(Jornal de Matosinhos) Paula Teixeira 12.2.2010
Como o JM fez referência, em peça publicada na passada edição, o PIDDAC–Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central para 2010 não inclui a atribuição de verbas para a construção do Portinho de Angeiras, Freguesia de Lavra. Depois das reacções do PCP, do presidente da Câmara e dos vereadores Independentes, faltava conhecer a perspectiva do presidente da Junta Lavrense, Rodolfo Mesquita.
A “novela” Portinho de Angeiras vem de antes do 25 de Abril, altura em que as primeiras reivindicações começaram a tomar voz. Os pescadores de Angeiras reclamam melhores condições para atracar os barcos, mais segurança e mais apoio. Anos e anos após o início desta luta, eis que as bancadas parlamentares come-çaram a dar voz a esta pretensão e a inclusão deste projecto na ordem de prio-ridades do Ministério das Obras Públicas e Transportes não foi mais do que levar
adiante a ideia de que é necessário construir um porto de mar de pequenas dimensões em Angeiras.
No entanto, remonta a 2000 o início da luta pela inclusão deste projecto do PIDDAC. O facto deste nunca contar na atribuição de verbas por parte do Estado para investimentos no Concelho, ao que parece, não surpreende ninguém. Apenas entristece. Para Rodolfo Mesquita a não inclusão do Portinho de Angeiras no documento orçamental do Governo para 2010 não constitui novidade. No entanto o autarca lembra a saturação dos pescadores.
“Decepcionado, propriamente não, porque já estou há muitos anos. É uma carência e uma expectativa já muito longa. Os pescadores sentem-se decepcionados e tristes. É uma carência de há muitos anos… Também não estou admirado. Acredito nas pessoas e acho que o pior já aconteceu com protocolos assinados, eventos e apresentação da maqueta… Foi muito frustrante nessa época o não avanço da construção. Embora seja verdade que recentemente foi prometido mexer no processo”, disse, ao JM, Rodolfo Mesquita.
De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Lavra, recentemente foi organizada uma reunião com os pescadores a fim de debater e definir pormenores que se prendem com o projecto para a envolvente ao futuro portinho. O autarca defendeu que talvez o avanço desta candidatura “empurre” o projecto do Portinho de Angeiras para fora da gaveta.
“Se demorar mais um ano ou dois e se consiga, não é tão negativo quanto isso, porque já lá vão muitos e muitos anos de reivindicações. No sábado passado rea-lizamos uma reunião com os pescadores para ouvir pormenores que não foram presentes na altura de discussão e pudessem ajudar para a requalificação da envolvente do Portinho. Essa obra antecederia a do Portinho. A ideia é fazer uma candidatura própria em prol da realidade portinho… Portanto, o envolvimento implica que haja alguma perda de tempo, mas se estiver em marcha, pode ser positivo, e quero acreditar nas pessoas”, afirmou.
Questionado sobre se concorda com algumas críticas feitas pela Oposição ao Governo socialista de que o tema “cons-trução do Portinho de Angeiras” teria sido muito debatido num período pré-eleitoral, voltando agora a estar arrumado, Rodolfo Mesquita lembrou que o início das obras não foi prometido, mas “é bem-vindo” quem o fizer até porque os pescadores estão, como disse, “fartos”.
“Não tenho nenhuma procuração para defender quem falou do Portinho. Mas é verdade que disseram que iriam tirar da gaveta e tentar mexer nesta obra. A senhora Secretária de Estado esteve lá e não disse que ia fazer já… Falou das alterações do projecto, nomeadamente os 20 metros. Vou acreditar na boa fé das pessoas e tentar entender isto como um atraso e não um retrocesso. Um atraso também devido às alterações de características em que eu próprio estive envolvido. Atraso também devido à consulta pública. Compreendo os pescadores porque estão fartos, saturados… Mas também tenho de reconhecer que não foram estas pessoas que estão agora a tratar disto os principais responsáveis. Estamos a falar de uma obra prometida há dezenas de anos. Quem puder ajudar a desbravar este processo que já tem barbas, é bem-vindo”, concluiu o autarca.
Recorde-se, a propósito da visita da secretária de Estado dos Transportes a Lavra, no dia 31 de Julho de 2009, antes das eleições Legislativas e das Autárquicas, que Ana Paula Vitorino afirmou junto dos pescadores de Angeiras que “a construção do Portinho de Angeiras era uma prioridade para o Governo”, acrescentando que as obras só não tinham avançado porque os pescadores “pediram” uma revisão ao actual projecto, acrescentando-lhe mais 28 metros de comprimento.
A “novela” Portinho de Angeiras vem de antes do 25 de Abril, altura em que as primeiras reivindicações começaram a tomar voz. Os pescadores de Angeiras reclamam melhores condições para atracar os barcos, mais segurança e mais apoio. Anos e anos após o início desta luta, eis que as bancadas parlamentares come-çaram a dar voz a esta pretensão e a inclusão deste projecto na ordem de prio-ridades do Ministério das Obras Públicas e Transportes não foi mais do que levar
adiante a ideia de que é necessário construir um porto de mar de pequenas dimensões em Angeiras.
No entanto, remonta a 2000 o início da luta pela inclusão deste projecto do PIDDAC. O facto deste nunca contar na atribuição de verbas por parte do Estado para investimentos no Concelho, ao que parece, não surpreende ninguém. Apenas entristece. Para Rodolfo Mesquita a não inclusão do Portinho de Angeiras no documento orçamental do Governo para 2010 não constitui novidade. No entanto o autarca lembra a saturação dos pescadores.
“Decepcionado, propriamente não, porque já estou há muitos anos. É uma carência e uma expectativa já muito longa. Os pescadores sentem-se decepcionados e tristes. É uma carência de há muitos anos… Também não estou admirado. Acredito nas pessoas e acho que o pior já aconteceu com protocolos assinados, eventos e apresentação da maqueta… Foi muito frustrante nessa época o não avanço da construção. Embora seja verdade que recentemente foi prometido mexer no processo”, disse, ao JM, Rodolfo Mesquita.
De acordo com o presidente da Junta de Freguesia de Lavra, recentemente foi organizada uma reunião com os pescadores a fim de debater e definir pormenores que se prendem com o projecto para a envolvente ao futuro portinho. O autarca defendeu que talvez o avanço desta candidatura “empurre” o projecto do Portinho de Angeiras para fora da gaveta.
“Se demorar mais um ano ou dois e se consiga, não é tão negativo quanto isso, porque já lá vão muitos e muitos anos de reivindicações. No sábado passado rea-lizamos uma reunião com os pescadores para ouvir pormenores que não foram presentes na altura de discussão e pudessem ajudar para a requalificação da envolvente do Portinho. Essa obra antecederia a do Portinho. A ideia é fazer uma candidatura própria em prol da realidade portinho… Portanto, o envolvimento implica que haja alguma perda de tempo, mas se estiver em marcha, pode ser positivo, e quero acreditar nas pessoas”, afirmou.
Questionado sobre se concorda com algumas críticas feitas pela Oposição ao Governo socialista de que o tema “cons-trução do Portinho de Angeiras” teria sido muito debatido num período pré-eleitoral, voltando agora a estar arrumado, Rodolfo Mesquita lembrou que o início das obras não foi prometido, mas “é bem-vindo” quem o fizer até porque os pescadores estão, como disse, “fartos”.
“Não tenho nenhuma procuração para defender quem falou do Portinho. Mas é verdade que disseram que iriam tirar da gaveta e tentar mexer nesta obra. A senhora Secretária de Estado esteve lá e não disse que ia fazer já… Falou das alterações do projecto, nomeadamente os 20 metros. Vou acreditar na boa fé das pessoas e tentar entender isto como um atraso e não um retrocesso. Um atraso também devido às alterações de características em que eu próprio estive envolvido. Atraso também devido à consulta pública. Compreendo os pescadores porque estão fartos, saturados… Mas também tenho de reconhecer que não foram estas pessoas que estão agora a tratar disto os principais responsáveis. Estamos a falar de uma obra prometida há dezenas de anos. Quem puder ajudar a desbravar este processo que já tem barbas, é bem-vindo”, concluiu o autarca.
Recorde-se, a propósito da visita da secretária de Estado dos Transportes a Lavra, no dia 31 de Julho de 2009, antes das eleições Legislativas e das Autárquicas, que Ana Paula Vitorino afirmou junto dos pescadores de Angeiras que “a construção do Portinho de Angeiras era uma prioridade para o Governo”, acrescentando que as obras só não tinham avançado porque os pescadores “pediram” uma revisão ao actual projecto, acrescentando-lhe mais 28 metros de comprimento.
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