segunda-feira, 10 de maio de 2010

Repetem-se os erros de 2005 e 2006... O aumento dos impostos, além dos custos sociais, levarão à retracção da economia, baixa da massa tributável e concomitante redução da receita fiscal... Os ministros das Finanças não sabem mesmo mais nada do que isto, é uma fraca culinária. O Ministério das Finanças e da Economia deviam ser um só, além de reduzir a despesa, permitia ao titular ter uma visão interactiva que não tem. Por falar nisso, porque não se segue entre nós o caminho que insistentemente vimos apontando: o da redução da despesa político-administrativa do estado: na Assembleia da República (menos deputados, metade dos funcionários e acessores), na Presidência ( metade dos acessores), no Governo (Governo de 6 ou 7 Ministros), nos escalões superiores da Administração (passagem a metade dos directores-gerais, redução para metade dos Institutos Públicos (como fez Sapatero), redução das verbas astronómicas atribuídas aos partidos, corte nos gastos sumptuários do poder reduzindo-os para 1/3? Para que precisa cada ministro de três automóveis do Estado, um só para o usufruto pessoal? É só um exemplo! E porque não o corte de 10% nos vencimentos mais altos da administração pública, acima dos 3 ou 4 mil euros! Façam-se as contas e veja-se o resultado. Depois coloque-se e discuta-se a mesma possibilidade nas pensões de reforma acima dos 3 ou 4 mil euros encontrando uma solução no mesmo sentido... Mas isto não agrada! Melhor caminho é cortar no subsídio de desemprego aos mais cecessitados, aumentar os impostos com particular custo social como é o IVA e o que aí vem, corte no subsídio de férias e de Natal, etc... E não vai demorar muito...(PB)
Governo abre a porta a aumentos de impostos para acelerar a consolidação orçamental
10.05.2010 - 07:46 Por Isabel Arriaga e Cunha, Bruxelas
O ministro das finanças admitiu ontem que o Governo poderá aumentar os impostos no quadro dos esforços assumidos ao nível da União Europeia (UE) para acelerar o processo de redução do défice orçamental

2 comentários:

LAM disse...

Com V. licença, transcrevo aqui, pela sua qualidade, o post de João Tunes no Vias de Facto:

"Estaria tudo bem, quanto ao exercício do direito de reunião e lobbying, se em vez de engravatados tivessem estado reunidos em Belém, incluindo o anfitrião, de baraços feitos de sisal entrançado amarrados ao pescoço, imitando o velho Moniz que fazia da honra a sua ética. Mas trata-se de gente cínica e descarada esta que vergonhas não conhecem. Os responsáveis pelos desconcertos, pelos remendos, pelas faltas de projectos, pelo estado a que nos levaram, enfim pela incompetência ao verem a crise a construir-se sem disso se darem conta porque cegos estavam a curtirem as contabilidades de ocasião e proveitos eleitorais e partidários, estão agora armados em senadores do carpir sob o palio cavaquista. E só têm sinais de stop para mostrarem como sabedoria, parando o futuro e carregando mais em cima dos que menos têm, cavando mais desigualdades. Faltou-lhes as companhias dos Mexia & comandita de nababos COE’s para que o festim solene das sanguessugas tivesse sopa, pratos e sobremesa. Um dia, a malandragem descarada ainda vai ser obrigada a trabalhar, cumprindo serviço cívico a organizarem as contabilidades de micro empresas, as do estatuto das suas sapiências. Porque o cinismo, um dia, vai ter mais castigo dos cidadãos que o prémio passageiro dos holofotes que iluminam os palácios. Só (lhes) falta o povo decidir ser justo."

LAM disse...

e o que me esqueci de referir em cima: isto a propósito da recepção de Cavaco Silva, em Belém, ao gangue de economistas que nos trouxe a este triste destino.