Mário Almeida apoia "buzinão" contra a introdução de portagens na A28
Ângelo Teixeira Marques (Público) Hoje
Comissões de utentes convocaram concentrações contra a introdução de portagens. O presidente da Câmara de Vila de Conde apoia este protesto sonoro
O socialista Mário Almeida, presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, apoia a realização, amanhã, de um "buzinão" contra a introdução de portagens na A28, entre o Porto e Viana, uma das vias Scut (sem custos para o utilizador) onde o Governo pretende introduzir a cobrança de circulação. "Todas as formas de fazer chegar ao Governo a discordância pela introdução de portagens são positivas", defendeu o autarca na sessão da Assembleia Municipal de Vila do Conde da última segunda-feira.
O histórico autarca socialista leu, na mesma sessão, um ofício enviado pelo presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo ao ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, António Mendonça, no qual solicitava "informações sobre os estudos sobre as medidas mitigadoras" de uma eventual cobrança de portagens. O ofício foi enviado também em nome dos municípios de Esposende, Póvoa de Varzim e Matosinhos, num claro sinal de concordância entre autarquias dirigidas por diferentes partidos.
Recorde-se que os presidentes de câmara de alguns destes municípios já se encontraram com o ministro António Mendonça, mas, desde esse momento, ainda não obtiveram os esclarecimentos que pretendiam, nomeadamente quanto a eventuais contrapartidas decorrentes da instalação de portagens nas auto-estradas que atravessam os seus municípios. Isto porque, refira-se, a possibilidade de haver isenções locais chegou a ser equacionada como muito provável. Na opinião de Mário Almeida, caso as tais "medidas mitigadoras" se venham a confirmar, tratar-se-ia de "um mal menor". "Entendo que não deve haver portagens em toda a área metropolitana do Porto", sublinha o presidente do município de Vila do Conde e explica porquê: "Somos praticamente só uma cidade e, se queremos um desenvolvimento harmónico desta área metropolitana, não deve haver portagens".
O protesto contra as portagens foi agendado pelas comissões de utentes das concessões Costa de Prata (A29), Grande Porto (A41 e A42) e Norte Litoral (A28) e marcado, em diferentes horários do dia, nos municípios de Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Aveiro, Vila Nova de Gaia, Lousada, Paredes e Paços de Ferreira.
No caso da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, os automobilistas concentram-se amanhã, pelas 18h, numa rotunda junto à Avenida de Vasco da Gama, na primeira cidade, e seguem depois para o município vizinho.
Ângelo Teixeira Marques (Público) Hoje
Comissões de utentes convocaram concentrações contra a introdução de portagens. O presidente da Câmara de Vila de Conde apoia este protesto sonoro
O socialista Mário Almeida, presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, apoia a realização, amanhã, de um "buzinão" contra a introdução de portagens na A28, entre o Porto e Viana, uma das vias Scut (sem custos para o utilizador) onde o Governo pretende introduzir a cobrança de circulação. "Todas as formas de fazer chegar ao Governo a discordância pela introdução de portagens são positivas", defendeu o autarca na sessão da Assembleia Municipal de Vila do Conde da última segunda-feira.
O histórico autarca socialista leu, na mesma sessão, um ofício enviado pelo presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo ao ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, António Mendonça, no qual solicitava "informações sobre os estudos sobre as medidas mitigadoras" de uma eventual cobrança de portagens. O ofício foi enviado também em nome dos municípios de Esposende, Póvoa de Varzim e Matosinhos, num claro sinal de concordância entre autarquias dirigidas por diferentes partidos.
Recorde-se que os presidentes de câmara de alguns destes municípios já se encontraram com o ministro António Mendonça, mas, desde esse momento, ainda não obtiveram os esclarecimentos que pretendiam, nomeadamente quanto a eventuais contrapartidas decorrentes da instalação de portagens nas auto-estradas que atravessam os seus municípios. Isto porque, refira-se, a possibilidade de haver isenções locais chegou a ser equacionada como muito provável. Na opinião de Mário Almeida, caso as tais "medidas mitigadoras" se venham a confirmar, tratar-se-ia de "um mal menor". "Entendo que não deve haver portagens em toda a área metropolitana do Porto", sublinha o presidente do município de Vila do Conde e explica porquê: "Somos praticamente só uma cidade e, se queremos um desenvolvimento harmónico desta área metropolitana, não deve haver portagens".
O protesto contra as portagens foi agendado pelas comissões de utentes das concessões Costa de Prata (A29), Grande Porto (A41 e A42) e Norte Litoral (A28) e marcado, em diferentes horários do dia, nos municípios de Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Aveiro, Vila Nova de Gaia, Lousada, Paredes e Paços de Ferreira.
No caso da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, os automobilistas concentram-se amanhã, pelas 18h, numa rotunda junto à Avenida de Vasco da Gama, na primeira cidade, e seguem depois para o município vizinho.
18 comentários:
Espero que todos os socialistas apoiem o protesto até por causa das decisões do último Congresso Distrital.
Por muito que buzinem, as autoestradas de 'borla' têm os dias contados.
Num país onde o Estado atravessa uma grave crise financeira que pode ter consequências extremamente gravosas para o bem estar dos portugueses, as portagens nas autoestradas são o nosso menor problema.
Claro que ninguém gosta de pagar pela utilização das autoestradas. Claro que vamos ver muitos políticos, por razões sobejamente conhecidas, a protestarem muito. Claro que não há vias alternativas com a qualidade.
Mas, um país que nos últimos 6 anos teve que pedir emprestado mais de 50.000 milhões euros para fazer face aos seus sucessivos déficites orçamentais, alguma coisa tem que fazer para inverter esta situação.
Ou seja, o PS vai adoptar a lei que o PSD quis aprovar no tempo em que o estava no Poder...
A culpa desta situação é do Eng. Guterres, que habituou o povo português a ser governado ao sabor das sondagens e dos "buzinões".
E o povo não deve ser habituado a liberalidades, não é Sr. Aroso?
Sr. Lima,
O que são "liberalidades"? Será que quis dizer liberdades? Confesso que não entendo a sua pergunta.
Liberalidade, s.f. ( do lat. liberaritate). Inclinação,disposição para dar, mas com discernimento; generosidade. // O dom que faz a pessoa generosa; dádiva; largueza.// Grandeza.// Magnificiência. (Grande Dicionário da Língua Portuguesa)
Obrigado Sr. Lima, confesso que não conhecia o termo.
Aquilo que lhe digo é que, num Estado de Direito, é no Parlamento que estas questões devem ser discutidas, e não na rua. A menos que o Sr. Lima seja um daqueles nostálgicos que sonham com o regresso ao PREC...
Os mouros que paguem a crise!!!
Sr Aroso a mim quer-me parecer que o senhor é um daqueles nostálgicos que sonham com o regresso ao tempo salazarista
Este anónimo, se fosse homem, identificava-se. Como deve ser híbrido... No entanto, palpita-me que às vezes assina o nome e eu até imagino quem seja.
Nesta questão apoio o Pedro Aroso, pois tem aqui uma posição sensata.
Os que acham que é na rua que se resolvem os problemas das finanças públicas, estão enganados no país. Devem emigrar para a Coreia do Norte ou para Cuba.
Por cá, goste-se ou não, governa quem tem a aceitação da AR e do PR.
Eu até compreendo os autarcas, já que defendem a sua "quinta", mas a missão do Governo é defender o país.
Em Cuba e na Coreia do Norte nada se resolve nas ruas porque não há liberdade de manifestação. Tudo se resolve nas instituições... e nas prisões. Perce que alguns querem o mesmo caminho para Portugal pondo em causa o direito, a coreccção e a eficácia do direito de manifestação. Têm de estudar umas coisas sobre democracia...
Caro Manuel Martins
É sempre bom debater ideias com alguém educado e civilizado.
Como deve imaginar, só quem está de má fé é que pode inferir das minhas palavras que eu sou contra a liberdade de expressão. Para mim, todas as manifestações são legítimas. No caso das SCUTS, aquilo que está em causa é uma coisa complemente diferente porque, se bem se recorda, foi o Eng. Guterres que subverteu o princípio do utilizador-pagante. Acha justo que sejam os nortenhos a pagar a via do Infante, que serve apenas os algarvios? Acha justo que sejam os alentejanos a pagar a scut Porto/Viana do Castelo? E acha que Portugal pode dar-se ao luxo de ter a melhor rede de auto-estradas da Europa, em que grande parte delas são gratuitas?
José da Silva: "Espero que todos os socialistas apoiem o protesto até por causa das decisões do último Congresso Distrital."
Também fui delegado ao último Congresso Distrital, lembro-me perfeitamente da moção aprovada acerca desta matéria, mas o José da Silva não acha, de facto, que no PS actual alguém quer saber (realmente) a opinião dos militantes, ou acha?
O que o PS é depende de todos mas também de cada um
Pura utopia...
Amigo Pedro Aroso, anónimo é a melhor forma de nos expressarmos politicamente... imagine lá que os deputados do PS votavam por voto secreto.. ehehe
O Renato Matos vai estar neste cmbate pelo qual sempre pugnou? Ou com o tacho que lhe deram, arrependeu-se? Veremos...
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