Feirantes rejeitam nova solução para o mercado

(JN) 08.08.08 RUI ALMEIDA SANTOS
Os comerciantes do mercado de Rio Tinto decidiram, após reunião realizada, quarta-feira à noite, na Câmara Municipal de Gondomar, manter a providência cautelar destinada a travar a decisão camarária, que acusam de ter sido tomada de forma unilateral, de demolir o mercado, para aí nascer um fórum cultural.
Numa tentativa de impedir a acção judicial interposta pela Associação de Feirantes do Distrito do Porto (AFDP), a Câmara de Gondomar reuniu com a referida associação a fim de lhe propor um espaço alternativo para os comerciantes desenvolverem a actividade.
A proposta consistia na possibilidade de alguns virem a ser deslocados para a nova área, sendo que as condições de trabalho "seriam diferentes, visto que, no referido espaço, não pode ser construída qualquer tipo de estrutura fixa, apenas amovível, tais como contentores".
Quem o denuncia é Fernando Sá, presidente da AFDP, que, também aponta mais duas razões para o chumbo da proposta: "Depois de analisarmos a viabilidade do terreno, concluímos que o mesmo é muito exíguo e apresenta dois tipos de problemas. O primeiro relaciona-se com a REFER, visto o terreno estar localizado junto à linha férrea. Se a empresa quiser alargar a linha isso iria prejudicar o mercado. Por outro lado, o terreno fica muito próximo de um prédio de habitação. Corremos o risco dos residentes protestarem contra a implementação do mercado nesse local".
O dirigente reforça ainda que "os feirantes apenas pretendem um mercado remodelado e digno, para assim chamar mais gente lá".
Quanto ao futuro, a Associação de Feirantes do Distrito do Porto continua com a acção judicial, aguardando pelo desenrolar do processo.