Para que conste...
(Público) 18 de Agosto de 2008 A verba que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado de 2007 para pagar as rendas das Scut (auto-estradas sem custos para o utente) não foi utilizada na totalidade.
Dos 705 milhões de euros previstos, apenas 537 milhões foram para os cofres das empresas concessionárias. O Estado poupou, assim, 24 por cento do valor que tinha sido estimado. A diferença entre o tráfego que se admitia que as auto-estradas pudessem gerar e aquele que efectivamente se verificou explica esta redução dos encargos. Contas feitas pelo PÚBLICO mostram, por outro lado, que o custo que o Estado suporta por cada veículo que passa nas Scut varia também em função da procura que cada uma delas tem. E é, por isso, no interior do país em que a tarifa é mais elevada, na Scut da Beira Interior e na Scut do Interior Norte, porque são aquelas em que passam menos veículos por dia.
A auto-estrada mais "barata", tendo em conta a relação de quilómetros e a "portagem virtual" cobrada, é a Scut do Norte Litoral, entre o Porto e Caminha, que tem registado tráfegos acima do previsto.
Dos 705 milhões de euros previstos, apenas 537 milhões foram para os cofres das empresas concessionárias. O Estado poupou, assim, 24 por cento do valor que tinha sido estimado. A diferença entre o tráfego que se admitia que as auto-estradas pudessem gerar e aquele que efectivamente se verificou explica esta redução dos encargos. Contas feitas pelo PÚBLICO mostram, por outro lado, que o custo que o Estado suporta por cada veículo que passa nas Scut varia também em função da procura que cada uma delas tem. E é, por isso, no interior do país em que a tarifa é mais elevada, na Scut da Beira Interior e na Scut do Interior Norte, porque são aquelas em que passam menos veículos por dia.
A auto-estrada mais "barata", tendo em conta a relação de quilómetros e a "portagem virtual" cobrada, é a Scut do Norte Litoral, entre o Porto e Caminha, que tem registado tráfegos acima do previsto.
Além da questão dos custos, orçamental e dos projectos hegros de oneração das portagens a Norte, há uma outra questão, que a informação contida na notícia, indirectamente suscita: é que as auto-estradas Interior-Litoral ou no Interior desertificado, por si só, não são um factor de estancamento da desertificação, nem do repovoamento. Por si só, antes pelo contrário, facilitam a litoralização da população. Tal como as Universidades do Interior que constituiriam um factor decisivo do desenvolvimento do interior e equilibração geo-económica do país se tivcessem sido percebidos como um primeiro passo da regionalização, ou seja se tivessem sido acompanhadas de medidas com vista à criação de polos de desenvolvimento económico que passariam sempre por centro de afirmação política e cultural.
Assim, como estamos, auto-estradas(mesmo sendo SCUT) e universidades de pouco valem. São medidas avulso, institutos dependurados e desinseridos, sem alcance estratégico em termos de desenvolvimento. PB
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