PS segue estratégia de "pequenos passos" no apoio a Manuel Alegre
Nuno Simas (Público)
O "aparelho" socialista antecipou-se à direcção do PS e já dá os sinais de apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre que têm faltado da parte da direcção nacional de José Sócrates. Ontem em Bragança e dentro de uma semana, mais a sul, em Beja, o deputado e poeta recebe os apoios de dirigentes socialistas, em jantares organizados pela sua candidatura.
Ontem à noite aconteceu com o deputado Mota Andrade, que é também líder da federação distrital do PS de Bragança. Ao PÚBLICO, Mota Andrade admitiu que Alegre "seria um bom candidato" a Presidente e explica a sua presença no jantar "como cidadão, a título pessoal". E lembrou que encontro foi organizado pelo anterior mandatário nas anteriores presidenciais, Aires Ferreira, socialista e presidente da Câmara de Moncorvo.
Se assim for - o "aparelho" socialista antecipar o apoio de Sócrates a Manuel Alegre -, os alegristas ficam mais descansados. Embora o calendário para o partido declarar que está ao lado do autor de O Canto e as Armas não esteja ainda definido. Um deputado e amigo de Manuel Alegre admitiu que não se pode esperar muito mais. Ou seja, um timing possível poderia ser o mês de Abril ou inícios de Maio.
Explique-se. Primeiro, os socialistas poderiam "arrumar" o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), em debate na próxima semana, acompanhado por um projecto de resolução do PS, e que tantas críticas tem suscitado entre as próprias fileiras socialistas. Depois, em Abril ou inícios de Maio, o PS poderia reunir e avançar com o seu apoio a Alegre.
Este calendário poderia implicar que o candidato presidencial formalizasse a sua candidatura antes de os socialistas se decidirem. Mas a verdade é que, formalmente, os socialistas não têm marcada qualquer reunião dos seus órgãos nacionais para os próximos dias. Seja para analisar as presidenciais seja sobre outro tema qualquer, depois de Sócrates ter reunido, no último mês e meio, o secretariado nacional, a comissão política e a comissão nacional.
Ainda assim, Francisco Assis, líder da bancada, já admitiu que o partido deve começar a pensar em discutir as presidenciais. Até porque já foi aprovado o Orçamento do Estado, o que serviu de justificação para os socialistas adiarem este debate.
Enquanto espera, Manuel Alegre recebeu um sinal, ainda que indirecto, de conforto da parte de José Sócrates: o poeta foi convidado, como presidente do júri do Prémio Leya, a acompanhar a comitiva do primeiro-ministro na visita oficial a Moçambique.
Nuno Simas (Público)
O "aparelho" socialista antecipou-se à direcção do PS e já dá os sinais de apoio à candidatura presidencial de Manuel Alegre que têm faltado da parte da direcção nacional de José Sócrates. Ontem em Bragança e dentro de uma semana, mais a sul, em Beja, o deputado e poeta recebe os apoios de dirigentes socialistas, em jantares organizados pela sua candidatura.
Ontem à noite aconteceu com o deputado Mota Andrade, que é também líder da federação distrital do PS de Bragança. Ao PÚBLICO, Mota Andrade admitiu que Alegre "seria um bom candidato" a Presidente e explica a sua presença no jantar "como cidadão, a título pessoal". E lembrou que encontro foi organizado pelo anterior mandatário nas anteriores presidenciais, Aires Ferreira, socialista e presidente da Câmara de Moncorvo.
Se assim for - o "aparelho" socialista antecipar o apoio de Sócrates a Manuel Alegre -, os alegristas ficam mais descansados. Embora o calendário para o partido declarar que está ao lado do autor de O Canto e as Armas não esteja ainda definido. Um deputado e amigo de Manuel Alegre admitiu que não se pode esperar muito mais. Ou seja, um timing possível poderia ser o mês de Abril ou inícios de Maio.
Explique-se. Primeiro, os socialistas poderiam "arrumar" o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), em debate na próxima semana, acompanhado por um projecto de resolução do PS, e que tantas críticas tem suscitado entre as próprias fileiras socialistas. Depois, em Abril ou inícios de Maio, o PS poderia reunir e avançar com o seu apoio a Alegre.
Este calendário poderia implicar que o candidato presidencial formalizasse a sua candidatura antes de os socialistas se decidirem. Mas a verdade é que, formalmente, os socialistas não têm marcada qualquer reunião dos seus órgãos nacionais para os próximos dias. Seja para analisar as presidenciais seja sobre outro tema qualquer, depois de Sócrates ter reunido, no último mês e meio, o secretariado nacional, a comissão política e a comissão nacional.
Ainda assim, Francisco Assis, líder da bancada, já admitiu que o partido deve começar a pensar em discutir as presidenciais. Até porque já foi aprovado o Orçamento do Estado, o que serviu de justificação para os socialistas adiarem este debate.
Enquanto espera, Manuel Alegre recebeu um sinal, ainda que indirecto, de conforto da parte de José Sócrates: o poeta foi convidado, como presidente do júri do Prémio Leya, a acompanhar a comitiva do primeiro-ministro na visita oficial a Moçambique.
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