Ex-ministro do Governo de Guterres distancia-se cada vez mais do modelo aprovado pelos socialistas
(JN) 14.08.08 ANA PAULA CORREIA
João Cravinho volta a criticar o Conselho de Prevenção da Corrupção, ao responder a Alfredo de Sousa, ex-presidente do Tribunal de Contas, um dos autores do diploma aprovado pelo PS, que aguarda promulgação em Belém.
O socialista, ex-ministro do Governo de Guterres, que na qualidade de deputado foi autor de um pacote anticorrupção não subscrito pela direcção da bancada do PS, está a distanciar-se cada vez mais das opções do seu partido. Depois de ter assumido que o CPC tem "um forte pendor governamental", Cravinho assinou um artigo na edição de ontem do Público, no qual considera que "ao limitar a acção preventiva à exclusiva óptica de controlo da administração financeira, o CPC pouco ou nada fará para atacar a grande corrupção política ou de Estado, na base do tráfego de influências".
O socialista usou a fórmula da resposta ao artigo de Alfredo de Sousa, também publicado no Público, para propor "repensar de alto a baixo uma verdadeira estrutura nacional de gestão preventiva de risco de corrupção, incluindo o tráfico de influencias". "Poderá funcionar junto do TC, mas sem coabitação que ensombre a sua independência. Com a nova lei, nem sequer conseguirão salvar as aparências", concluiu, após lembrar que "dos oito membros do CPC apenas três gozam de estatuto e garantias como independentes". O Conselho funcionará junto do TC, enquanto a comissão proposta por Cravinho estava agregada ao Parlamento.
Na polémica entrou também o actual presidente do TC, Guilherme Oliveira Martins (a quem cabe presidir ao futuro CPC) ao garantir, em entrevista à Visão de ontem e sem entrar em confronto com Cravinho, não haver risco de governamentalização.
(JN) 14.08.08 ANA PAULA CORREIA
João Cravinho volta a criticar o Conselho de Prevenção da Corrupção, ao responder a Alfredo de Sousa, ex-presidente do Tribunal de Contas, um dos autores do diploma aprovado pelo PS, que aguarda promulgação em Belém.
O socialista, ex-ministro do Governo de Guterres, que na qualidade de deputado foi autor de um pacote anticorrupção não subscrito pela direcção da bancada do PS, está a distanciar-se cada vez mais das opções do seu partido. Depois de ter assumido que o CPC tem "um forte pendor governamental", Cravinho assinou um artigo na edição de ontem do Público, no qual considera que "ao limitar a acção preventiva à exclusiva óptica de controlo da administração financeira, o CPC pouco ou nada fará para atacar a grande corrupção política ou de Estado, na base do tráfego de influências".
O socialista usou a fórmula da resposta ao artigo de Alfredo de Sousa, também publicado no Público, para propor "repensar de alto a baixo uma verdadeira estrutura nacional de gestão preventiva de risco de corrupção, incluindo o tráfico de influencias". "Poderá funcionar junto do TC, mas sem coabitação que ensombre a sua independência. Com a nova lei, nem sequer conseguirão salvar as aparências", concluiu, após lembrar que "dos oito membros do CPC apenas três gozam de estatuto e garantias como independentes". O Conselho funcionará junto do TC, enquanto a comissão proposta por Cravinho estava agregada ao Parlamento.
Na polémica entrou também o actual presidente do TC, Guilherme Oliveira Martins (a quem cabe presidir ao futuro CPC) ao garantir, em entrevista à Visão de ontem e sem entrar em confronto com Cravinho, não haver risco de governamentalização.
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