Pedro Baptista avisa que vão tentar pôr mortos a votar e acena com impugnação
(JN) 24.10.2008 HERMANA CRUZ
As distritais do PS vão esta sexta-feira e sábado a votos, numas eleições onde já está garantida a reeleição de 15 dos 19 líderes. Mesmo onde há disputa, só no Porto os discursos são mais inflamados, ameaçando-se com a impugnação.
Não é uma situação inédita no PS. Em véspera de actos eleitorais nacionais, o partido raramente mexe na sua equipa. É o que vai acontecer, entre hoje e amanhã, nas eleições para as federações socialistas, em que já estão confirmadas, à partida, as reeleições de 15 dos 19 líderes por falta de comparência de adversários. E mesmo nas quatro distritais onde há disputa eleitoral, são poucos os que acreditam numa renovação da liderança. Daí que os discursos até sejam algo serenos, com excepção do Porto, onde tradicionalmente os confrontos são sempre mais aguerridos. Este ano não é excepção, ao ponto de um dos candidatos ameaçar impugnar as eleições. "Não sei quantos mortos vão votar", alega, ao JN, Pedro Baptista.
"Se não conseguir fiscalizar todas as secções, espero a maior chapelada. No PS, a decisão de manter ou retirar pessoas das listas depende do arbítrio dos secretários coordenadores, de modo que os mortos podem continuar como militantes e votantes", explica o ex-deputado que, desde que apresentou a sua candidatura, há cerca de um ano, manteve sempre um discurso de um duro ataque contra a actual liderança de Renato Sampaio.
Em véspera de eleições e de queimar todos os cartuchos, Pedro Baptista dispara as suas últimas armas e garante: "Se surgirem ilegalidades explícitas, as eleições serão impugnadas". Daí que, o candidato não arrisque avançar com prognósticos. E, num discurso derrotista, explica: "Não sei até que ponto funciona a distorção e qual é a dimensão da chapelada".
Baptista aparece, contudo, isolado nas suas denúncias e queixas. O outro rival de Renato Sampaio, o dirigente concelhio do Porto Eduardo Saraiva assegura, ao JN, não ter "qualquer tipo de queixa" em termos de "apoio e logística" dados pelo partido. "Vou tentar ter o melhor resultado possível", refere. Já Renato Sampaio ambiciona uma "vitória expressiva".
Quanto às denúncias de Pedro Baptista, o líder distrital do Porto afirma: "Tem que provar isso". E acusa o rival de procurar argumentos para esconder o facto de não conseguir ter uma vitória expressiva. "Neste momento, está só a disputar 28% dos delegados ao congresso", aponta, explicando que Baptista não conseguiu entregar listas de delegados em todas as secções do partido no distrito.
É o que se passará também em Coimbra, segundo Vítor Baptista. "A lista adversária apresentou listas em 66 das 92 secções, o que quer dizer que já elegi 148 delegados, por falta de comparências adversárias. Ainda a contagem não começou e já elegi 23% dos delegados contra 3% da lista opositora", destaca o líder distrital.
O adversário Mário Ruivo admite que apenas apresentou listas em cerca de 30 estruturas. E fala em situações e comportamentos pouco éticos no PS/Coimbra. Mas, ao contrário de Baptista não equaciona a impugnação das eleições. O advogado vai ficar-se por uma exposição, que enviará ao secretário-geral José Sócrates.
Apesar das normais divergências de projecto, há um ponto que une todos os candidatos, mesmo os que têm adversários eleitorais: todos prometem reforçar a maioria absoluta de Sócrates e conquistar a maioria das câmaras municipais do seu distrito.
Todos os congressos federativos do PS vão decorrer entre os dias 8 e 9 de Novembro.
(JN) 24.10.2008 HERMANA CRUZ
As distritais do PS vão esta sexta-feira e sábado a votos, numas eleições onde já está garantida a reeleição de 15 dos 19 líderes. Mesmo onde há disputa, só no Porto os discursos são mais inflamados, ameaçando-se com a impugnação.
Não é uma situação inédita no PS. Em véspera de actos eleitorais nacionais, o partido raramente mexe na sua equipa. É o que vai acontecer, entre hoje e amanhã, nas eleições para as federações socialistas, em que já estão confirmadas, à partida, as reeleições de 15 dos 19 líderes por falta de comparência de adversários. E mesmo nas quatro distritais onde há disputa eleitoral, são poucos os que acreditam numa renovação da liderança. Daí que os discursos até sejam algo serenos, com excepção do Porto, onde tradicionalmente os confrontos são sempre mais aguerridos. Este ano não é excepção, ao ponto de um dos candidatos ameaçar impugnar as eleições. "Não sei quantos mortos vão votar", alega, ao JN, Pedro Baptista.
"Se não conseguir fiscalizar todas as secções, espero a maior chapelada. No PS, a decisão de manter ou retirar pessoas das listas depende do arbítrio dos secretários coordenadores, de modo que os mortos podem continuar como militantes e votantes", explica o ex-deputado que, desde que apresentou a sua candidatura, há cerca de um ano, manteve sempre um discurso de um duro ataque contra a actual liderança de Renato Sampaio.
Em véspera de eleições e de queimar todos os cartuchos, Pedro Baptista dispara as suas últimas armas e garante: "Se surgirem ilegalidades explícitas, as eleições serão impugnadas". Daí que, o candidato não arrisque avançar com prognósticos. E, num discurso derrotista, explica: "Não sei até que ponto funciona a distorção e qual é a dimensão da chapelada".
Baptista aparece, contudo, isolado nas suas denúncias e queixas. O outro rival de Renato Sampaio, o dirigente concelhio do Porto Eduardo Saraiva assegura, ao JN, não ter "qualquer tipo de queixa" em termos de "apoio e logística" dados pelo partido. "Vou tentar ter o melhor resultado possível", refere. Já Renato Sampaio ambiciona uma "vitória expressiva".
Quanto às denúncias de Pedro Baptista, o líder distrital do Porto afirma: "Tem que provar isso". E acusa o rival de procurar argumentos para esconder o facto de não conseguir ter uma vitória expressiva. "Neste momento, está só a disputar 28% dos delegados ao congresso", aponta, explicando que Baptista não conseguiu entregar listas de delegados em todas as secções do partido no distrito.
É o que se passará também em Coimbra, segundo Vítor Baptista. "A lista adversária apresentou listas em 66 das 92 secções, o que quer dizer que já elegi 148 delegados, por falta de comparências adversárias. Ainda a contagem não começou e já elegi 23% dos delegados contra 3% da lista opositora", destaca o líder distrital.
O adversário Mário Ruivo admite que apenas apresentou listas em cerca de 30 estruturas. E fala em situações e comportamentos pouco éticos no PS/Coimbra. Mas, ao contrário de Baptista não equaciona a impugnação das eleições. O advogado vai ficar-se por uma exposição, que enviará ao secretário-geral José Sócrates.
Apesar das normais divergências de projecto, há um ponto que une todos os candidatos, mesmo os que têm adversários eleitorais: todos prometem reforçar a maioria absoluta de Sócrates e conquistar a maioria das câmaras municipais do seu distrito.
Todos os congressos federativos do PS vão decorrer entre os dias 8 e 9 de Novembro.
1 comentário:
Caro camarada,
vmos mudar, por isso vou votar no seu programa.
Totalmente de acordo com o João Baptista Magalhães:
"Nenhum de nós se sente, hoje, representado pelos deputados ou pelos líderes; nenhum de nós sente que o seu voto vai ter correspondências nas expectativas que nos criam; nenhum de nós espera já lideranças de mérito, porque estas são impedidas pelo jogo de interesses, sindicatos de voto, tráfico de influências, etc."
Enviar um comentário