FC Porto acusa Benfica de não ter “dimensão moral para apontar o que quer que seja”
03.05.2010 - 18:33 PÚBLICO
O Conselho de Administração da FC Porto SAD reagiu, esta segunda-feira, em comunicado publicado no site dos “dragões”, aos incidentes registados no fim-de-semana antes do jogo frente ao Benfica (3-1).
Comunicado
“1 – O SL Benfica não tem dimensão moral para apontar o que quer que seja em matéria de comportamento de adeptos e de organização de jogos;
2 - O clube, de resto, é o denominador comum nos seguintes factos: morte de espectador numa final da Taça de Portugal; ataque a uma equipa de hóquei em patins, que deixou um atleta do FC Porto em coma; incêndio de um autocarro de portistas em visita ao pavilhão da Luz; invasão de campo e agressão a um árbitro assistente; conivência e apoio a claques não legalizadas, que acarreta multas a ritmo quase semanal, devido ao lançamento de material pirotécnico diversificado; colocação estratégica de stewards num túnel, a fim de provocar a equipa adversária;
3 – Não faz sentido, por conseguinte, que dirigentes ou papagaios falem sobre temáticas como a segurança. E não será a complacência ou o deferimento das forças da autoridade que apagará os factos supracitados ou legitimará discursos atabalhoados;
4 – O jogo deste domingo, no Estádio do Dragão, apenas veio sublinhar o despudor vermelho;
5 – É normal que «virgens ofendidas», que conseguem que a polícia responda a sacos de tinta com tiros de «shotgun», arrombem portas de um balneário?
6 – Faz sentido que um dirigente suspenso consiga comparecer na zona técnica, ainda por cima com direito a escolta policial?
7 – É «fair play» ver um jogador lançar um objecto e cuspir para a bancada?
8 – A violência é algo que, efectivamente, deve ser erradicado. Mas a incoerência, os abusos de autoridade e as provocações também devem sê-lo;
9 – Diz o SL Benfica que a PSP deve ter «critérios uniformes por todo o país». Aqui chegados, finalmente uma verdade. De facto, os critérios devem ser uniformes, mas acontece que nunca o FC Porto entrou em Lisboa com tiros de «shotgun» (basta recordar a recente chegada da comitiva do FC Porto ao Estoril…), nunca um comandante de polícia fez uma espécie de «guarda de honra» aos seus responsáveis e nunca um par de agentes acompanhou um treinador azul e branco à sala de Imprensa;
10 – O FC Porto aguarda tranquilamente os relatórios da força policial e dos responsáveis da Liga, seguro de que, dentro do campo, derrotou claramente o seu adversário e que este campeonato será para sempre recordado por túneis e pelas decisões da Comissão Disciplinar.”
terça-feira, 4 de maio de 2010
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