Uma "crise política" à vista e dois ministros em rota de colisão Nuno Simas
Depois da gritaria da véspera e da dramatização do PS com os custos de 800 milhões de euros da Lei das Finanças Regionais, a "crise política" passou para os bastidores. A incerteza quanto ao desfecho do braço-de-ferro entre José Sócrates e a oposição é muita. Mesmo entre os socialistas. E o discurso de não ceder "uma linha" na lei passou a ser assumido entre colaboradores do primeiro-ministro.
Hoje, a crise "entra" no Palácio de Belém, onde se reúne o Conselho de Estado, convocado pelo Presidente Cavaco Silva sobre o futuro e o novo quadro parlamentar. E foi nos bastidores que a lei já fez mossa entre dois ministros: Jorge Lacão (Assuntos Parlamentares) e Teixeira dos Santos (Finanças). Lacão teve de "retirar" a oferta de diálogo com a oposição depois de Teixeira dos Santos ter ameaçado demitir-se se os socialistas insistissem em negociar a lei proposta pelo Parlamento Regional da Madeira que o Governo rotula de despesista.
O PÚBLICO sabe que o recuo do executivo deixou um rasto de irritação na bancada do PS, liderada por Francisco Assis, que também deu a cara pela "disponibilidade" para negociar. Explique-se porquê. Deputados da oposição e socialistas recordam que o ministro Jorge Lacão foi o porta-voz da oferta da negociação, após a entrega do Orçamento do Estado (OE) de 2010, a 26 de Janeiro. Nas rondas de conversações com os partidos chegou a analisar, ainda que informalmente, mudanças na tão dramatizada lei.
Depois, durante o fim-de-semana, com a ameaça de demissão do ministro das Finanças durante as conversas com a bancada do PS, Jorge Lacão telefonou aos líderes parlamentares, no domingo ao fim do dia, a informar que, afinal, o executivo não estava em condições para prosseguir o diálogo sobre a lei aprovada na Assembleia Legislativa da Madeira.
O desacordo com o PSD, que acusa os socialistas de "má fé" por terem adiado a votação e não apresentarem qualquer alternativa, abriu caminho ao regresso, em força, do discurso da dramatização. Que o mesmo pode querer dizer queda do Governo e/ou eleições antecipadas.
O facto é que o diploma das Finanças Regionais tem todas as condições para ser aprovado na especialidade, quinta-feira, na comissão de Orçamento, e no plenário, no dia seguinte, em mais uma "aliança negativa" da oposição.
Depois da gritaria da véspera e da dramatização do PS com os custos de 800 milhões de euros da Lei das Finanças Regionais, a "crise política" passou para os bastidores. A incerteza quanto ao desfecho do braço-de-ferro entre José Sócrates e a oposição é muita. Mesmo entre os socialistas. E o discurso de não ceder "uma linha" na lei passou a ser assumido entre colaboradores do primeiro-ministro.
Hoje, a crise "entra" no Palácio de Belém, onde se reúne o Conselho de Estado, convocado pelo Presidente Cavaco Silva sobre o futuro e o novo quadro parlamentar. E foi nos bastidores que a lei já fez mossa entre dois ministros: Jorge Lacão (Assuntos Parlamentares) e Teixeira dos Santos (Finanças). Lacão teve de "retirar" a oferta de diálogo com a oposição depois de Teixeira dos Santos ter ameaçado demitir-se se os socialistas insistissem em negociar a lei proposta pelo Parlamento Regional da Madeira que o Governo rotula de despesista.
O PÚBLICO sabe que o recuo do executivo deixou um rasto de irritação na bancada do PS, liderada por Francisco Assis, que também deu a cara pela "disponibilidade" para negociar. Explique-se porquê. Deputados da oposição e socialistas recordam que o ministro Jorge Lacão foi o porta-voz da oferta da negociação, após a entrega do Orçamento do Estado (OE) de 2010, a 26 de Janeiro. Nas rondas de conversações com os partidos chegou a analisar, ainda que informalmente, mudanças na tão dramatizada lei.
Depois, durante o fim-de-semana, com a ameaça de demissão do ministro das Finanças durante as conversas com a bancada do PS, Jorge Lacão telefonou aos líderes parlamentares, no domingo ao fim do dia, a informar que, afinal, o executivo não estava em condições para prosseguir o diálogo sobre a lei aprovada na Assembleia Legislativa da Madeira.
O desacordo com o PSD, que acusa os socialistas de "má fé" por terem adiado a votação e não apresentarem qualquer alternativa, abriu caminho ao regresso, em força, do discurso da dramatização. Que o mesmo pode querer dizer queda do Governo e/ou eleições antecipadas.
O facto é que o diploma das Finanças Regionais tem todas as condições para ser aprovado na especialidade, quinta-feira, na comissão de Orçamento, e no plenário, no dia seguinte, em mais uma "aliança negativa" da oposição.
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