Pedro Baptista avança para o PS-Porto contra "o seguidismo"

jornal "público"

01.02.2008, Filomena Fontes

Contra a "estagnação política" do PS-Porto e "a degradação política, económica, social e cultural" da região, Pedro Baptista assumiu ontem a sua candidatura à liderança da federação dos socialistas portuenses, prometendo bater-se, em primeira linha, pela instituição em concreto das regiões, sem o recurso ao referendo, mas também "devolver o partido aos militantes, tantas vezes sonegado pelos tiques estalinistas". "À frente da federação tem de estar quem não faça da subserviência um instrumento de carreira política pessoal à moda do antigamente, venerando e obrigado", declarou o candidato, acusando o actual líder Renato Sampaio de se limitar a ser "a caixa de ressonância do Governo". Debaixo de críticas estiveram também os deputados. "É caricato que se tenham passado dois anos e só hoje [ontem] se tenha falado no Parlamento da situação social no distrito do Porto", denunciou, Assumindo-se como "o candidato das bases", Pedro Baptista propõe-se ainda construir uma estratégia vencedora para as próximas eleições autárquicas no distrito. "Nem o Porto pode continuar a viver sob a modorra populista e hipócrita de Rui Rio, nem o PS pode arriscar-se a perder Matosinhos, nem Santo Tirso, nem outra [câmara] qualquer", sustentou. Vitórias eleitorais que estarão ameaçadas, diz, caso persistam "o marasmo, os jogos de poder e as trocas de favores que dominam a actuação da federação do PS-Porto". "O marasmo, os jogos de poder e as trocas de favores dominam a actuação da federação do PS-Porto"