É, com efeito, no mínimo, "inconcebível" e "miserabilista" que não se entendam, ainda para mais duas Câmaras comandadas pela Direita. Está-se mesmo a ver que, tanto o Porto como Gaia, precisam de uma grande "reforma" a nível do poder político-partidário municipal. Que adianta dizerem coisas tão certas sobre os investimentos governmentais em Lisboa para depois nem sequer serem capazes de se entenderem das duas bandas do Rio Douro?
(Público)02.08.2008, Aníbal Rodrigues
Construir três pontes sobre o rio Douro, uma capaz de suportar tráfego rodoviário e o metro, outra para o comboio de alta velocidade e uma última pedonal, custa cerca de 60 milhões de euros. Um valor que representa dez por cento do que custará a nova ponte sobre o Tejo, entre Chelas e o Barreiro, segundo o projectista Adão da Fonseca, autor da Ponte do Infante entre o Porto e Gaia."É um décimo do que vai custar a ponte Chelas-Barreiro, sem contar com os acessos", afirmou ontem Adão da Fonseca, durante uma conferência de imprensa em que o vice-presidente da Câmara de Gaia, Marco António Costa, propôs a formação de uma comissão técnica, composta por representantes da sua autarquia (entre eles, Adão da Fonseca) e do município do Porto, com o intuito de se encontrar um "consenso" em matéria de pontes futuras. Isto porque a Invicta já veiculou posições diferentes no que diz respeito a travessias sobre o Douro, tendo também apresentado algumas ideias e projectos próprios. Marco António Costa, que irá formalizar este repto, junto da Câmara do Porto, durante a próxima semana, considera que o entendimento entre os dois municípios deve ser atingido até final de Referência Estratégico Nacional (QREN). O autarca não apenas concorda com a comparação de Adão da Fonseca como a vincou ainda mais. "Nós estamos a discutir uns míseros 60 milhões de euros quando em Lisboa se estão a discutir milhões e milhões", afirmou Marco António Costa, ilustrando a sua opinião com um exemplo concreto: "O pagamento por parte do Estado de um terreno à Câmara de Lisboa para construção do Hospital de Todos os Santos dava para construir as três pontes. Já no resto do país, se as câmaras querem ter hospitais ou esquadras, têm de doar os terrenos", lamentou.
Construir três pontes sobre o rio Douro, uma capaz de suportar tráfego rodoviário e o metro, outra para o comboio de alta velocidade e uma última pedonal, custa cerca de 60 milhões de euros. Um valor que representa dez por cento do que custará a nova ponte sobre o Tejo, entre Chelas e o Barreiro, segundo o projectista Adão da Fonseca, autor da Ponte do Infante entre o Porto e Gaia."É um décimo do que vai custar a ponte Chelas-Barreiro, sem contar com os acessos", afirmou ontem Adão da Fonseca, durante uma conferência de imprensa em que o vice-presidente da Câmara de Gaia, Marco António Costa, propôs a formação de uma comissão técnica, composta por representantes da sua autarquia (entre eles, Adão da Fonseca) e do município do Porto, com o intuito de se encontrar um "consenso" em matéria de pontes futuras. Isto porque a Invicta já veiculou posições diferentes no que diz respeito a travessias sobre o Douro, tendo também apresentado algumas ideias e projectos próprios. Marco António Costa, que irá formalizar este repto, junto da Câmara do Porto, durante a próxima semana, considera que o entendimento entre os dois municípios deve ser atingido até final de Referência Estratégico Nacional (QREN). O autarca não apenas concorda com a comparação de Adão da Fonseca como a vincou ainda mais. "Nós estamos a discutir uns míseros 60 milhões de euros quando em Lisboa se estão a discutir milhões e milhões", afirmou Marco António Costa, ilustrando a sua opinião com um exemplo concreto: "O pagamento por parte do Estado de um terreno à Câmara de Lisboa para construção do Hospital de Todos os Santos dava para construir as três pontes. Já no resto do país, se as câmaras querem ter hospitais ou esquadras, têm de doar os terrenos", lamentou.
Na perspectiva do "vice" de Luís Filipe Menezes, é inconcebível que o Porto e Gaia não consigam entender-se perante o desígnio de conseguirem mais travessias que liguem as duas cidades. "O que está em causa é muito mais do que a decisão de dois presidentes de câmara, é uma solução de região e de país", valorizou. O autarca voltou a insistir na premência de aproveitar apoios do QREN para estes projectos. Além disso, segundo os seus cálculos, o custo das três pontes representa cerca de um quinto do orçamento anual da sua autarquia. "Seria um sinal de miserabilismo da nossa parte os dois municípios não se entenderem", avisou.
Porto e Gaia até podem defender, actualmente, visões díspares no que diz respeito a novas pontes sobre as águas do Douro, mas os projectos de duas destas infra-estruturas, apresentados ontem por Adão da Fonseca, até resultam de um protocolo de 7 de Dezembro de 2001. Protocolo esse que foi assinado pelas câmaras do Porto e de Gaia, pela RAVE, Metro do Porto e Universidade do Porto.
As duas pontes, uma destinada ao tráfego rodoviário e ao metro ligeiro, a outra à rede de alta velocidade, foram projectadas por Adão da Fonseca, enquanto Siza Vieira dirigiu e coordenou os respectivos estudos urbanísticos e paisagísticos.
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