Curioso será saber como votarão os deputados eleitos pela Região afectada: em 1º lugar os "socialistas" e, em caso de mandinga cozinhada com o PSD, estes ditos social-democratas... PB
A revolta está servida e o Governo foi o mordomo
José Augusto Moreira (Público)
José Augusto Moreira (Público)
Nem valerá a pena discutir a bondade da aplicação das portagens, os alegados critérios de justiça ou a fantasia dos percursos alternativos porque uma só palavra basta para tudo classificar: trapalhada.
Começou com os estudos que ditaram dos troços onde a medida deveria ser aplicada e logo se adivinhava o que aí viria. A escolha recaiu sobre as vias mais movimentadas, ou seja o único critério era o de obter receita onde tal se revelava ser mais rentável em resultado do volume de tráfego. Paga quem está mais a jeito e o tudo o resto se resumia a ajustados argumentos de ocasião, como claramente tem sido demonstrado.
À falsidade juntava-se também a contradição, já que os pretendidos resultados de tesouraria representam em si uma objectiva penalização para a economia. As áreas abrangidas são o terreno da pequena indústria e comércio, com as suas características de mobilidade e interdependência que obrigam a constantes deslocações. Além do efeito inibidor, as portagens agravam os custos e só isso é mais que suficiente para o clamor e clima de protesto que se seguiu.
A cereja no bolo da confusão deu-a o Governo com a complicação do sistema de cobrança, que dificilmente alguém conseguirá alguma vez entender e depende quase em absoluto da iniciativa dos cidadãos. Querem que paguem mas não cobram; têm que ser eles a tomar a iniciativa de arranjar os meios para a efectiva cobrança.
Não custa adivinhar, por isso, que o Norte esteja à beira de se revoltar, como disse Rui Rio. É que, a acontecer, esta será uma espécie de revolta passiva, sem acção ou movimento. Basta que nada façam. Ou melhor, que não se disponibilizem a fazer aquilo que querem que façam mas não sabem como, não percebem, nem ninguém alguma vez lhes explicou.
A trapalhada completa-se com as dúvidas agora levantadas pela oposição que ameaça revogar as leis sobre os chip de matrícula e pode deixar o Governo de mãos (quase) vazias para fazer a cobrança. Restará a Via Verde, e é até expectável que aqueles que a têm venham a ocultá-la, não vão ser os únicos a pagar. A revolta está servida e o Governo foi o mordomo.
Começou com os estudos que ditaram dos troços onde a medida deveria ser aplicada e logo se adivinhava o que aí viria. A escolha recaiu sobre as vias mais movimentadas, ou seja o único critério era o de obter receita onde tal se revelava ser mais rentável em resultado do volume de tráfego. Paga quem está mais a jeito e o tudo o resto se resumia a ajustados argumentos de ocasião, como claramente tem sido demonstrado.
À falsidade juntava-se também a contradição, já que os pretendidos resultados de tesouraria representam em si uma objectiva penalização para a economia. As áreas abrangidas são o terreno da pequena indústria e comércio, com as suas características de mobilidade e interdependência que obrigam a constantes deslocações. Além do efeito inibidor, as portagens agravam os custos e só isso é mais que suficiente para o clamor e clima de protesto que se seguiu.
A cereja no bolo da confusão deu-a o Governo com a complicação do sistema de cobrança, que dificilmente alguém conseguirá alguma vez entender e depende quase em absoluto da iniciativa dos cidadãos. Querem que paguem mas não cobram; têm que ser eles a tomar a iniciativa de arranjar os meios para a efectiva cobrança.
Não custa adivinhar, por isso, que o Norte esteja à beira de se revoltar, como disse Rui Rio. É que, a acontecer, esta será uma espécie de revolta passiva, sem acção ou movimento. Basta que nada façam. Ou melhor, que não se disponibilizem a fazer aquilo que querem que façam mas não sabem como, não percebem, nem ninguém alguma vez lhes explicou.
A trapalhada completa-se com as dúvidas agora levantadas pela oposição que ameaça revogar as leis sobre os chip de matrícula e pode deixar o Governo de mãos (quase) vazias para fazer a cobrança. Restará a Via Verde, e é até expectável que aqueles que a têm venham a ocultá-la, não vão ser os únicos a pagar. A revolta está servida e o Governo foi o mordomo.
1 comentário:
Viva a Maria da Fonte
Com as pistolas na mão
Para matar os Cabrais
Que são falsos à nação.
Eia avante! Portugueses!
Eia avante! Não temer!
Pela santa Liberdade,
Triunfar ou perecer!
Viva a Maria da Fonte
A cavalo e sem cair
Com as pistolas à cinta
A tocar a reunir.
Lá raiou a liberdade
Que a nação há-de aditar
Glória ao Minho* que primeiro
O seu grito fez soar.
(Efeitos do verdasco e da A28)
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