS, um para a CDU e outro para o BE.
Claro que se conseguirmos edificar a coligação de esquerda dos três partidos, poderemos conseguir uma coligação com todas as forças cívicas e associativas que se opõe ao imobilismo paroquial de Rio e arrancar com um movimento imparável de cidadãos, com expressão na vitória na Câmara e na devolução do optimismo à cidade.
O que acontecerá, de resto, com esta candidata ou com outro candidato socialista.
Caso contrário, é hora de confrontar cada um com as suas responsabilidades: 49,8% dos portuenses votantes, ou seja a maioria dos eleitores votantes, pretende mudar de rosto e de política na sua Câmara Municipal. No entanto, os partidos que se reclamam da necessidade de vencer Rui Rio, o PS em primeiro lugar por ser o mais forte, CDU e BE em sequência, mostram-se incapazes de assumirem as suas responsabilidades cumprindo o seu dever e, por mero egoísmo partidário, não se mostram à altura de responderam à vontade dos cidadãos com a fórmula política adequada.
Poderão dizer que a conjuntura política nacional não é favorável. Mas as sondagens mostram que esta não afecta a orientação do eleitorado na Câmara do Porto que sabe muito bem distinguir a disputa para a Assembleia da República das disputas para as autarquias. Os partidos, tanto o PS, como a CDU ou o BE, não têm o direito de ver obstáculos onde os cidadãos os não vêem. Senão teria de concluir-se que os interesses desses partidos não coincidem com os interesses dos cidadãos.
Em desespero de causa, poderão ainda dizer que a aritmética eleitoral é secundária, o que interessa é o programa político. Pois nada melhor que um programa político construído pelas três forças de esquerda, todos eles com personalidades validíssimas não só para gizarem o programa unitário como para governarem a cidade.
E que ninguém se alcandore à santidade para inventar obstáculos que não passam de pretextos para não saírem dos seus pequenos mundos partidários ou da sua roda de amigos. Na política não há santos. Mas há os que se dispõe a servir as pessoas de acordo com a sua vontade e os que pretendem usar as pessoas para imporem a sua própria vontade. Os primeiros servem a república, os segundos degradam-na. Os primeiros servem o Porto, os segundos servem-se dele. Que cada um cumpra o seu dever, que cada um assuma as suas responsabilidades.
Caso contrário, fique claro que não foram capazes de o fazer, no momento decisivo.

5 comentários:

Anónimo disse...

É isso mesmo, o mal não está nos eleitores mas nos politicos do Porto. Nao valem nada e sao uns cobardes.

José Silva disse...

jÁ FOI ASSIM COM hUMBERTO DELGADO E ARLINDO vICENTE E DEU NO QUE DEU.
Esta gentinha está a servir-se da política e nós continuamos a deixar.
Para quando uma atitude séria e consequente.
Temos de passar à acão e já e depois os culpados serão julgados pelo POVO que sofre as consequências dee decisões erradas.
Mas o Anónmo ara chamar fascista a Sócrates tem de escrever o nome em letras grandes. Não tenha MEDO que o TARRAFAL JÁ FOI DESACTIVADO E A PIDE que alguns que aqui escrevem experimentaram já não existe.
O insulto é arma dos ignorantes.
A melhor defesa é o ataque com argumentos sólidos como faz o Pedro Baptista e o Primo de Amarante.
Mas olhem também para a direita: Rangel, BPN, BPP, BCP, Furacão e outros casos vergonhosos.

ernesto disse...

Se alguém souber que me responda? Onde se inspirou o poeta para escrever GRANDOLA VILA MORENA?
Ó "primo" sei que não me vai desiludir.

Anónimo disse...

No Alentejo da Liberdade...GrandoLa Vila Morena...Terra da Liberdade...


Zeca Afonso...

ernesto disse...

Para o anónimo que respondeu ao meu comentário. É claro que deu uma resposta, que se pode considerar a a não resposta! Porque a pergunta não era sobre o que respondeu!Quando souber para quem estou a responder, e assinar os seus comentários terei muito gosto em ser mais claro , já agora levanto um pouquinho o véu ! 1958. Era sobre isto que gostava me tivesse respondido!