(Público) 21.08.2008, Isabel Gorjão Santos
A presença militar da França no Afeganistão estava ontem a ser questionada pela oposição e a imprensa, um dia depois de dez soldados franceses terem morrido numa emboscada taliban a cerca de 50 quilómetros de Cabul. O Presidente, Nicolas Sarkozy, prestou homenagem às vítimas numa curta viagem ao Afeganistão e disse aos militares: "Não tenho nenhuma dúvida sobre isto: temos de estar aqui."A morte dos soldados franceses levou a oposição à União para Um Movimento Popular (UMP), de Nicolas Sarkozy, a defender uma clarificação da estratégia para o Afeganistão. O líder do Partido Socialista, François Hollande, disse à agência AFP que "o momento é de solidariedade para com as famílias", mas que "também é tempo de reflexão sobre o sentido da nossa presença no Afeganistão". Hollande sublinhou que, após o drama, "importa saber o que as nossas tropas vão fazer exactamente no Afeganistão e por quanto tempo o farão". Em resposta, o primeiro-ministro François Fillon pediu a Hollande que "respeite o momento de dor".A França tem cerca de 3000 soldados no Afeganistão, integrados na força internacional da NATO, e Sarkozy decidiu em Abril reforçar o contingente com mais 700 efectivos. Essa decisão terá sido reprovada por cerca de 68 por cento dos franceses, de acordo com uma sondagem divulgada na altura e recordada pela AFP.Sarkozy chegou ontem cedo a Cabul para dizer aos militares que "a melhor maneira de serem fiéis aos camaradas é continuar o trabalho, levantar a cabeça e serem profissionais". Visitou no hospital os 21 militares feridos no ataque, acompanhado pelo chefe da diplomacia Bernard Kouchner e pelo ministro da Defesa Herve Morin. "Uma parte da liberdade do mundo está em jogo aqui. É aqui que a luta contra o terrorismo está a ser travada", disse-lhes.Alguns soldados feridos contaram ao Le Monde que durante a emboscada houve problemas de coordenação. Alguns soldados terão sido atingidos pelo apoio aéreo aliado, adiantou o jornal, mas o Pentágono não confirmou. A NATO adiantou que irá investigar o assunto."O Presidente terá de explicar aos franceses porque é que os seus soldados morreram a seis mil quilómetros do seu território", lia-se no Le Monde. O Le Figaro (direita) também questionava: "Se os objectivos são justos, a táctica para os alcançar será a melhor?" E o Libération (esquerda) interrogava: "Como ganhar uma guerra militarmente invencível?"
A presença militar da França no Afeganistão estava ontem a ser questionada pela oposição e a imprensa, um dia depois de dez soldados franceses terem morrido numa emboscada taliban a cerca de 50 quilómetros de Cabul. O Presidente, Nicolas Sarkozy, prestou homenagem às vítimas numa curta viagem ao Afeganistão e disse aos militares: "Não tenho nenhuma dúvida sobre isto: temos de estar aqui."A morte dos soldados franceses levou a oposição à União para Um Movimento Popular (UMP), de Nicolas Sarkozy, a defender uma clarificação da estratégia para o Afeganistão. O líder do Partido Socialista, François Hollande, disse à agência AFP que "o momento é de solidariedade para com as famílias", mas que "também é tempo de reflexão sobre o sentido da nossa presença no Afeganistão". Hollande sublinhou que, após o drama, "importa saber o que as nossas tropas vão fazer exactamente no Afeganistão e por quanto tempo o farão". Em resposta, o primeiro-ministro François Fillon pediu a Hollande que "respeite o momento de dor".A França tem cerca de 3000 soldados no Afeganistão, integrados na força internacional da NATO, e Sarkozy decidiu em Abril reforçar o contingente com mais 700 efectivos. Essa decisão terá sido reprovada por cerca de 68 por cento dos franceses, de acordo com uma sondagem divulgada na altura e recordada pela AFP.Sarkozy chegou ontem cedo a Cabul para dizer aos militares que "a melhor maneira de serem fiéis aos camaradas é continuar o trabalho, levantar a cabeça e serem profissionais". Visitou no hospital os 21 militares feridos no ataque, acompanhado pelo chefe da diplomacia Bernard Kouchner e pelo ministro da Defesa Herve Morin. "Uma parte da liberdade do mundo está em jogo aqui. É aqui que a luta contra o terrorismo está a ser travada", disse-lhes.Alguns soldados feridos contaram ao Le Monde que durante a emboscada houve problemas de coordenação. Alguns soldados terão sido atingidos pelo apoio aéreo aliado, adiantou o jornal, mas o Pentágono não confirmou. A NATO adiantou que irá investigar o assunto."O Presidente terá de explicar aos franceses porque é que os seus soldados morreram a seis mil quilómetros do seu território", lia-se no Le Monde. O Le Figaro (direita) também questionava: "Se os objectivos são justos, a táctica para os alcançar será a melhor?" E o Libération (esquerda) interrogava: "Como ganhar uma guerra militarmente invencível?"
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