35 ou 36 anos depois
(JN)2010-02-15
"Vamos de novo encher a Alameda da Fonte Luminosa", propõe-se uma melancólica mensagem SMS que por aí circula invocando os idos de 1975, quando o PS de Mário Soares, liderando todo o espectro político não comunista, levou 100 mil manifestantes àquele lugar.
Desta vez o objectivo é desagravar Sócrates pela "baixa campanha" de que estará a ser vítima. Há dias, a manifestação de fatiota branca "pela liberdade" não reuniu mais do que umas dezenas de pessoas, mirones incluídos.
Mas manifestações de desagravo têm mais hipóteses de sucesso do que manifestações de desagrado. Esperar "de novo" 100 mil pessoas na Alameda talvez seja excessivo, mas pelo menos os 1361 já contemplados com cargos nestes pouco mais de três meses de Governo, e sobretudo todos os contempláveis que se encontram em fila de espera, não deixarão decerto de querer aparecer na fotografia.
O problema das manifestações de desagravo é que são de mau prenúncio. A última de que me lembro ficou com o ominoso nome de "brigada do reumático" e juntou, em 1974, uma ou duas dezenas de luzentes e medalhadas fardas no gabinete de Marcelo Caetano.
(JN)2010-02-15
"Vamos de novo encher a Alameda da Fonte Luminosa", propõe-se uma melancólica mensagem SMS que por aí circula invocando os idos de 1975, quando o PS de Mário Soares, liderando todo o espectro político não comunista, levou 100 mil manifestantes àquele lugar.
Desta vez o objectivo é desagravar Sócrates pela "baixa campanha" de que estará a ser vítima. Há dias, a manifestação de fatiota branca "pela liberdade" não reuniu mais do que umas dezenas de pessoas, mirones incluídos.
Mas manifestações de desagravo têm mais hipóteses de sucesso do que manifestações de desagrado. Esperar "de novo" 100 mil pessoas na Alameda talvez seja excessivo, mas pelo menos os 1361 já contemplados com cargos nestes pouco mais de três meses de Governo, e sobretudo todos os contempláveis que se encontram em fila de espera, não deixarão decerto de querer aparecer na fotografia.
O problema das manifestações de desagravo é que são de mau prenúncio. A última de que me lembro ficou com o ominoso nome de "brigada do reumático" e juntou, em 1974, uma ou duas dezenas de luzentes e medalhadas fardas no gabinete de Marcelo Caetano.
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