"O Progresso da Foz" inaugura nova sede dia 24
Lusa 16 Junho 2010
"O Progresso da Foz", grupo cultural da cidade do Porto, inaugura a 24 de Junho, dia de São João, a sua nova sede, situada no edifício da antiga estação semafórica, na Foz do Douro, propriedade da Associação Comercial do Porto.
O edifício, localizado no ponto mais alto do Porto Ocidental, onde anteriormente existiu um farol, era, segundo explicou hoje à Lusa Pedro Baptista, director científico de "O Progresso da Foz", uma estação semafórica, destinada a indicar os movimentos dos barcos que saiam e entravam no Douro.
Situado no Monte da Luz, "um sítio que pouca gente conhece, mas muito interessante, pelas gravuras rupestres pré-históricas que aí se encontram", o edifício de características muito "peculiares" ("é alto e estreito, como se espera de uma estação semafórica"), foi cedido pela Associação Comercial do Porto à colectividade por um período de dez anos.
"Fizemos as obras às nossas despesas... Nunca tivemos subsídios de nenhum tipo. Os amigos e membros do "O Progresso da Foz" é que têm financiado todas as iniciativas", frisou Pedro Baptista.
Revelou que a remodelação foi orçamentada em 15 mil euros.
Segundo o responsável pelo sector editorial da associação, o grupo "O Progresso da Foz" nasceu de "uma aventura de crianças", que conviviam com o "anarquista" José Augusto de Castro, director do mensário com o mesmo nome, renascido em Novembro de 1978, depois da sua extinção em 1911.
"Tornámo-nos todos animadores culturais", disse à Lusa Pedro Baptista, apresentando Joaquim Pinto da Silva, dono da livraria "Orfeu" em Bruxelas, como a "alma mater" da associação.
Sustentado pela generosidade dos seus associados, pela sua vertente editorial, que tem nos "Cadernos de Conferências do Passeio Alegre" o seu expoente máximo, e pela realização de manifestações culturais "únicas", "O Progresso da Foz" está no panorama cultural do Porto, segundo Pedro Baptista, para ficar.
"Temo-nos conseguido manter, até porque vamos tendo novos membros e, cada vez mais, as nossas realizações, têm sempre casa cheia", revelou o responsável, para quem a "actividade mais sistematizada e o nome mais conhecido" da associação explicam o sucesso das iniciativas do grupo.
A próxima realização cultural de "O Progresso da Foz" é a apresentação de uma narrativa autobiográfica de José Rosas Nicolau de Almeida, dia 26 de Junho, momento que inaugura uma nova colecção da associação, denominada "Pessoas".
"É a primeira vez que alguém vai falar, a partir de dentro, da alta burguesia da Foz", disse Pedro Baptista.
Para o editor da publicação, "O menino da Foz" rompe com "um pacto de silêncio", contando a "forma brutal como os burgueses da zona ocidental lidavam com a afectividade".
Descreve "o insucesso escolar habitual nos seus elementos" e revela "todo esse mundo que foi abafado durante décadas".
Lusa 16 Junho 2010
"O Progresso da Foz", grupo cultural da cidade do Porto, inaugura a 24 de Junho, dia de São João, a sua nova sede, situada no edifício da antiga estação semafórica, na Foz do Douro, propriedade da Associação Comercial do Porto.
O edifício, localizado no ponto mais alto do Porto Ocidental, onde anteriormente existiu um farol, era, segundo explicou hoje à Lusa Pedro Baptista, director científico de "O Progresso da Foz", uma estação semafórica, destinada a indicar os movimentos dos barcos que saiam e entravam no Douro.
Situado no Monte da Luz, "um sítio que pouca gente conhece, mas muito interessante, pelas gravuras rupestres pré-históricas que aí se encontram", o edifício de características muito "peculiares" ("é alto e estreito, como se espera de uma estação semafórica"), foi cedido pela Associação Comercial do Porto à colectividade por um período de dez anos.
"Fizemos as obras às nossas despesas... Nunca tivemos subsídios de nenhum tipo. Os amigos e membros do "O Progresso da Foz" é que têm financiado todas as iniciativas", frisou Pedro Baptista.
Revelou que a remodelação foi orçamentada em 15 mil euros.
Segundo o responsável pelo sector editorial da associação, o grupo "O Progresso da Foz" nasceu de "uma aventura de crianças", que conviviam com o "anarquista" José Augusto de Castro, director do mensário com o mesmo nome, renascido em Novembro de 1978, depois da sua extinção em 1911.
"Tornámo-nos todos animadores culturais", disse à Lusa Pedro Baptista, apresentando Joaquim Pinto da Silva, dono da livraria "Orfeu" em Bruxelas, como a "alma mater" da associação.
Sustentado pela generosidade dos seus associados, pela sua vertente editorial, que tem nos "Cadernos de Conferências do Passeio Alegre" o seu expoente máximo, e pela realização de manifestações culturais "únicas", "O Progresso da Foz" está no panorama cultural do Porto, segundo Pedro Baptista, para ficar.
"Temo-nos conseguido manter, até porque vamos tendo novos membros e, cada vez mais, as nossas realizações, têm sempre casa cheia", revelou o responsável, para quem a "actividade mais sistematizada e o nome mais conhecido" da associação explicam o sucesso das iniciativas do grupo.
A próxima realização cultural de "O Progresso da Foz" é a apresentação de uma narrativa autobiográfica de José Rosas Nicolau de Almeida, dia 26 de Junho, momento que inaugura uma nova colecção da associação, denominada "Pessoas".
"É a primeira vez que alguém vai falar, a partir de dentro, da alta burguesia da Foz", disse Pedro Baptista.
Para o editor da publicação, "O menino da Foz" rompe com "um pacto de silêncio", contando a "forma brutal como os burgueses da zona ocidental lidavam com a afectividade".
Descreve "o insucesso escolar habitual nos seus elementos" e revela "todo esse mundo que foi abafado durante décadas".
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