quinta-feira, 15 de abril de 2010

Não é preciso vir o governo do PSD arrazar o SNS e entregar o negócio da saúde totalmente aos privados. O governo do PS já tem tratado disso na excelência; e ainda promete melhorar.
Mas só numa segunda leitura reparámos. Segundo a notícia - será cabala? - o hospital com maior número de queixas, a Norte, é o Hospital de Valongo! Não é o que é dirigido pelo Dr. José Luís Catarino, membro do Secretariado Distrital da Federação do Porto, encabeçado pelo Sr. Renato Sampaio, e de que também faz parte o Secretário de Estado da Saúde, agora candidato à Concelhia do Porto, tendo como nº 2 um dos irmãos do Dr. Catarino? Como é que de tanta eminência política sai tanta catástrofe gestionária a abater-se sobre a saúde dos cidadãos de Valongo, que pagam para os srs. drs e para o sr. Renato andarem nestas andanças? Será só para apresentarem contas a Lisboa, mostrando como são poupadinhos à custa dos sacrifícios dos valonguenses? Será também por isto que um membro do Secretariado da FDP, de Valongo, já se demitiu? (PB)
Relatório do gabinete do utente de 2009
Hospitais recebem 90 queixas por dia e a espera é o principal motivo
13.04.2010 - 08:33 Romana Borja-Santos
Os hospitais continuam a ser um dos principais calcanhares de Aquiles do Serviço Nacional de Saúde: no ano passado de um total de 52.779 mil queixas feitas sobre os estabelecimentos de saúde cerca de 32 mil diziam respeito aos hospitais.
Os hospitais geraram o maior número de queixas no ano passado
O tempo de espera volta a ser o motivo mais invocado pelos utentes para a insatisfação, com 38 por cento a referirem a demora no atendimento. Os dados fazem parte de um relatório publicado ontem pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) que indica que os serviços de saúde registaram no ano passado cerca de 140 queixas por dia, 90 das quais sobre os hospitais - um aumento no número de reclamações de 13 por cento face a 2008 (46 mil queixas) e de mais de 30 por cento em relação a 2007 (menos de 40 mil reclamações).
O Relatório do Gabinete do Utente indica também que quase metade das queixas nos hospitais que visam os profissionais é sobre médicos, o que significa que há mais de 40 portugueses por dia a apontar o dedo aos clínicos. Ainda assim, 88 por cento dos elogios que foram registados destinam-se precisamente aos hospitais e quando se especifica o profissional na maioria dos casos (30 por cento) é também o médico que é destacado. Por seu lado, nos centros de saúde as queixas dirigem-se principalmente à prestação dos cuidados, sendo que em 25 por cento dos casos o utente não tinha sequer médico assistente.
O inspector-geral das Actividades em Saúde, Fernando César Augusto, preferiu não comentar a subida registada este ano e remeteu explicações para o documento onde é referido que "o aumento das reclamações não traduz necessariamente uma diminuição da qualidade do funcionamento de alguns serviços, mas pode traduzir a forma como os Gabinetes do Utente/Cidadão têm incentivado e valorizado a participação do cidadão na melhoria do funcionamento dos serviços".
A opinião é partilhada pelo director-geral da Saúde, que entende que "há uma maior participação" e que "os cidadãos sabem os direitos que têm e isso é bom". Ainda assim, à margem da sessão pública de lançamento e apresentação da Sociedade Portuguesa para a Qualidade na Saúde, Francisco George sublinhou que as reclamações "nunca são ignoradas" mas reiterou que "a qualidade é uma questão muito mais vasta".
Já o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, em declarações ao PÚBLICO, ainda que tenha admitido que os cidadãos estão mais atentos aos seus direitos, colocou o dedo na ferida e explicou que se está perante um problema de falta de comunicação entre os cuidados primários e os cuidados hospitalares que leva a um "entupimento das urgências". O desinvestimento em recursos humanos foi outra razão apontada por Pedro Lopes. "No fundo, o que as pessoas estão a criticar é um problema de défice de organização que leva a que muita gente vá às urgências sem necessidade", insistiu.

Urgências problemáticas
No caso dos hospitais, as urgências são o serviço com mais queixas (56 por cento). Seguem-se as consultas externas (19 por cento) e o internamento (oito por cento). Os hospitais que registaram maiores taxas de queixas foram o de Nossa Senhora da Conceição, em Valongo, e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, que inclui o pólo Júlio de Matos e o pólo Miguel Bombarda. Recentemente a tutela admitiu que a área da Saúde Mental era uma das que mais tinham falhado.
Para Carlos Braga, do Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde, o problema está nas "políticas seguidas por este Governo e pelo anterior", que estão a levar a uma saída em massa de profissionais do SNS, tanto por reforma como por passagem para o privado. "As pessoas estão mais exigentes, mas a falta de médicos também é visível", disse.
O representante dos utentes recordou ainda o processo de reestruturação da rede de urgências, que começou com o ex-ministro da Saúde Correia de Campos e que, mais recentemente, deu origem a protestos como os da população de Valença, onde foi encerrado o atendimento permanente. Por outro lado, Carlos Braga alertou que "a situação pode piorar" com a "possibilidade de duplicar o número de utentes sem médico de família" - um dos sectores em que o Governo mais tem vindo a apostar, nomeadamente com a criação das Unidades de Saúde Familiar que já abrangem quase três milhões de utentes e que pode sofrer um revés com a antecipação das penalizações para as reformas antecipadas.

25 por cento sem médico
O relatório da inspecção indica que 50 por cento das queixas dizem respeito aos cuidados prestados nos centros de saúde e USF, seguindo-se as questões de gestão. A maior reclamação (25 por cento) foi pela ausência de médico, seguindo-se o tempo de espera (23 por cento). Neste caso, o Algarve é a região com mais problemas. "Se os utentes tivessem a certeza que conseguiam uma consulta de um dia para o outro, não iriam a uma urgência hospitalar", comentou o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes. A burocracia a que os médicos são sujeitos e a ideia de que "produtividade é uma questão de número" faz com que nos hospitais a espera seja longa e nos centros de saúde as pessoas apenas tenham "poucos minutos de atenção".
Nos cuidados primários, 15 por cento das queixas dizem respeito ao atendimento e aos procedimentos utilizados e quando se fala em área visada a consulta surge em primeiro lugar (45 por cento), seguida do serviço de urgência (18 por cento). "As pessoas estão mais exigentes, mas também é preciso ver que representatividade têm as queixas no conjunto geral", defendeu o coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco. No relatório, fazendo um balanço entre queixas e serviços prestados, as reclamações só são "expressivas" (mais de 2,5 queixas por mil atendimentos) em 13 por cento das unidades

2 comentários:

GAVIÃO DOS MARES disse...

O catarino director de hospital???!!!
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Ainda tenho os queixos escancarados

Anónimo disse...

Esse Sr. que se demitiu quer lá saber de Valongo.Nunca fez uma proposta a defender Valongo.Nada.Se calhar demitiu-se para garantir um lugar que o ponha longe de Valongo.Vocês no PS arranjam cada cromo...