quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Jornalista da SIC voltou a falar sobre o caso
Crespo diz que Medina Carreira foi referido como outro "problema a solucionar"
02.02.2010 - 16:09 Por Sofia Rodrigues (Público)
A revelação foi feita durante uma intervenção nas jornadas parlamentares do CDS-PP, em Guimarães. O jornalista foi convidado para falar sobre o primeiro ano de presidência de Barack Obama, mas esgotou quase todo o tempo a falar das referências pouco elogiosas que Sócrates lhe terá feito durante um almoço na terça-feira da semana passada, num restaurante em Lisboa.
"Era preciso solucionar o problema Mário Crespo e Medina Carreira", disse Mário Crespo, referindo-se à alegada conversa que lhe foi relatada por uma pessoa que estava noutra mesa e que o jornalista não revela. Noutra mesa, estava sentado Nuno Santos, director-geral da SIC, e a quem Sócrates se terá dirigido, repetindo as afirmações sobre os "problemas a resolver", segundo Mário Crespo.
Medina Carreira foi ministro das Finanças de um governo PS liderado por Mário Soares, mas rompeu com o partido e é hoje uma voz crítica das políticas socialistas. O economista participa no programa Plano Inclinado, da SIC-Notícias, moderado por Mário Crespo, e vai agora escrever o prefácio do livro do jornalista com as crónicas publicadas no "Jornal de Notícias".
Na intervenção, Mário Crespo teceu duras críticas ao comportamento do primeiro-ministro no dia em que o Governo apresentava a proposta de Orçamento do Estado na Assembleia da República. “Ingenuamente pensava que o chefe de Governo do meu país estaria envolvido em retoques de última hora, mas estava empenhado em produzir diagnósticos médicos sobre a minha sanidade mental. Julgo que ainda não tem credenciais nesse sentido, mas pode vir a obtê-las”, disse o jornalista, perante os deputados do CDS-PP

5 comentários:

Anónimo disse...

O jornalista Mário Crespo não sabe que a sua liberdade termina quando não reconhece os direitos individuais dos outros. Fui pessoalmente vitima de um outro jornalista, sem escrupulos, que num certo dia, estava numa mesa perto de mim, num café desta cidade, ouviu uma conversa pessoal, que posteriormente foi transmitida num jornal semanal. Uma vergonha. Os jornalistas, alguns, reclamam o que não respeitam. Julgam-se uma classe com plenos direitos acima de tudo e todos. Não servem de exemplo a ninguém e não contribuem para valorizar o Estado de direito e as liberdades individuais. Mário Crespo reclama, porque acabou o tacho semanal. Porque esta gente cobra-se de tudo.Recomendo a leitura do editorial do Director do JN de hoje, 3 de Fevereiro. Será que um dia os Jornalistas que tudo sabem e sobre tudo têm opinião e solução assegurarão um governo para Portugal? Oxalá Deus me deixe viver para poder assitir de catedra. Maria Ferreira

AM disse...

Boa Tarde

Já num outro texto, sobre o mesmo assunto, mais abaixo neste "blog", comentei o que me pareceu apropriado sobre este assunto.

Concordo e subscrevo (quase) tudo o que a comentadora anterior refere.

Sendo injusto, como em qualquer generalização, posso afirmar que,naturalmente baseado na prática que observo a uns e outros, a classe dos "jornalistas" me merece praticamente a mesma consideração que a dos "políticos", ou seja nenhuma.

Uns servem-se dos outros, outros servem-se de uns e todos se servem dos crédulos, que os há com fartura.

Usando da "calhandrice" adequada:

ELES (todos) são o NOSSO problema.

António Moreira

Paulo MB disse...

Porque será que alguns jornalistas acham que podem dizer o que lhes apetece sobre tudo e todos e quando falam deles ficam em estado de choque?

Anónimo disse...

Mas ninguém falou sobre o Mário Crespo. Simplesmente não o deixaram falar. O governo ( pensa que) resolveu um problema. É como naquele famoso poema do Bertold Brecht, "um dia será a tua vez".

AM disse...

Pois claro

E além do resto o "famoso poema" também não é de Brecht :-)

(Deu-lhe jeito ter comentado como anónimo, não deu?)

António Moreira