quinta-feira, 29 de abril de 2010

PS-Valongo quer Sócrates a apoiar Alegre para Belém
(Público) Filomena Fontes
Uma declaração de apoio e um apelo a que José Sócrates diga que está ao lado da candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, "a única que, unindo as esquerdas, pode derrotar Cavaco Silva". A tomada de posição foi aprovada na reunião da comissão política do PS-Valongo, que passou a ser liderada pelo deputado José Manuel Ribeiro, depois das recentes eleições para a concelhia.
Em vésperas da formalização da candidatura a Belém de Manuel Alegre, anunciada para o próximo dia 4 de Maio em Ponta Delgada (Açores), o PS-Valongo desafia os órgãos distritais e nacionais a "manifestarem formalmente o seu apoio". "Só Manuel Alegre na Presidência poderá, como republicano e socialista, ajudar a construir uma sociedade mais justa e solidária, defendendo a escola pública, o SNS, a protecção social os direitos políticos individuais, culturais e ambientais", sustentam.
Na moção, aprovada por maioria, os socialistas advertem para o facto de na próxima eleição presidencial não estar apenas em causa a escolha de um Presidente. "A direita já entendeu que a reeleição de Cavaco Silva é uma condição essencial para o seu regresso ao poder" e para pôr em prática "o seu projecto neoliberal", defendem.
Nos Açores, Alegre terá ao seu lado Carlos César, o presidente do Governo Regional dos Açores, que integra os órgãos nacionais do PS. À parte elogios avulsos a Alegre pontuando as suas iniciativas para a corrida a Belém, Sócrates não se comprometeu ainda com qualquer escolha. Até agora, vai repetindo, é a crise que tem foros de prioridade política e não as eleições presidenciais do próximo ano.
Mas é claro que, como há 4 anos, a direcção do PS, incluindo evidentemente Sóccrates, está a fazer tudo para enfraquecer a candidatura de Manuel Alegre. O candidato natural de Sócrates é Cavaco Silva, mal-grado os pequenos dissídios, pois é este que deseja, tal como Sócrates, o Bloco central que já está vigente, ou mesmo o Bloco de Direita constituindo uma aliança PS-PSD-CDS.
Aliás se o CDS não entrar é porque não quer, pois tem tido repetidos apelos do PS para dar campo de manobra na competitividade PSD-CDS.
É pois lógico que o PS esteja a adiar para desmobilizar.(PB)

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