quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mas trabalhar sem ganhar o quê? Esta gente, estes presidentes de Câmara ganham o vencimento (no caso de Rio equiparado a Ministro) e não têm de receber nem mais um tostão pelo exercício de funções públicas que decorrem de serem presidentes de Câmara de que já auferem o vencimento. Veja-se lá o moralista! Ainda armado em virgem molestada! Demite-se agora porque o obrigaram a devolver o dinheiro, o moralista, que acusa toda a gente, que era o único homem sério do mundo, nunca teve a ombridade de ver a imoralidade de estar a comer a dois carrinhos para usar a sua linguagem e as imagens culturais preferidas. "Trabalhar" na Administração da Metro é exercer um cargo que decorre da presidência da Câmara a que se candidatou e em boa hora o Ministro das Finanças acabou com esta imoralidade vergonhosa de que o Dr. Rio se aproveitava para dobrar o pecúlio e que muitos autarcas se têm aproveitado em diversas administrações. Era bom que a lei, se ainda não o faz, proibísse todo o tipo de acumulações vergonhosas de que têm através dos anos beneficiado os utarcas com este processo. Nunca se consegue enganar toda a gente toda a vida. Para usar linguagem da última e triste campanha eleitoral para a Câmara do Porto, afinal o Dr. Rio também gosta de gamela e a dobrar. Ainda o vamos ver no Parlamento Europeu! (P.B.)
Após decisão de Teixeira dos Santos
Metro do Porto: Rui Rio demite-se alegando que não está "disponível para ser enxovalhado"
29.04.2010 - 17:10 Por Lusa
Rui Rio anunciou hoje que vai pedir a sua demissão de administrador não executivo de Metro do Porto alegando não estar "disponível para ser enxovalhado".
Rui Rio teve de devolver salários referentes à administração do Metro do Porto

"Nos últimos dias o meu nome apareceu na comunicação social como alguém que, enquanto administrador da Metro do Porto, tinha recebido salários a que não tinha direito", afirmou Rui Rio, em conferência de imprensa hoje, na Junta Metropolitana do Porto.
O presidente da Câmara do Porto garantiu que "para este enxovalho público" não está "disponível", tendo por isso anunciado que vai pedir a demissão de administrador não executivo da Metro do Porto.
"Para mim basta", disse, acrescentando que "a imagem dada para a opinião pública é, mais uma vez, uma imagem de degradação moral e de oportunismo por parte de quem exerce cargos políticos".
Rui Rio recordou que reduziu "substancialmente e de moto próprio o vencimento [na Metro do Porto] que o representante do Governo fixou", tendo aceite "a demagogia de ter de trabalhar e assumir responsabilidades totalmente de graça".
"Estive ainda disponível para aceitar o absurdo de ter que pagar para trabalhar", acrescentou.
O administrador demissionário da Metro do Porto considera que o Governo - através do Ministério das Finanças e da Inspecção-Geral das Finanças - "perdeu o sentido do ridículo".
"Entendeu que tudo isto era pouco e resolveu ordenar a devolução dos salários que o seu próprio representante tinha definido. Não contente com a atitude, resolveu dar disso notícia aos jornais", acusou o autarca numa declaração aos jornalistas.
Para Rio, "assumir responsabilidades de graça, ter de pagar para trabalhar, e ainda aparecer aos olhos da opinião pública como alguém que não teve um comportamento correcto, ultrapassa os limites da seriedade e da ética".
"Atitudes baixas como esta não contribuem para a dignificação do serviço público, e só ajudam a descredibilizar ainda mais a pequenina classe política que vamos tendo", condenou.
A empresa Metro do Porto, SA, contactada pela Lusa, afirmou não ter qualquer comentário a fazer sobre esta matéria.
Vários autarcas que acumulam a função de administradores não executivos da Metro do Porto terão que repor os salários recebidos desde 1 de Janeiro de 2007.
Os autarcas que terão que devolver os salários auferidos são, para além de Rui Rio, Marco António Costa (Gaia), Mário de Almeida (Vila do Conde) e Valentim Loureiro (Gondomar).
A Junta Metropolitana do Porto, em conferência de imprensa, garantiu quarta-feira que os autarcas com cargos na Metro do Porto "não cometeram nenhuma ilegalidade", considerando a decisão do Ministério das Finanças relativa à devolução das remunerações "um ataque indiscriminado e totalmente injustificado".
A Associação Nacional de Municípios Portugueses incitou, também quarta-feira, o "órgão competente da administração central" a esclarecer "cabal e factualmente" a questão dos vencimentos dos autarcas na sequência da polémica em torno do Metro do Porto.

2 comentários:

AM disse...

Bom Dia Pedro

Não podia estar mais de acordo consigo.

Infelizmente, não acredito que seja, ainda agora, que a maioria da opinião pública (e publicada) abra os olhos e veja a realidade do carácter deste indivíduo.

Repugante, é o adjectivo que me parece mais adequado.

(vamos aguardar o que por aí virá...)

António Moreira

Pedro Aroso disse...

Ora aqui está um artigo para o Pedro Baptista e o António Moreira lerem:

http://www.ionline.pt/conteudo/57722-rui-rio-ou-o-estado-louco

E, já agora, este post publicado na Baixa do Porto:
http://www.porto.taf.net/dp/node/6891