Associação Ateísta Portuguesa condena vinda de Bento XVI
Estado deu “cobertura inusitada” a visita “inoportuna” do Papa
13.05.2010 - 16:51 Por Lusa
O presidente da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) considera a “vinda do papa a Portugal profundamente inoportuna”, acusando-o de estar a fazer “uma campanha de marketing prosélita, a que o Estado laico deu uma cobertura inusitada”.
A associação defende que a visita tenta "branquear a atitude do Papa nas fortes suspeitas de encobrimento dos crimes de pedofilia"
Carlos Esperança falava à agência Lusa, esta tarde em Coimbra, à margem de um colóquio, uma espécie de “13 de Maio alternativo” promovido pela AAP, subordinado ao tema “Ateísmo, laicidade e clericalismo em Portugal”. “O Estado laico deu uma cobertura inusitada” à visita de Bento XVI, que, “inclusive, esta noite dormiu com guarda de honra de militares da GNR em farda de gala”, reforçou, lamentando que seja tratado como “um chefe de Estado, quando ele está em peregrinação num local de romagem para crentes”.
Em Portugal, “organizou-se o mais colossal banho de multidão possível, para branquear a atitude do Papa nas fortes suspeitas de encobrimento dos crimes de pedofilia da igreja católica”, acusa Carlos Esperança. Está-se, portanto, sublinha, perante “uma forma de branquear a tentativa de regresso ao Concílio de Trento, de que este Papa é arauto”.
Este ateu considerou ainda a “tolerância de ponto inaceitável”, tanto numa perspectiva ética como “sob o ponto de vista da laicidade a que o Estado está obrigado, de acordo com a Constituição da República Portuguesa”.
Carlos Esperança também se insurgiu contra “as manifestações de subserviência, que vão desde o beija-mão de altas figuras à própria família do Presidente da República”. “É contra esta perda de ética republicana que a Associação Ateísta se insurge e leva a efeito sessões de esclarecimento”, uma das quais decorre esta tarde, em Coimbra, nas instalações da Fundação Inatel, em que, além de Carlos Esperança, são oradores Onofre Varela, também dirigente da APA, e Ricardo Alves, presidente da Associação República e Laicidade. (...)
Estado deu “cobertura inusitada” a visita “inoportuna” do Papa
13.05.2010 - 16:51 Por Lusa
O presidente da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) considera a “vinda do papa a Portugal profundamente inoportuna”, acusando-o de estar a fazer “uma campanha de marketing prosélita, a que o Estado laico deu uma cobertura inusitada”.
A associação defende que a visita tenta "branquear a atitude do Papa nas fortes suspeitas de encobrimento dos crimes de pedofilia"
Carlos Esperança falava à agência Lusa, esta tarde em Coimbra, à margem de um colóquio, uma espécie de “13 de Maio alternativo” promovido pela AAP, subordinado ao tema “Ateísmo, laicidade e clericalismo em Portugal”. “O Estado laico deu uma cobertura inusitada” à visita de Bento XVI, que, “inclusive, esta noite dormiu com guarda de honra de militares da GNR em farda de gala”, reforçou, lamentando que seja tratado como “um chefe de Estado, quando ele está em peregrinação num local de romagem para crentes”.
Em Portugal, “organizou-se o mais colossal banho de multidão possível, para branquear a atitude do Papa nas fortes suspeitas de encobrimento dos crimes de pedofilia da igreja católica”, acusa Carlos Esperança. Está-se, portanto, sublinha, perante “uma forma de branquear a tentativa de regresso ao Concílio de Trento, de que este Papa é arauto”.
Este ateu considerou ainda a “tolerância de ponto inaceitável”, tanto numa perspectiva ética como “sob o ponto de vista da laicidade a que o Estado está obrigado, de acordo com a Constituição da República Portuguesa”.
Carlos Esperança também se insurgiu contra “as manifestações de subserviência, que vão desde o beija-mão de altas figuras à própria família do Presidente da República”. “É contra esta perda de ética republicana que a Associação Ateísta se insurge e leva a efeito sessões de esclarecimento”, uma das quais decorre esta tarde, em Coimbra, nas instalações da Fundação Inatel, em que, além de Carlos Esperança, são oradores Onofre Varela, também dirigente da APA, e Ricardo Alves, presidente da Associação República e Laicidade. (...)
1 comentário:
Soube há dias da existência da Confraria Gastronómica dos Nabos e Companhia.
Agora revelam-me a Associação Ateísta Portuguesa!!!
Portugal é um país surpreendente.
Regressem o "Mata-Frades" e o Afonso Costa!!!
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