Mário Crespo reitera censura e diz que declarações do PM em público têm significado
17.02.2010 - 19:26 Lusa
O jornalista Mário Crespo reiterou hoje ter sido vítima de censura por parte do Governo alegando que aquilo que o primeiro ministro diz em público tem consequências.
Mário Crespo começou por distribuir uma crónica que não vai sair "por não ter onde ser publicada" (Pedro Cunha)
O jornalista está a ser ouvido em comissão parlamentar a propósito da não publicação de uma crónica em que fala de alegadas pressões de José Sócrates.
“Estou aqui porque me foi censurada uma crónica”, afirmou na comissão de Ética, Sociedade e Cultura que está a realizar uma série de audições a várias personalidades sobre a liberdade de expressão em Portugal.
“A crónica foi censurada” e “surpreendeu-me muito a atitude do José Leite Pereira [director do Jornal de Notícias]”, disse, referindo que, tal como o Jornal Nacional era o bloco de informação com muita audiência, a sua crónica habitual no JN era “das mais lidas em Portugal.
“O que o chefe do Governo diz em público tem significado, tem que ter”, sublinhou respondendo a questões da deputada socialista Isabel Neto sobre a liberdade de expressão dos membros do Governo de criticar programas de informação em encontros casuais.
“Tenho uma série de fontes inequívocas - e de resto nunca foi desmentido - que me dizem ter sido dito [pelo primeiro ministro] que eu seria um problema a ser resolvido”, sublinhou Mário Crespo.
Segundo adiantou, os jornalistas sempre receberam telefonemas de assessores de ministros, mas a “situação tem-se vindo a intensificar nos últimos quatro anos”.
17.02.2010 - 19:26 Lusa
O jornalista Mário Crespo reiterou hoje ter sido vítima de censura por parte do Governo alegando que aquilo que o primeiro ministro diz em público tem consequências.
Mário Crespo começou por distribuir uma crónica que não vai sair "por não ter onde ser publicada" (Pedro Cunha)
O jornalista está a ser ouvido em comissão parlamentar a propósito da não publicação de uma crónica em que fala de alegadas pressões de José Sócrates.
“Estou aqui porque me foi censurada uma crónica”, afirmou na comissão de Ética, Sociedade e Cultura que está a realizar uma série de audições a várias personalidades sobre a liberdade de expressão em Portugal.
“A crónica foi censurada” e “surpreendeu-me muito a atitude do José Leite Pereira [director do Jornal de Notícias]”, disse, referindo que, tal como o Jornal Nacional era o bloco de informação com muita audiência, a sua crónica habitual no JN era “das mais lidas em Portugal.
“O que o chefe do Governo diz em público tem significado, tem que ter”, sublinhou respondendo a questões da deputada socialista Isabel Neto sobre a liberdade de expressão dos membros do Governo de criticar programas de informação em encontros casuais.
“Tenho uma série de fontes inequívocas - e de resto nunca foi desmentido - que me dizem ter sido dito [pelo primeiro ministro] que eu seria um problema a ser resolvido”, sublinhou Mário Crespo.
Segundo adiantou, os jornalistas sempre receberam telefonemas de assessores de ministros, mas a “situação tem-se vindo a intensificar nos últimos quatro anos”.
6 comentários:
Ainda agora, ao ouvir o Dr. Arons de Carvalho na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, fiquei mais esclarecido sobre o carácter do jornalista Mário Crespo. Porque não se divulgam os motivos da sua saída da RTP?
Há que ouvir todos os intervenientes. Só assim se perceberá toda esta questão da "liberdade de expressão".
Quais foram os motivos afinal? Se não, ficamos a saber o mesmo!
Caro Paulo:
Esse tipo de insinuações no ar, sem fundamentos, que fazes sobre o Mário Crespo, é o que se tem condenado em outros. Quais as razões para um jonal cujo dono diz ao director para os jornalistas terem cuidado com o que andam a Perguntar se dá ao desplante de censurar uma crónica de um cronista regular contratado só por atacar o Sócrates. se isrto não é censua é o quê. Se isto é liberdade, a liberdade é um a peta. Se isto não é assalto á informação, é o quê?
Pelo que estive a ver o ataque do Arons de Carvalho ao Mário Crespo é bem sujinho... Era como se eu viesse levantar as cnhecifdas suspeitas de esquizofrenia do Arons...
Opiniões, com mais ou menos sentido,o incrível foi ter assistido ao vivo à palhaçada(fotografia) que uma comissão parlamentar aceitou fosse feita, por um vulgar fazedor de notícias ou melhor,um criador de factos,(bem à imagem dos deputados) que se sente ferido na asa, vá-se lá saber...o porquê(???).
O porquê, deve-se ao facto de viver-mos num país de interesses, de interesseiros e de interessados.
Este é o CERNE da questão e não a epotética "censura".
Com este tipo de comportamento da Comissão de Ética, bem à imagem dos deputados que a compoêm, foi aberto um precedente,que DEVIA, repito DEVIA merecer de todos cidadãos responsáveis, a mais viva repulsa, pelo facto da CASA DA RÉPUBLICA ser usada como sendo uma "feira" de intenções e ou, de vaidades. E vaidosos não faltam.
A continuar assim, a permitir-se que despudoradamente tudo e mais alguma coisa seja dito e feito, sem a dignidade que é devida a um ÓRGÃO DE SOBERENIA pelos seus usuários permanentes,que até são pagos por nós, podemos estar sugeitos a surpresas...inesperadas.
O Paulo MB tem toda a razão. É preciso investigar os motivos que estiveram na base da saída do Jornalista Mário Crespo da RTP. Então há investigação para uns e para outros nâo? Dois pesos e duas medidas. Os Jornalistas não estão acima de nada nem de ninguém. São cidadãos com os mesmos direitos e deveres. A sua liberdade de expressão não pode colidir com a de outros cidadãos, como alguns pretendem. O Dr. Almeida Santos afirmou que a "Face Oculta" não ia dar em nada. Um homem sabedor e experiente como ele sabe o que diz, o porque diz, mas entretanto, muitos cidadãos são enlameados e maltratados, como tem acontecido, sem que tivesse havido alguam acusação formal. Lamenta-se que estas sejam os exemplos que deixamos às gerações mais novas.
Maria Julieta Sampaio
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