quinta-feira, 23 de outubro de 2008

"AMPLA COLIGAÇÃO À ESQUERDA" PARA GANHAR CÂMARA DO PORTO

PS/Porto: Pedro Baptista defende "ampla coligação de esquerda" para ganhar Câmara do Porto

23 de Outubro de 2008, 18:22
Porto, 23 Out (Lusa) - Pedro Baptista defendeu hoje uma "ampla coligação de esquerda" para uma candidatura à Câmara do Porto que envolva também movimentos cívicos e considerou-se a pessoa ideal para a "ponte" entre as partes caso vença sábado a distrital do PS.
"Só comigo é possível uma coligação de esquerda em torno de uma candidatura à Câmara do Porto, quer pelo meu posicionamento quer pela relação que mantenho com os partidos e pela minha atitude crítica em relação ao poder central", disse o candidato às eleições de sábado para a distrital socialista do Porto.
Pedro Baptista desvalorizou as notícias que colocam representantes do BE e do PCP a recusarem qualquer coligação de esquerda para a Câmara do Porto, argumentando que essas declarações foram feitas face à actual composição da distrital, liderada por Renato Sampaio, que se recandidata ao cargo.
"Já fiz alguns contactos com partidos e movimentos de esquerda e estou à vontade para dizer que é possível", afirmou.
Apesar de não dar por garantida uma candidatura de Elisa Ferreira à Câmara do Porto, nomeadamente porque a eurodeputada pode optar noutro sentido, Pedro Baptista considera que se ela avançar com uma coligação como suporte será "uma excelente solução".
"Comigo na federação e com Elisa Ferreira como candidata disposta a personificar essa ampla aliança de esquerda será possível conquistar a Câmara do Porto", considerou, garantindo que a sua equipa tem "estudos que indicam que se o PS tivesse avançado coligado nas anteriores eleições Rui Rio nunca teria sido eleito".
"A diferença entre uma coligação de esquerda e o PS a avançar sozinho é a diferença entre vencer e não vencer as eleições autárquicas. Se essa solução pôde ser usada em Lisboa, porque não há-de acontecer o mesmo noutras câmaras do país? Lisboa não é melhor que o Porto", disse, defendendo que a distrital precisa de "alguém que tenha "voz, pensamento e estratégia próprios".
Pedro Baptista lamentou que haja no PS "gente que prefere não ganhar a Câmara do Porto para depois poder, a partir da oposição, negociar lugares com Rui Rio".

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