... Porque ainda há socialistas!
Sérgio de Andrade (JN)
Por mais estranha que a ideia possa parecer a quem anda desalentado por aquilo que vê, a verdade é que entre os militantes do Partido Socialista ainda podem encontrar-se alguns socialistas. Aqui chegados, há que definir o que se entende por "socialista". Como só disponho de poucas linhas, terei de me ficar por uma ideia geral: para mim, um socialista é alguém que deseja uma sociedade tão solidária quanto possível e com o menor número também possível de diferenças entre os seus membros.
Acredito que a princípio o PS tivesse esses ideais em vista, mas depois chegou o dia em que um seu dirigente se viu obrigado a meter o socialismo na gaveta (disse ele); com o passar dos tempos, os seus sucessores tiraram o socialismo da gaveta e meteram-no na lata do lixo da História (digo eu).
Portanto, os socialistas arriscam-se a tornar-se uma raridade no país em geral e no PS em particular, pelo que é conveniente, para que deles se guarde memória, que os seus nomes fiquem registados. A lista não é grande, mas recentemente mais dois se destacaram: o dr. João Soares e António José Seguro. Porque ambos, publicamente, demonstraram a sua revolta pela política de remunerações que se pratica em empresas com capitais públicos (já sabem do que falo). É "uma imoralidade", palavras de A. J. Seguro, pagar a um administrador qualquer coisa como 1700 contos por dia, que é o que ganha em quatro ou cinco meses quem tem um emprego razoável.
É reconfortante que, sendo o PS quem está no Governo, apareçam socialistas indignados por verem que o Estado, que tanto exige de todos nós, seja tão escandalosamente pródigo com meia dúzia de pretensos "talentos imprescindíveis". De facto, só há uma palavra para isto: imoralidade. Bom foi que tenha sido um socialista a dizê-la!
Sérgio de Andrade (JN)
Por mais estranha que a ideia possa parecer a quem anda desalentado por aquilo que vê, a verdade é que entre os militantes do Partido Socialista ainda podem encontrar-se alguns socialistas. Aqui chegados, há que definir o que se entende por "socialista". Como só disponho de poucas linhas, terei de me ficar por uma ideia geral: para mim, um socialista é alguém que deseja uma sociedade tão solidária quanto possível e com o menor número também possível de diferenças entre os seus membros.
Acredito que a princípio o PS tivesse esses ideais em vista, mas depois chegou o dia em que um seu dirigente se viu obrigado a meter o socialismo na gaveta (disse ele); com o passar dos tempos, os seus sucessores tiraram o socialismo da gaveta e meteram-no na lata do lixo da História (digo eu).
Portanto, os socialistas arriscam-se a tornar-se uma raridade no país em geral e no PS em particular, pelo que é conveniente, para que deles se guarde memória, que os seus nomes fiquem registados. A lista não é grande, mas recentemente mais dois se destacaram: o dr. João Soares e António José Seguro. Porque ambos, publicamente, demonstraram a sua revolta pela política de remunerações que se pratica em empresas com capitais públicos (já sabem do que falo). É "uma imoralidade", palavras de A. J. Seguro, pagar a um administrador qualquer coisa como 1700 contos por dia, que é o que ganha em quatro ou cinco meses quem tem um emprego razoável.
É reconfortante que, sendo o PS quem está no Governo, apareçam socialistas indignados por verem que o Estado, que tanto exige de todos nós, seja tão escandalosamente pródigo com meia dúzia de pretensos "talentos imprescindíveis". De facto, só há uma palavra para isto: imoralidade. Bom foi que tenha sido um socialista a dizê-la!
8 comentários:
É evidente que existem muitos socialistas dignos desse nome.Os
que retratados na peça e os que se revêm no "verdadeiro" Partido Socialista.
Existem porém outros. Os "oportunistas"...os que se servem e se governam.
Para expurgar esta "raça malígna" bom seria que o PS voltasse aos 8%, para "renascer" mais sáudável.
Caro Pedro Baptista,
Ontem, tive o prazer de o ouvir no Porto Canal onde sugeriu entusiàsticamente a fundação de um Movimento Cívico [ou Partido] de Cidadãos para a Defesa do Norte. Acredito [quero acreditar] que o seu inconformismo em relação aos "maus tratos" que têm sido inflingidos genericamente e acentuadamente à região do Porto, seja sincero. Por essa razão, queria desafiá-lo para encabeçar esse movimento. O Porto precisa de pessoas não enfeudadas à «disciplina» partidária. É público e notório que não é o seu caso.
Por onde começamos?
Melhores saudações
Caro Rui Valente:
Já tive vários feed back como o seu, dos mais variados quadrantes ideológicos.
Não pretendo encabeçar nada, mas não engentarei as minhas responsabilidades, como sabe que nunca engeitei, sendo preciso, no sentido do cumprimento do dever.
Tenho marcados vários encontros para corporizar a ideia e para perceber se ela colhe, neste momento, na opiniãp pública nortenha. E embora não se possa estar à espera das "grandes figuras", porque já mostraram até que ponto se pode contar, é preciso ver se há pessoas disponíveis para trabalhar no arranque duma coisa destas.Porque dos partidos do actual "stablishment" também, como se está a ver, pouco ou nada se pode contar.
Se o Rui quiser aparecer pela Foz, por exemplo, no próximo domingo, ou em outro dia, faça o favor de me enviar um e-mail, com uma proposta e o seu TM.
Eu sei que o conheço, mas vai desculpar-me, temo não ligar o nome à pessoa.
Conheci bem um Rui Valente que alinharia nisto certamente mas esse infelizmente já não está entre nós nestas danças.
Peço desculpa pelo erro ortográfico: ou está escrito "engeitarei" deveria estar "enjeitarei". Fiquei com dúvidas, mas não tinha de momento cpomo me esclarecer. Os doutores em letras também erram na ortografia, principalmente quando andam sempre à volta com documentos do fium do Séc. XIX e princípios do XX, num país que passa a vida a fazer novas revisões ortográficas. Mas tenho a obrigação de não dar destes erros.
Caro Pedro Baptista,
O problema de acesso ao seu blogue está resolvido.
Obrigado pela atenção.
Bom fim de semana
e obrigado
Caro Pedro
Se quer aderir a um movimento de cidadãos a favor da regionalização, integre o Norte SIM. Trata-se de um movimento independente que esgota toda a sua acção em fazer vingar um processo de regionalização. Li a sua entrevista ontem, no Grande Porto, e achei que poderia ser interessante para si.
Quanto ao PS acho que é melhor sair até porque pelo que vou ouvindo os seus camaradas não se importam e a esmagadora maioria até agradecerá. Cumprimentos. Loureiro
Está bom de ver que esse tal movimento que não existe, não é mais do que fantochada na mão do PS para continuar a enganar os portuenses, como se viu pelo que diz a cromo da governadora civil, uma Margarida Moreira II, e se a canalhada que domina o PS do Porto fica satisfeita por sair, não saia Dr. Pedro, ponha-os é a eles na rua.
Basta ver que é a própria governadora a promover o tal movimento quando foi deputada 4 anos e nunca abriu a boca. Os governos do PS, o PS é um dos principais responsáveis pelo estado de coisa do Norte. Não é dele que pode vir nada que resolva aquilo que provocaram. Outro culpado é o PSD. E a seguir os outros 3 que nunca constestaram a situação. O que é preciso é um partido do Norte contra esta situação e contra os que a provocaram e a querem manter. Isto em bom português.
Enviar um comentário