Que bem está feito o Metro! Que bem protegidos estamos pelas nossas câmaras! Que eficazes têm sido as privatizações dos serviços!
Intenso aguaceiro que, ontem de manhã, caiu no Porto, voltou a provocar inúmeros estragos, um pouco por todo o lado. A situação mais preocupante viveu-se no Campo 24 de Agosto, com a estação de metro encerrada todo o dia
LILIANA FIGUEIRA (JN) 8.10.08
Os portuenses voltaram a arregaçar as calças, perante a forte chuvada que, numa questão de minutos, fez parar a cidade do Porto. O trânsito tornou-se ainda mais caótico, com ruas alagadas, queda de tectos e inundações várias, em estabelecimentos e habitações privadas.
Para quem quis fugir à confusão do tráfego automóvel, e procurou no metro uma solução mais eficaz, a opção não foi a melhor. Entre as 10.28 e as 11.50 horas, a circulação do metropolitano esteve cortada entre Campanhã e a Trindade.
Já a estação do Campo 24 de Agosto permaneceu interdita ao público, durante todo o dia de ontem. Por "motivos de segurança", e apesar de a circulação do metropolitano, à tarde, já estar "normalizada em toda a rede", naquela estação não houve entrada nem saída de passageiros, conforme explicou ao JN, fonte oficial da empresa Metro do Porto.
Tal como já havido acontecido em Novembro de 2006 (dois anos depois de ter sido inaugurada), a estação do Campo 24 de Agosto voltou a "meter água": o sistema de drenagem de águas pluviais foi insuficiente face à quantidade de chuva que caiu num período de meia hora, provocando infiltrações nas estruturas daquela paragem.
Consequentemente, e de acordo com o chefe de prevenção dos Bombeiros Sapadores do Porto, Joaquim Teixeira, "verificou-se a queda de várias placas do tecto, que é em pladour, e todas as linhas do metropolitano ficaram alagadas".
"O problema não está na estação em si, mas sim na área envolvente, ao nível dos sistemas de drenagem de águas pluviais", justificou fonte oficial da Metro do Porto.
Segundo o responsável, em Novembro de 2006 foram tomadas algumas medidas "que se têm revelado eficazes, pois nestes dois anos, não houve mais problemas". Na altura, para além dos reparos efectuados, com vista a resolver os danos estruturais provocados, igualmente, por infiltrações, foi criado um sistema de barreiras, que "protege os acessos da estação e minimiza o impacto das inundações".
Porém, tendo em conta que é accionado por funcionários da Metro, "hoje (ontem) não foi possível colocar o sistema a trabalhar atempadamente", explicou a mesma fonte.
Outra das medidas tomadas em 2006, refere-se a duas intervenções ao nível do sistema de escoamento das águas pluviais, que "irão ser efectuadas a curto prazo". Segundo as informações prestadas pela fonte oficial da Metro do Porto, "trata-se de uma obra rápida, que vai contribuir para uma melhor drenagem".
O mau escoamento das águas não trouxe apenas problemas ao metro do Porto. Alguns estabelecimentos do Campo 24 de Agosto, situados junto à estação metropolitana, tiveram que encerrar por falta de condições.
No Café Pinguim, a primeira inundação de 2008 resultou em largos estragos. Como contou, ao JN, Vítor Lopes, "se ligar a corrente, os motores das máquinas rebentam porque houve infiltrações de água". A chuva atingiu uma altura tal, que os cerca de oito clientes que se encontravam no café, no momento em que a chuva caiu com maior intensidade, subiram para cima das mesas, pois não conseguiram sair para a rua a tempo.
Também na Luar Protector Óptica prosseguem as limpezas. "Desde que fizeram as obras do metro que isto acontece", queixa-se Anabela Baptista, funcionária da óptica.
Ao lado, uma moradora, cujo rés-do-chão ficou totalmente alagado e sujo de lama, queixa-se, igualmente, do metro: "Desde as obras, e por causa do mau escoamento, isto acontece várias vezes".
Das 8 às 16 horas, em toda a Área Metropolitana do Porto, os bombeiros não tiveram descanso. A maioria das saídas deveu-se a problemas de escoamento da água, que levaram a inúmeras inundações, em habitações privadas, estabelecimentos comerciais e na via pública.
Na Avenida dos Aliados, por exemplo, os pisos inferiores da Agência Abreu ficaram totalmente alagados, com a água a chegar aos computadores. Já na Avenida Paiva Couceiro, entre as pontes do Infante e de D. Maria, a água atingiu meio metro de altura, condicionando o trânsito naquela via durante meia hora.
Por seu turno, em Valbom, Gondomar, só hoje estará resolvida a situação do parque de estacionamento interior de um edifício com 150 habitações, que ficou cheio de lama.
LILIANA FIGUEIRA (JN) 8.10.08
Os portuenses voltaram a arregaçar as calças, perante a forte chuvada que, numa questão de minutos, fez parar a cidade do Porto. O trânsito tornou-se ainda mais caótico, com ruas alagadas, queda de tectos e inundações várias, em estabelecimentos e habitações privadas.
Para quem quis fugir à confusão do tráfego automóvel, e procurou no metro uma solução mais eficaz, a opção não foi a melhor. Entre as 10.28 e as 11.50 horas, a circulação do metropolitano esteve cortada entre Campanhã e a Trindade.
Já a estação do Campo 24 de Agosto permaneceu interdita ao público, durante todo o dia de ontem. Por "motivos de segurança", e apesar de a circulação do metropolitano, à tarde, já estar "normalizada em toda a rede", naquela estação não houve entrada nem saída de passageiros, conforme explicou ao JN, fonte oficial da empresa Metro do Porto.
Tal como já havido acontecido em Novembro de 2006 (dois anos depois de ter sido inaugurada), a estação do Campo 24 de Agosto voltou a "meter água": o sistema de drenagem de águas pluviais foi insuficiente face à quantidade de chuva que caiu num período de meia hora, provocando infiltrações nas estruturas daquela paragem.
Consequentemente, e de acordo com o chefe de prevenção dos Bombeiros Sapadores do Porto, Joaquim Teixeira, "verificou-se a queda de várias placas do tecto, que é em pladour, e todas as linhas do metropolitano ficaram alagadas".
"O problema não está na estação em si, mas sim na área envolvente, ao nível dos sistemas de drenagem de águas pluviais", justificou fonte oficial da Metro do Porto.
Segundo o responsável, em Novembro de 2006 foram tomadas algumas medidas "que se têm revelado eficazes, pois nestes dois anos, não houve mais problemas". Na altura, para além dos reparos efectuados, com vista a resolver os danos estruturais provocados, igualmente, por infiltrações, foi criado um sistema de barreiras, que "protege os acessos da estação e minimiza o impacto das inundações".
Porém, tendo em conta que é accionado por funcionários da Metro, "hoje (ontem) não foi possível colocar o sistema a trabalhar atempadamente", explicou a mesma fonte.
Outra das medidas tomadas em 2006, refere-se a duas intervenções ao nível do sistema de escoamento das águas pluviais, que "irão ser efectuadas a curto prazo". Segundo as informações prestadas pela fonte oficial da Metro do Porto, "trata-se de uma obra rápida, que vai contribuir para uma melhor drenagem".
O mau escoamento das águas não trouxe apenas problemas ao metro do Porto. Alguns estabelecimentos do Campo 24 de Agosto, situados junto à estação metropolitana, tiveram que encerrar por falta de condições.
No Café Pinguim, a primeira inundação de 2008 resultou em largos estragos. Como contou, ao JN, Vítor Lopes, "se ligar a corrente, os motores das máquinas rebentam porque houve infiltrações de água". A chuva atingiu uma altura tal, que os cerca de oito clientes que se encontravam no café, no momento em que a chuva caiu com maior intensidade, subiram para cima das mesas, pois não conseguiram sair para a rua a tempo.
Também na Luar Protector Óptica prosseguem as limpezas. "Desde que fizeram as obras do metro que isto acontece", queixa-se Anabela Baptista, funcionária da óptica.
Ao lado, uma moradora, cujo rés-do-chão ficou totalmente alagado e sujo de lama, queixa-se, igualmente, do metro: "Desde as obras, e por causa do mau escoamento, isto acontece várias vezes".
Das 8 às 16 horas, em toda a Área Metropolitana do Porto, os bombeiros não tiveram descanso. A maioria das saídas deveu-se a problemas de escoamento da água, que levaram a inúmeras inundações, em habitações privadas, estabelecimentos comerciais e na via pública.
Na Avenida dos Aliados, por exemplo, os pisos inferiores da Agência Abreu ficaram totalmente alagados, com a água a chegar aos computadores. Já na Avenida Paiva Couceiro, entre as pontes do Infante e de D. Maria, a água atingiu meio metro de altura, condicionando o trânsito naquela via durante meia hora.
Por seu turno, em Valbom, Gondomar, só hoje estará resolvida a situação do parque de estacionamento interior de um edifício com 150 habitações, que ficou cheio de lama.
Sem comentários:
Enviar um comentário