sábado, 5 de junho de 2010

Deputados em "económica" só em viagens até três horas
(JN) Hoje ALEXANDRA MARQUES
Um estudo para obter maior eficiência energética e uma recomendação de boas práticas substituiu a proposta do PS de redução do horário pós-laboral de funcionários do Parlamento. Dos 4640 milhões de euros a menos, o maior corte será em obras.
Na reunião do Conselho de Administração da Assembleia da República (AR) de ontem, destinada a aprovar medidas de redução de despesas, houve consenso em quase todas as matérias, excepto nas duas mais mediáticas: viagens e possibilidade de restringir reuniões e ecomissões à noite.
Na questão das tarifas aéreas, a secretária-geral da AR, Adelina Sá Carvalho, e o CDS propuseram que fosse adoptada a tarifa económica para todas as viagens dentro da Europa. Mas PS e PSD aprovaram uma versão bem mais confortável: a classe económica só se aplicará em deslocações com uma duração inferior a três horas. Ou seja, para Madrid, Paris, Londres, Bruxelas, Roma, Zurique ou Munique. Nos restantes voos, os deputados viajarão em "executiva".
Quanto à segunda questão, "nem a discutimos, porque não faz qualquer sentido. Iríamos gastar mais em velas", reagiu, em declarações ao JN, um dos deputados daquele órgão, membro da Oposição, sobre a polémica proposta socialista para acabar com o trabalho nocturno.
"Não se pode pôr em causa o funcionamento da AR", justificou o parlamentar, adiantando ter sido decidida uma recomendação geral para adopção de boas práticas em poupança e estar em curso um estudo - sobre como obter maior eficiência energética - que deverá ficar pronto dentro de dois meses. Prevista está ainda a instalações de painéis solares no palácio e de dispositivos de auto-encerramento dos computadores, ao fim de minutos de inércia, para evitar que fiquem ligados toda a noite.
"Acabámos por não discutir em detalhe esta questão das reuniões nocturnas, porque considerámos que se enquadra na recomendação geral e, por outro lado, não temos competência para impedir reuniões em determinados horários", alegou o referido deputado.
Os deputados contribuem com uma redução de 5% nos valores dos seus salários - uma proposta apresentada pelos sociais-

1 comentário:

josant disse...

E que "sacrifácio" não deve ser.
Coitados! até são capazes de render...?