sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Candidatura dos militantes

O apoio do Francisco Assis é, claro, bem-vindo. Tanto mais que vem de um quadro indiscutivelmente inteligente, com uma vasta cultura política, com um pensamento dotado de consistência doutrinária e com intuição sobre os ventos da história o que, neste momento, nem é fácil.

Outros apoios existem não querendo ainda ser públicos, outros virão a ser públicos, sendo, todos, naturalmente, bem acolhidos. Mas não mudarão as características essenciais da candidatura.

Não seremos candidato de ninguém, nem de personalidades, nem de grupos, somos uma candidatura dos militantes de base, procuraremos congregar todos os que se opõe ao actual estado calamitoso das coisas e querem uma renovação e uma nova orientação política e estratégica, não só na relação com o poder central, como quanto ao plano para inverter a tendência negra nas autarquias do Distrito e Área Metropolitana do Porto, passando para o ciclo das vitórias.

Mas o que nos preocupa e do que falaremos nesta campanha, será menos dos meandros político-partidários e mais do que interessa verdadeiramente: da situação da região, no plano social, económico, educativo, ambiental e cultural; das grande reformas necessárias e adiadas em particular a regionalização capazes de inverterem o rumo económico-social da região e do país.

Como se vê pelo estudo publicado sobre o Vale do Tâmega no JN de hoje, por muitos outros estudos, pelos dados que todos os dias nos chegam sobre todo o Norte e pelo que todos os dias vemos e ouvimos no terreno, é que a ausência de uma política específica para a região e a inexistência de uma voz que a denuncie, penaliza-nos em particular.

Os factos, infelizmente, todos os dias nos dão razão. As consequências práticas, na pele das pessoas, da actual linha de subserviência e silêncio por parte do actual Presidente da Federação do Porto, em relação à inexistência de uma política regional, são bem maiores e mais graves do que ele próprio será capaz de imaginar.

Se, por um lado, não tomando a iniciativa de apresentar as questões, não cumpre o seu dever, calando-se, torna-se cúmplice, pois toda a gente sabe que, quem cala consente.

E era bom que começasse a responder às críticas que, de todos os quadrantes, lhe são feitas. O seu silêncio, além de denotar sobranceria, começa a denotar, sobretudo, incapacidade de resposta.

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