sábado, 23 de fevereiro de 2008

Queremos eleições para a federação de acordo com o calendário estatutário e não dos timings ditos políticos do interesses de partes

As eleições para o Presidente da Federação Distrital do Porto e para os delegados ao Congresso Distrital deveria realizar-se até ao próximo dia 20 de Abril, para que o Congresso se realizasse até 6 de Maio, mas tal já não será possível. Estejamos vigilantes, a ver até que ponto é que se pretende jogar "politicamente" com os calendários que deveriam ser cumpridos rigorosamente, de acordo com os Estatutos, uma vez que não se vislumbra qualquer interesse político colectivo do Partido neste tipo de manipulação de datas. Para se perceber se há ou não jogo "político" e qual é. Sinceramente, não se está a insinuar nada, mas ninguém percebe porque não se cumpre a lei, ou seja os Estatutos que estão para o Partido, como a Constituição está para o país. Nem se percebe como há quem diga que os "timings são uma questão política e não administrativa"? Afinal quem somos nós? Que somos nós? Será preciso esclarecer o que é a génese da ditadura?
Leia-se esta notícia de "O Sol" que nos fornece algumas pistas, pois em ligação directa com o Secretariado ninguém nos esclarece, objectivamente, nada, a não ser que sim e antes pelo contrário. Mas está muito bem dito, o que o Camarada José Lello diz: "Não gostaríamos que o Congresso pudesse inquinar o debate nas federações". Isso mesmo! Nem o debate, nem as votações. Então porque não se marcam as eleições federativas? Tão simplesmente como se marcaram as concelhias e as das secções? Que se passa? Pior, era só mesmo se as eleições federativas inquinassem o Congresso Nacional!
Agora esticar o Congresso nacional mais para cima das próximas eleições, para tirar daí um efeito mobilizador, isso sim faz sentido. Mas nada tem a ver com as federações. Nas federações a música é outra, não se compreendendo qualquer adiamento anti-estatutário.
Leiamos a notícia de "O Sol" de hoje (já que nada mais temos para ler sobre o assunto; também só escrevemos ao Presidente do Partido, com cópia para o Secretariado nacional e para o Presidente da Comissão Política do Porto na passada segunda-feira, dia 18 de Fevereiro):

O PS deverá adiar, para o início de 2009, o XVI Congresso que deveria realizar-se em Novembro.O calendário de eleições internas e a estratégia eleitoral de Sócrates para as próximas legislativas estão na base desta decisão

O assunto vai ser debatido, em breve, pelo secretariado nacional, mas o dirigente José Lello confirmou ao SOL que, «por razões de calendário, pode haver alguma transição» quanto à data do Congresso. Isto porque estão a decorrer até Abril eleições para as concelhias. E, depois, haverá eleições para as federações, que ainda não estão marcadas, e os congressos federativos.
Além disso, ainda terá que haver uma campanha interna para a liderança, a eleição directa do secretário-geral e a eleição de delegados ao Congresso. «Não gostaríamos que o Congresso pudesse inquinar o debate nas federações», explicou Lello.
Por outro lado, a campanha interna para a liderança permitirá a Sócrates fazer também uma espécie de pré-campanha para as legislativas. Quanto mais perto dessas eleições decorrer o Congresso, melhor, na perspectiva da direcção do PS.
Sócrates tem dito a alguns dos seus colaboradores que só aceita voltar a candidatar-se a primeiro-ministro quando estiver claro ter alcançado os principais objectivos que traçou para esta legislatura: o controle do défice, maior crescimento económico e os 150 mil novos empregos. As duas primeiras metas foram cumpridas e anunciadas com estrondo. A terceira está a revelar-se mais complicada. Segundo as contas de Sócrates, o balanço, neste momento, é de 94 mil postos de trabalho. "O Sol" 23. 02.2008

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