Comentário à atenção de todos os camaradas: (por ordem das declarações de RS)
1. O que quer dizer "a partir de agora não podem andar na praça pública a martirizar o partido"? Quererá o nosso camarada líder instituir a censura? Ou a pena de expulsão para todos os que usarem a liberdade de expressão do pensamento? Não saberá que no PS existe pluralismo e liberdade de expressão? Todos percebemos o seu tique anti-democrático e autoritário, mas chegar a isto? No PS ninguém pode ser impedido da liberdade de opinião, de crítica e da sua expressão. No PS, como em democracia, não há delito de opinião!
2. "Um debate mais elevado"? Houve debate mais baixo do que o "não debate" provocado pelo medo de RS em aceder ao debate? Já agora, e se vem falar disto, que fique registado o enorme esforço de contenção que tivemos de impor sobre todos os camaradas e sobre nós próprios para não fazermos passar nos "media" a pouca-vergonha desta monumental chapelada feita em torno da questão das quotas que, ainda assim, não se tornou pior, pela vigilância que efectuamos e pelas denúncias que fizemos. Que se percebe bem só pelas contradições do que diz RS: "7 000 militantes em condições de votar?" É boa! Então não são os 18 000 que estão nos cadernos eleitorais e sobre os quais calcularam a quantidade de delegados? Pouca-vergonha que permitiu que, nuns lugares, 60 votos elejam 2 delegados e, noutros, os mesmo 60 elejam 10? Porque inacreditavelmente o estar ou não estar nos cadernos depende do arbítrio dos secretários-coordenadores que, se não forem sérios, podem "trabalhar" à vontade, correndo com os "infiéis" e mantendo os amigalhaços? Porque não há um critério universal de "abate " de militantes ao efectivo? Pelas declarações do líder, cerca de 60% dos delegados eleitos são-no indevidamente, são falsos!
3. Mas a melhor, embora não haja declarações directas do líder, é a de deixarem cair para o jornalista, que nós - neste caso, eu, Pedro Baptista, pessoalmente -não poderemos protagonizar o debate no Congresso ou seja não teríamos direito à palavra por não sermos delegado! Ora não fomos delegado porque não quisemos, nem tínhamos de ser, porque somos o primeiro subscritor de uma das moções em confronto no congresso, que é a essência do próprio congresso, donde, ipso facto, temos não só direito à palavra, como ao uso do mesmo tempo dos outros primeiros subscritores. O que se vai discutir no Congresso são as moções de orientação política, infelizmente, pela primeira vez, nada mais. E sempre assim foi, como não podia deixar de ser. Mas está mais que visto que temos uma batalha para vencer. Até porque está mais que visto que não suportam a ideia de nos terem na Comissão Política a dizer o que deve ser dito em defesa dos cidadãos e da região, não suportam a diferença, a divergência e a pluralidade principalmente se vinda de um homem livre que não precisa nem nunca precisou da política para servir de emprego, não tem rabos de palha mesmo quando inventam calúnias miseráveis como as que, nos últimos dias, fizeram cair num jornal gratuito. Hoje como ontem ninguém dá a liberdade, a liberdade como a democracia conquistam-se todos os dias! Não tenhamos ilusões. (Pedro Baptista)
LUSA 25 de Outubro de 2008, 22:37
Renato Sampaio foi esta noite reeleito presidente da distrital do Porto do PS com uma "vitória expressiva" contra Pedro Baptista e Eduardo Saraiva, numa acto eleitoral em que obteve mais de 85 por cento dos votos.
Com 5.100 votos, Renato Sampaio obteve 86 por cento dos votos expressos, enquanto Pedro Baptista conseguiu 10 por cento (642 votos) e Eduardo Saraiva 4 por cento (232 votos).
No momento da vitória, que dedicou nomeadamente "ao secretário-geral do partido e primeiro-ministro, José Sócrates", Renato Sampaio deixou o aviso de que a partir de agora é "presidente de todos os militantes do partido" que, sem excepção, "não podem andar na praça pública a martirizar o partido".
Pouco antes havia já pedido que no congresso distrital a realizar dentro de 15 dias, que espera que seja "vivo", haja um debate "um bocadinho mais elevado do que durante a campanha".
As "indirectas" foram directamente para Pedro Baptista, que durante a campanha eleitoral, quer em cartas abertas quer em declarações públicas, fez violentas acusações a Renato Sampaio, a quem acusou de ser uma mera "caixa de ressonância" da direcção central do partido e de ter preparado uma "chapelada" para o acto eleitoral de hoje.
Os resultados alcançados por Renato Sampaio, "numas das eleições mais participadas de sempre no PS/Porto, com o voto de seis mil dos cerca de sete mil militantes com condições para tal", levaram Renato Sampaio a sublinhar que "os militantes fizeram uma escolha clara".
Questionado sobre a sua disponibilidade para coligações eleitorais nas eleições autárquicas - Pedro Baptista afirmou que, caso eleito, iria contra a orientação nacional do PS de avançar sozinho e promoveria uma "ampla coligação de esquerda" à Câmara do Porto - Renato Sampaio recordou que para tal "são precisos parceiros, que até agora não surgiram".
"O PS é o maior partido nacional, não pode andar aqui a defender coligações para depois vir um partido com menos de dois dígitos em termos eleitorais dizer que não", sublinhou.
O líder reeleito remeteu a questão das autárquicas para depois do congresso distrital de meados de Novembro, reafirmando que competirá às concelhias decidir, em primeira instância, os melhores nomes para avançar mas acrescentando que "há naturalmente já muito trabalho feito".
Pedro Baptista admitiu que não conseguiu alcançar "os máximos" a que se propunha, que passariam por vencer a federação, mas salientou que "os mínimos foram largamente ultrapassados".
Por "mínimos" Pedro Baptista entende a eleição do número de delegados ao congresso distrital suficientes para apresentar uma lista à Comissão Política Distrital (CPD).
"A partir de agora a CPD deixará de ser unânime e passará a ser plural. Funcionará a duas vozes e uma delas é a nossa", afirmou o candidato, que se recusou a dar os parabéns ao vencedor enquanto este não aceitar um debate consigo.
"Dar os parabéns é um acto democrático e a democracia exige debate. Renato Sampaio recusou qualquer debate durante toda a campanha. Dou-lhe os parabéns quando ele aceitar um", disse, adiantando que pretende promovê-lo no congresso distrital.
Mas Pedro Baptista não poderá protagonizar pessoalmente esse debate em congresso visto não ter concorrido a delegado - aliás na secção onde milita, a da Foz, a sua lista não elegeu nenhum delegado.
Reafirmou a sua intenção de defender nos órgãos do partido a "ampla coligação de esquerda" e disse não aceitar "num partido democrático que uma pessoa possa sozinha determinar como as coisas acontecem apenas por causa dos seus complexos de direita".
Sem reafirmar abertamente a acusação de que o acto eleitoral foi alvo de uma "chapelada", Pedro Baptista sublinhou a "discrepância regional dos resultados, que variaram substancialmente entre os sítios onde tínhamos fiscais e aqueles onde não os tínhamos".
"Deixo um recado a Alberto Martins [líder parlamentar do PS], que conhece a realidade da vida interna partidária, para que na nova lei dos partidos que anda a promover os transforme em bastiões da democracia".
A lista de Renato Sampaio elegeu 418 delegados, enquanto a de Pedro Baptista conseguiu 33 e a de Eduardo Saraiva sete.
Renato Sampaio foi esta noite reeleito presidente da distrital do Porto do PS com uma "vitória expressiva" contra Pedro Baptista e Eduardo Saraiva, numa acto eleitoral em que obteve mais de 85 por cento dos votos.
Com 5.100 votos, Renato Sampaio obteve 86 por cento dos votos expressos, enquanto Pedro Baptista conseguiu 10 por cento (642 votos) e Eduardo Saraiva 4 por cento (232 votos).
No momento da vitória, que dedicou nomeadamente "ao secretário-geral do partido e primeiro-ministro, José Sócrates", Renato Sampaio deixou o aviso de que a partir de agora é "presidente de todos os militantes do partido" que, sem excepção, "não podem andar na praça pública a martirizar o partido".
Pouco antes havia já pedido que no congresso distrital a realizar dentro de 15 dias, que espera que seja "vivo", haja um debate "um bocadinho mais elevado do que durante a campanha".
As "indirectas" foram directamente para Pedro Baptista, que durante a campanha eleitoral, quer em cartas abertas quer em declarações públicas, fez violentas acusações a Renato Sampaio, a quem acusou de ser uma mera "caixa de ressonância" da direcção central do partido e de ter preparado uma "chapelada" para o acto eleitoral de hoje.
Os resultados alcançados por Renato Sampaio, "numas das eleições mais participadas de sempre no PS/Porto, com o voto de seis mil dos cerca de sete mil militantes com condições para tal", levaram Renato Sampaio a sublinhar que "os militantes fizeram uma escolha clara".
Questionado sobre a sua disponibilidade para coligações eleitorais nas eleições autárquicas - Pedro Baptista afirmou que, caso eleito, iria contra a orientação nacional do PS de avançar sozinho e promoveria uma "ampla coligação de esquerda" à Câmara do Porto - Renato Sampaio recordou que para tal "são precisos parceiros, que até agora não surgiram".
"O PS é o maior partido nacional, não pode andar aqui a defender coligações para depois vir um partido com menos de dois dígitos em termos eleitorais dizer que não", sublinhou.
O líder reeleito remeteu a questão das autárquicas para depois do congresso distrital de meados de Novembro, reafirmando que competirá às concelhias decidir, em primeira instância, os melhores nomes para avançar mas acrescentando que "há naturalmente já muito trabalho feito".
Pedro Baptista admitiu que não conseguiu alcançar "os máximos" a que se propunha, que passariam por vencer a federação, mas salientou que "os mínimos foram largamente ultrapassados".
Por "mínimos" Pedro Baptista entende a eleição do número de delegados ao congresso distrital suficientes para apresentar uma lista à Comissão Política Distrital (CPD).
"A partir de agora a CPD deixará de ser unânime e passará a ser plural. Funcionará a duas vozes e uma delas é a nossa", afirmou o candidato, que se recusou a dar os parabéns ao vencedor enquanto este não aceitar um debate consigo.
"Dar os parabéns é um acto democrático e a democracia exige debate. Renato Sampaio recusou qualquer debate durante toda a campanha. Dou-lhe os parabéns quando ele aceitar um", disse, adiantando que pretende promovê-lo no congresso distrital.
Mas Pedro Baptista não poderá protagonizar pessoalmente esse debate em congresso visto não ter concorrido a delegado - aliás na secção onde milita, a da Foz, a sua lista não elegeu nenhum delegado.
Reafirmou a sua intenção de defender nos órgãos do partido a "ampla coligação de esquerda" e disse não aceitar "num partido democrático que uma pessoa possa sozinha determinar como as coisas acontecem apenas por causa dos seus complexos de direita".
Sem reafirmar abertamente a acusação de que o acto eleitoral foi alvo de uma "chapelada", Pedro Baptista sublinhou a "discrepância regional dos resultados, que variaram substancialmente entre os sítios onde tínhamos fiscais e aqueles onde não os tínhamos".
"Deixo um recado a Alberto Martins [líder parlamentar do PS], que conhece a realidade da vida interna partidária, para que na nova lei dos partidos que anda a promover os transforme em bastiões da democracia".
A lista de Renato Sampaio elegeu 418 delegados, enquanto a de Pedro Baptista conseguiu 33 e a de Eduardo Saraiva sete.
4 comentários:
As declarações do reeleito presidente da Federação deixam-me com vontade de falar cada vez mais.
Haverá alguém que no Porto envergonhe mais o partido?
O seguidismo pode ser exclusivo de RS, mas não é da maioria dos militantes do PS/Porto.
As directas são o maior logro desta democracia. Os aparelhos ganham sempre. Dos 18 mil votaram como sempre nos últimos anos cerca de 30%. Isto é um partido bem organizado e politizado?
Espero e desejo que a luta se inicie agora e que a partir do Congresso se forme no Porto uma corrente de opinião que mostre ao senhor RS o que é a democracia participativa e com que bases se constroi a liberdade de opinião, de crítica e de expressao.
Em Democracia ganha-se e perde-se.
Ameaças de crime de delito de opinião são inadmissiveis.
O Congresso, devia ser à porta fechada, para se poderem dizer todas as verdades sem constragimentos. Sendo uma reúnião de trabalho e de discussão interna, para ser livre não devia ser condicionado pela presença de estranhos ao partido.
Sendo o ponto alto de apresentar estratégias e discutir propostas políticas, transformAR OS cONGRESSOS EM MISSAS DOMINICAIS NÃO AJUDA À DISCUSSÃO.
Pedir "um bocadinho de mais elevação" é a anedota do ano, para quem fugiu ao debate e não tem ideias sobre coisa nenhuma.
Um politico tem de dizer ao que vem e o que quer. Para silêncios já nos basta a lider do PSD.
Parabéns Pedro Baptista pela coragem,pelo combate e pelas propostas. Parabéns pela pedrada no charco.
Foi dado o pontapé de saida para mudar o PS no Porto.Que os militantes compreendam o que está em causa, porque os eleitores há muito que ja perceberam.
Um abraço.
Caro Pedro,
Já quando o Avelino teve uma expressiv vitória na concelhia do Porto, o RS decidiu que as reuniões preparatórias, dos camaradas eleitos, para as concelhias fossem proibidas na sede da federação.
Discordei desde a 1ª hora e agora incito-te a não pactuar com estas atitudes pidescas que só classificam quem as pratica.
Por mim, devem os camaradas que te apoiam e que foram eleitos para ocongresso reunir dentro do PS e não às escondidas.
Um abraço solidário.
Paulo Moz Barbosa
Caríssimo Pedro Baptista e caríssimos amigos militantes do PS que o acompanharam nessa luta (especiais para o Fortuna e o Avelino, ex-SEDEs).
Penso que estes resultados comprovam, mais uma vez,aquilo que me fartei de escrever no SEDE e, sinceramente, não compreendo como é que continuam a insistir em pertencer a um "clube" que, à evidência, não os merece.
Isto tudo demonstra mais uma vez, se mais ainda fosse necessário que o S do PS já não significa nada!!!
Que quem escolhe os nossos dirigentes é (como eu tanto insisti) o "Emplastro" e os seus iguais.
Tinha, sinceramente a esperança, que me provassem que o Porto, era diferente, que o PS Porto era diferente.
Estou triste, não tanto por vós, mas muito, muito mesmo, por mim e pela minha mulher, mas, fundamentalmente, pela minha filha que merece muito mais que esta merda de país, esta merda de cidade e esta merda de política (desculpem o desabafo).
Um abraço sincero
António Moreira
Viva a Democracia do rei dos piercings e dos contadores da água.
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