Direcção-geral de Saúde rejeita críticas
Supervisores da linha Saúde 24 denunciam "caos organizativo" deste serviço
20.10.2008 - 10h36 PÚBLICO, com Lusa
Oito fundadores e supervisores da linha Saúde 24 800 24 24 24, lançada há ano e meio, escreveram uma carta à ministra Ana Jorge denunciando aquilo que consideram ser “o caos organizativo” em que este serviço caiu. Segundo a notícia avançada hoje pelo “Correio da Manhã”, a carta, com 15 pontos, os subscritores apontam falhas na plataforma de atendimento, que chega a estar inoperacional por várias horas, dizem que há utentes que ligam para a linha mas que não são atendidos e que há falhas na comunicação com os serviços de emergência.Na carta, a empresa responsável, regida numa parceria público-privado com a operadora LCS, SA, do grupo Caixa Geral de Depósitos, é ainda acusada de alterar regras no atendimento para poder ganhar mais dinheiro e das triagens dos doentes nem sempre serem eficazes e rápidas como era esperado. Os supervisores alertam ainda para o facto do director do centro de atendimento ter pedido que as transferências para o INEM sejam imediatas, mesmo antes de uma avaliação correcta das reais necessidades do doente, porque “o Estado só paga se 95 por cento das chamadas forem tratadas e transferidas em menos de 10 minutos”, diz o documento, citado pelo “Correio da Manhã”. A LCS foi alvo de uma providência cautelar interposta por cinco dos enfermeiros supervisores, que viram os seus horários de trabalho alterados unilateralmente e que se queixam ainda de terem sido impedidos de entrar no local de trabalho e de terem acesso ao sistema informático. Contactada pela Lusa, a Direcção-Geral de Saúde rejeitou as críticas de falta de eficácia e "caos organizativo" da linha telefónica Saúde 24, alegando que a qualidade do atendimento e o interesse público estão salvaguardados. "É natural que haja interesse da operadora em ter lucro. Nós, Direcção-Geral da Saúde (DGS), marcamos a diferença no cumprimento da qualidade do serviço público. Asseguramos que a qualidade e o interesse público estão acima de qualquer outro interesse", afirmou à agência Lusa o responsável da DGS pela linha, enfermeiro Sérgio Gomes. Face às denúncias de falhas no atendimento, a Direcção-Geral da Saúde responde que a taxa de eficácia tem níveis superiores a 95 por cento. Assim, em 100 chamadas realizadas, menos de cinco ficarão por atender, sublinha Sérgio Gomes, lembrando ainda que a linha Saúde 24 atende uma média de 1600 chamadas diárias. O balanço ao final de um ano apontava para 125 mil horas de atendimento e 106 mil idas às urgências evitadas.
Supervisores da linha Saúde 24 denunciam "caos organizativo" deste serviço
20.10.2008 - 10h36 PÚBLICO, com Lusa
Oito fundadores e supervisores da linha Saúde 24 800 24 24 24, lançada há ano e meio, escreveram uma carta à ministra Ana Jorge denunciando aquilo que consideram ser “o caos organizativo” em que este serviço caiu. Segundo a notícia avançada hoje pelo “Correio da Manhã”, a carta, com 15 pontos, os subscritores apontam falhas na plataforma de atendimento, que chega a estar inoperacional por várias horas, dizem que há utentes que ligam para a linha mas que não são atendidos e que há falhas na comunicação com os serviços de emergência.Na carta, a empresa responsável, regida numa parceria público-privado com a operadora LCS, SA, do grupo Caixa Geral de Depósitos, é ainda acusada de alterar regras no atendimento para poder ganhar mais dinheiro e das triagens dos doentes nem sempre serem eficazes e rápidas como era esperado. Os supervisores alertam ainda para o facto do director do centro de atendimento ter pedido que as transferências para o INEM sejam imediatas, mesmo antes de uma avaliação correcta das reais necessidades do doente, porque “o Estado só paga se 95 por cento das chamadas forem tratadas e transferidas em menos de 10 minutos”, diz o documento, citado pelo “Correio da Manhã”. A LCS foi alvo de uma providência cautelar interposta por cinco dos enfermeiros supervisores, que viram os seus horários de trabalho alterados unilateralmente e que se queixam ainda de terem sido impedidos de entrar no local de trabalho e de terem acesso ao sistema informático. Contactada pela Lusa, a Direcção-Geral de Saúde rejeitou as críticas de falta de eficácia e "caos organizativo" da linha telefónica Saúde 24, alegando que a qualidade do atendimento e o interesse público estão salvaguardados. "É natural que haja interesse da operadora em ter lucro. Nós, Direcção-Geral da Saúde (DGS), marcamos a diferença no cumprimento da qualidade do serviço público. Asseguramos que a qualidade e o interesse público estão acima de qualquer outro interesse", afirmou à agência Lusa o responsável da DGS pela linha, enfermeiro Sérgio Gomes. Face às denúncias de falhas no atendimento, a Direcção-Geral da Saúde responde que a taxa de eficácia tem níveis superiores a 95 por cento. Assim, em 100 chamadas realizadas, menos de cinco ficarão por atender, sublinha Sérgio Gomes, lembrando ainda que a linha Saúde 24 atende uma média de 1600 chamadas diárias. O balanço ao final de um ano apontava para 125 mil horas de atendimento e 106 mil idas às urgências evitadas.
Sem comentários:
Enviar um comentário