terça-feira, 1 de junho de 2010

(Públic0) 3.5.2010
Concorrer às próximas legislativas, eleger deputados e ter mesmo um grupo parlamentar são as metas do Movimento Pró-Partido do Norte (MPN), que elegeu este fim-de-semana a sua comissão coordenadora. "Temos como objectivo concorrer às próximas eleições legislativas, desde que elas não ocorram este ano", disse Pedro Baptista (ex-deputado do PS), um dos membros da comissão coordenadora eleita sábado, na primeira reunião do movimento e na qual foi aprovado o manifesto do MPN.
Tendo a regionalização como uma das principais bandeiras, o movimento tem a ambição de se constituir como partido até ao final do ano (são necessárias 7500 assinaturas), e ontem, em conferência de imprensa, os promotores do MPN deixaram claro que o projecto político que defendem "não será um movimento de pressão ou de contestação, apenas pretende fazer ouvir a voz do Norte". "É um projecto político ambicioso, global. Não queremos fazer só propostas políticas regionais, queremos participar na discussão de propostas políticas nacionais", declarou João Anacoreta Correia, ex-dirigente do CDS, argumentando que um dos objectivos é "a consistência dos seus objectivos e das suas propostas políticas". E declarou:"Perante a situação difícil do país, estamos dispostos a sacrifícios e a dar o nosso contributo. Este é o momento adequado para fazer uma reorganização do mapa administrativo e territorial de todo o país". Depois defendeu a necessidade de se "repensar o conceito de freguesia e da sua unidade territorial", bem como dos concelhos. "Esta é a altura ideal para criar uma nova unidade com competências administrativas e legitimidade directa, que é a região, dentro de um programa da despesa administrativa total do Estado", revelou João Anacoreta, salientando que "este é o momento para implementar a regionalização".
Coube a Pedro Baptista explicar como é que o MPN espera ultrapassar as reservas que a Constituição levanta à criação de partidos regionais, uma questão que acredita que será ultrapassada no quadro de uma revisão constitucional que pode acontecer nesta legislatura. Baptista clamou depois pela regionalização, dizendo que "as futuras regiões baseadas nas actuais regiões-plano têm pleno cabimento dentro desta nova realidade económica no quadro europeu".

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