sábado, 11 de outubro de 2008

PS/Porto: Pedro Baptista considera "abusivos" apoios a Guilherme Pinto em Matosinhos
10 de Outubro de 2008, 20:20
Porto, 10 Out (Lusa) - Pedro Baptista, candidato à distrital do Porto do PS, considerou hoje "extemporâneos e abusivos" os apoios da secretária de Estado Ana Paula Vitorino e do líder da Federação, Renato Sampaio, à recandidatura de Guilherme Pinto à Câmara de Matosinhos.
Num mega-jantar de comemoração do terceiro aniversário do seu mandato, Guilherme Pinto foi apontado por Renato Sampaio e por Ana Paula Vitorino como "o melhor candidato para conseguir uma maioria para o PS", sem fazerem qualquer alusão directa a Narciso Miranda, que tem manifestado a intenção de avançar com uma candidatura independente à autarquia.
"São declarações extemporâneas e abusivas. Compete antes de mais à Comissão Política Concelhia escolher o candidato e isso ainda não aconteceu. É um desrespeito para com os seus membros virem assim umas luminárias antecipar-se à pronúncia estatutária dos órgãos devidos", disse Pedro Baptista à Lusa.
O candidato e ex-deputado disse "esperar que Ana Paula Vitorino consagre mas é o seu tempo a procurar melhorar o calendário da segunda fase do Metro do Porto e a fazê-lo chegar a Vila d'Este".
Apesar de considerar "natural que os candidatos procurem rodear-se de figuras de prestígio", Pedro Baptista criticou "essa espécie de sucessão monárquica, em que os que estão continuam a estar apenas pelo facto de estarem, não faz sentido nenhum, até porque há três anos esse critério não foi aplicado a Narciso Miranda".
"Ele não era presidente da Câmara de Matosinhos? Não lhe pediram para abdicar e indicar alguém que fizesse o mandato? Ele fê-lo na ocasião. Se queremos arranjar princípios hereditários, então que os tivessem aplicado na ocasião. Os estatutos não referem em caso algum esse princípio", disse, numa alusão à norma socialista de que os presidentes de câmara em exercício são os "candidatos naturais" aos cargos.
Pedro Baptista garantiu que, se for eleito líder federativo, manda fazer "sem olhar a custos" uma sondagem credível e senta-se numa sala com a Comissão Política Concelhia "um, dois, três dias, os que forem necessários" até decidir quem tem melhores condições para ganhar as autárquicas, se Guilherme Pinto, se Narciso Miranda.
"Fecho-me na sala com eles, pego na chaves da sala e não as engulo porque me engasgava mas deito-as pela janela. E só saímos quando houver uma decisão. Respeitarei o que a Concelhia escolher mas quem decidir assume as suas responsabilidades pelos resultados", acrescentou.
O candidato considerou "ignóbil a forma como Narciso Miranda tem sido marginalizado pelo PS" mas considerou que o ex-autarca não tem sido a única vítima desse tipo de tratamento.
"Todos os que no Norte se caracterizaram por posições afirmativas e de defesa do Norte foram ou afastados das funções ou colocados em gaiolas principescas. Foi também o caso de Nuno Cardoso, Fernando Gomes e até de Orlando Gaspar", explicitou.
MSP
Lusa/Fim

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois... é boa a febra...