Líder do PS pede mobilização contra "ataques, ódios e insultos"
Margarida Gomes
Foi a debandada geral mal José Sócrates acabou o seu discurso, ontem, na Alfândega do Porto. Mais de dois mil militantes acorreram à chamada do secretário-geral do PS, mas não tiveram oportunidade para o confrontar com as suas questões. A tragédia na Madeira obrigou Sócrates a partir para o Funchal, inviabilizando um plenário de militantes que deveria realizar-se à porta fechada e no qual poderiam surgir algumas críticas sobre a falta de diálogo, de que alguns se queixam. Os socialistas do Porto tiveram apenas direito ao discurso do líder, que voltou a convocar o partido para "a intervenção no debate político".
"O país precisa da voz do PS para lutar pela decência na vida pública e pela elevação do Estado de direito", apelou o secretário-geral, que insistiu que "nem ele nem o partido" temem a divulgação de escutas no âmbito do processo Face Oculta. Insurgindo-se contra as violações do segredo de justiça, falou de "uma campanha", que, segundo disse, "representa um ataque ao sistema democrático e judicial". "Os que desistiram do país e se envolvem nestes jogos, para esses tenho uma mensagem: não venceram, nem vencerão", declarou.
Contra o "ódio, ataque pessoal e insulto", Sócrates pediu a mobilização dos militantes, endossando para os derrotados nas últimas eleições a autoria dos ataques. "É absolutamente evidente que todos esses que recorrem a actos desesperados de ataques aos outros verdadeiramente ainda não aceitaram o resultado das eleições e ainda não encaixaram a derrota", sustentou. Só depois prestou contas sobre o desempenho do Governo, apelando à necessidade da aprovação do Orçamento do Estado, "mas sem se alterar os seus equilíbrios e a sua coerência".
Alberto Martins, que encabeçou a lista de deputados pelo círculo do Porto nas últimas legislativas, puxou pelos valores dos socialistas do Porto para deixar público o apoio ao secretário-geral, lembrando que "são os tribunais que condenam e absolvem quem quer que seja". Ouviu-se uma sonora salva de palmas na sala. "Nós dizemos não à justiça popular, dizemos não às condenações sem culpa formada, nós recusamos e dizemos não às escutas", continuou, galvanizando os militantes, que responderam com palmas e vaias. Por fim, prometeu "um combate sem tréguas aos inimigos do PS, que apostam na política do vale-tudo, do fatalismo, do laxismo e da lamúria". "Os nossos adversários não nos vencerão", garantiu.
Recebido com grande entusiasmo, o líder parlamentar, Francisco Assis, saiu, também, em defesa do secretário-geral, transmitindo-lhe "o testemunho de confiança" dos socialistas portuenses. "Porquê tanta maledicência, tanta contestação feroz, tanta oposição? Porque verdadeiramente as várais oposições têm medo de José Sócrates", defendeu, agitando, de novo, com a ameaça de uma crise."Todos sabemos que não estamos dispostos a estar no poder a qualquer preço. Não estamos dispostos a renucniar às nossas convicções mais profundas", disse.
Margarida Gomes
Foi a debandada geral mal José Sócrates acabou o seu discurso, ontem, na Alfândega do Porto. Mais de dois mil militantes acorreram à chamada do secretário-geral do PS, mas não tiveram oportunidade para o confrontar com as suas questões. A tragédia na Madeira obrigou Sócrates a partir para o Funchal, inviabilizando um plenário de militantes que deveria realizar-se à porta fechada e no qual poderiam surgir algumas críticas sobre a falta de diálogo, de que alguns se queixam. Os socialistas do Porto tiveram apenas direito ao discurso do líder, que voltou a convocar o partido para "a intervenção no debate político".
"O país precisa da voz do PS para lutar pela decência na vida pública e pela elevação do Estado de direito", apelou o secretário-geral, que insistiu que "nem ele nem o partido" temem a divulgação de escutas no âmbito do processo Face Oculta. Insurgindo-se contra as violações do segredo de justiça, falou de "uma campanha", que, segundo disse, "representa um ataque ao sistema democrático e judicial". "Os que desistiram do país e se envolvem nestes jogos, para esses tenho uma mensagem: não venceram, nem vencerão", declarou.
Contra o "ódio, ataque pessoal e insulto", Sócrates pediu a mobilização dos militantes, endossando para os derrotados nas últimas eleições a autoria dos ataques. "É absolutamente evidente que todos esses que recorrem a actos desesperados de ataques aos outros verdadeiramente ainda não aceitaram o resultado das eleições e ainda não encaixaram a derrota", sustentou. Só depois prestou contas sobre o desempenho do Governo, apelando à necessidade da aprovação do Orçamento do Estado, "mas sem se alterar os seus equilíbrios e a sua coerência".
Alberto Martins, que encabeçou a lista de deputados pelo círculo do Porto nas últimas legislativas, puxou pelos valores dos socialistas do Porto para deixar público o apoio ao secretário-geral, lembrando que "são os tribunais que condenam e absolvem quem quer que seja". Ouviu-se uma sonora salva de palmas na sala. "Nós dizemos não à justiça popular, dizemos não às condenações sem culpa formada, nós recusamos e dizemos não às escutas", continuou, galvanizando os militantes, que responderam com palmas e vaias. Por fim, prometeu "um combate sem tréguas aos inimigos do PS, que apostam na política do vale-tudo, do fatalismo, do laxismo e da lamúria". "Os nossos adversários não nos vencerão", garantiu.
Recebido com grande entusiasmo, o líder parlamentar, Francisco Assis, saiu, também, em defesa do secretário-geral, transmitindo-lhe "o testemunho de confiança" dos socialistas portuenses. "Porquê tanta maledicência, tanta contestação feroz, tanta oposição? Porque verdadeiramente as várais oposições têm medo de José Sócrates", defendeu, agitando, de novo, com a ameaça de uma crise."Todos sabemos que não estamos dispostos a estar no poder a qualquer preço. Não estamos dispostos a renucniar às nossas convicções mais profundas", disse.
9 comentários:
Os acontecimentos da Madeira são conversa. Nunca houve intenção de deixar falar os militantes a não ser aquels a que estava encomendado o frete. Basta ver para que horas foi marcado o comício. Foi mais uma missa cantada à maneira do costume. os órgãos não funcionam mas há missinha para todos.
Isso é que é falta de sentido de Estado, dizer que os acontecimentos da Madeira são conversa. De qualquer forma foi um bom momento de encontro dos socialistas, que se devia repetir mais vezes. As pessoas gostam de se encontrar e trocar impressões, discutir opiniões umas com as outras.
Agora temos o socialismo do chá das cinco. Nem uma intervenção de base. A rolha completa. Em 17 mil militantes estavam lá dois mil! Houve sempre reuniões destas com o Coelho mas toda a gente que queria falava.Por isso eram marcadas para o princípio da tarde. Tenham vergonha! As reuniões não se destinam às pessoas gostarem ou não gostarem. Fazem-se porque são necessárias para servir o país. Pensem no país em vez de pensarem em vós. Ou desapareçam e ide trabalhar como os outros.
Claro que o PSD está um "saco de gatos"...
Claro que Manuel Alegre apresentou cedo demais a sua disponibilidade par candidato a candidato a PR e surgiu agora Fernando Nobre, como sério candidato alternativo e com ligações quer à esquerda quer à direiota o que juntarem-se as sinergias necessária e com apoio de Alegre à causa de Nobre, deixará descalço o BE "cata-ventos" e periclitante o remandato de Cavaco...As coisas não correm de feição para Alegre eo seu movimento civico...e a sua "arma mortifera" Roseta - IVG -femininista- está acomodada pelos lados da edilidade alfacinha...
Socrates e o PS está sereno...claro ous outros é estão tentando penetrar nas malhas da sua cerrada defesa..intransponivel..pois que os remates dos avançados adversários voam muito longe da baliza... e todos os adversários já foram advertidos com cartão amarelo...Até porque Figo é um jogador completo..e muito melhor que ronaldo cristiano e o tal treinador numbar uane...
Eu estive lá... e embora não seja filiado no PS a verdade é que tive o privilégio de me permitirem estar presente nesta reunião dos socialistas do Norte. E gostei do que por lá me foi dado ouvir. Como disse um amigo meu "não é preciso ser militante para assistir a reuniões do PS, isso no PS é normal. Não é totalmente uma igreja mas tem porta aberta. A nivel de tolerancia e respeito pela cidadania das pessoas, o PS não tem nada a aprender com a fina flor dos outros partidos".
O M Marins terá algo para aconselhar em matéria governativa? Ou será que é mais um dos frustados da vida. Os militantes do PS do Porto devem sentir-se orgulhosos com o apoio dado ao SG.É nestes momentos que se mostra a solidariedade. o Jorge Coelho, meu amigo, vinha ao Porto para Sessões de esclarecimento. Ontem a reunião de militantes tinha o objectivo de dizer aos caluniadores, que o PS está vivo, atento e solidário com o SG. Foi muito importante.
Maria Ferreira
Pelos vistos, dos dois mil entre os ditos dezassete mil , alguns ainda não eram militantes. Prova de que se tratava de um comício. Alternativaas socialistas à governação: todas. Assim houvesse espaço no PS para as apresentar
Fui e gostei do que ouvi. Lamento que a Madeira tenha chamado Sócrates naquela hora tão trágica. Não foi a 1ª vez que cá veio e sempre respondeu a todos os que quizeram interrogá-lo e ouviu os que discordaram das suas posições. No PS há liberdade de expressão. Mas o que fazia lá o líder do PS Porto? Porque não ficou a ouvir os militantes? Esse sim, não tem categoria para dirigir esta estrutura partidária.
O Paulo MB é a melhor pessoa do mundo e também a mais ingénua!
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