Não vais ganhar, porque a democracia aberta e responsável no interior do PS está doente. É certo que o mesmo acontece em todos os ouros partidos, mas isso não nos dá vantagem nenhuma.
Nenhum de nós se sente, hoje, representado pelos deputados ou pelos líderes; nenhum de nós sente que o seu voto vai ter correspondências nas expectativas que nos criam; nenhum de nós espera já lideranças de mérito, porque estas são impedidas pelo jogo de interesses, sindicatos de voto, tráfico de influências, etc.
Podia-se corrigir o mal-estar, que a falta de líderes prestigiados no Distrito do Porto cria, com uma reforma simples: votação em listas abertas (como já acontece em alguns partidos, em outros países), onde pudéssemos exercer o legítimo e responsável direito de riscar os nomes que figuram nas listas, mas não têm para o eleitor qualquer credibilidade. Sem esta pequenina reforma, não é possível impedir o que já está acontecer no PS do Porto: o filho sucede ao pai, o padrinho apoia o sobrinho, a namoradinha encontra uma cota para um lugar na mesa de orçamento, quer como deputada ou com outro cargo qualquer.
Os partidos, tal como existem hoje, sem ideologia e transformados em grupos de interesse tornaram-se todos iguais e estão a caminhar para o tipo de organizações mafiosas. A grande crise, a crise mãe de todas as crises, é a crise de organização dos partidos. Vê como se debatem os problemas do País? É sempre a olhar pelo espelho-retrovisor, acusando os adversários do que fizeram no passado. Negam o que a própria ciência considera fundamental: aprender com os erros, aceitar que o futuro está aberto e que o que aconteceu no passado não é crível que se repita no futuro. Além disso, que moral há para argumentar com o passado, se nenhum líder pode dizer que não tem telhados de vidro?!...Esta irracionalidade e desonestidade é uma fuga ao debate de ideias e representa uma total ausência de princípios, sentido de Estado e defesa do bem-comum.
Com as tuas ideias deste um excelente contributo para uma reforma do PS. É certo que ela não vai acontecer nos próximos tempos e que procurarão exorcizar o teu pensamento com ataques pessoais. Mas continua a ser uma verdade incontornável que é na mediocridade confrangedora, falta de credibilidade dos directórios partidários e no modo perverso de funcionamento dos partidos que está a causa de todas as crises: as crises financeiras, a crise nas escolas, a desmotivação dos que servem o Estado, etc.
Eles, os teus adversários, não percebem que se os partidos não se reformarem, a democracia ficará sem sentido. Essa é a grande ameaça e foi contra isto a tua luta.
Não te agradecerão a forma aberta e frontal com que fizeste essa luta, mas um dia haverá quem te dará razão. Bem hajas por isso!!!
Realemnte o Partido Socialista está doente, mas...não é só de agora. Desde há muito que sofre de uma esquizofrenia militante aguda. O melhor exemplo disto, é o teor de uma carta incentivadora ao voto, que recebi da minha "defunta" secção,de StºIldefonso, que não existe para outra coisa, que não seja para para isto: FAZER FUNCIONAR O SINDICATO DE VOTO. É lamentável que o fragmentado secretariado, seja como tem sido "quase" sempre dominado por um carenciado cacique, que nada mais faz do que servir de um falso "ECCHE HOMO". Vazio de ideias e de ideais, fala nos princípios da igualdade e freternidade, deixando de fora a solidariedade, como se fôsse uma prática sua. Ao contrário. Na sua nobre missão "de cacique desinteressado" lá faz o apelo ao voto, no seu amo e senhor RS, pois é ne sua visão (distorcida)um dirigente credível e acima de tudo não diz mal do governo. Para esta cabecinha pensadora é escusado dizer que existe partido para além do governo e que é, unica e exclusivamente para o bem do Norte, da Área Metropolitana e da Região, que se fazem estas eleições. Mas pelos vistos, para os candidatos a delegados pela lista A,tudo está no melhor, pelo que apostar no mesmo é continuar a viver só...mas com esperança. Até eu.
62 anos, militante do PS desde 1995 até 18 de Novembro de 2010.Deputado à A.R. entre 1995 e 1999. De 1968 a 1971 foi dirigente estudantil, sendo co-fundador e dirigente de “O Grito do Povo” a partir de 1971. Em 1973 foi preso político e deportado.
Integrou a Mesa Nacional da Plataforma de Esquerda de 1993 a 1995.
É doutorado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É romancista com várias obras publicadas ("Sporá", Afrontamento, 1992; "O Cavaleiro Azul", Campo das Letras, 2001; "Pessoas, animais e outros que tais", Campo das Letras, 2006; "A Queima do cão de palha", Campo das Letras, 2008).Como ensaísta "Ao Encontro do Halley", 1987, "O Filósofo fantasma", 2010, "A Pluralidade na Escola portuense de filosofia", 2010.
É investigador-integrado no Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da U. do Porto, investigador-colaborador no CEPP da U. Católica e no CII-Direitos Humanos da U. do Minho.
Nos últimos 20 anos colaborou com os jornais “O Comércio do Porto”, “O Jogo” e “Jornal de Notícias”, sendo actualmente comentador do programa “Análise do Dia”, no "Porto Canal", colaborador do semanário "Grande Porto" e do quinzenário "Entre as Artes e as Letras".
2 comentários:
Caro Pedro:
Não vais ganhar, porque a democracia aberta e responsável no interior do PS está doente. É certo que o mesmo acontece em todos os ouros partidos, mas isso não nos dá vantagem nenhuma.
Nenhum de nós se sente, hoje, representado pelos deputados ou pelos líderes; nenhum de nós sente que o seu voto vai ter correspondências nas expectativas que nos criam; nenhum de nós espera já lideranças de mérito, porque estas são impedidas pelo jogo de interesses, sindicatos de voto, tráfico de influências, etc.
Podia-se corrigir o mal-estar, que a falta de líderes prestigiados no Distrito do Porto cria, com uma reforma simples: votação em listas abertas (como já acontece em alguns partidos, em outros países), onde pudéssemos exercer o legítimo e responsável direito de riscar os nomes que figuram nas listas, mas não têm para o eleitor qualquer credibilidade. Sem esta pequenina reforma, não é possível impedir o que já está acontecer no PS do Porto: o filho sucede ao pai, o padrinho apoia o sobrinho, a namoradinha encontra uma cota para um lugar na mesa de orçamento, quer como deputada ou com outro cargo qualquer.
Os partidos, tal como existem hoje, sem ideologia e transformados em grupos de interesse tornaram-se todos iguais e estão a caminhar para o tipo de organizações mafiosas. A grande crise, a crise mãe de todas as crises, é a crise de organização dos partidos. Vê como se debatem os problemas do País? É sempre a olhar pelo espelho-retrovisor, acusando os adversários do que fizeram no passado. Negam o que a própria ciência considera fundamental: aprender com os erros, aceitar que o futuro está aberto e que o que aconteceu no passado não é crível que se repita no futuro. Além disso, que moral há para argumentar com o passado, se nenhum líder pode dizer que não tem telhados de vidro?!...Esta irracionalidade e desonestidade é uma fuga ao debate de ideias e representa uma total ausência de princípios, sentido de Estado e defesa do bem-comum.
Com as tuas ideias deste um excelente contributo para uma reforma do PS. É certo que ela não vai acontecer nos próximos tempos e que procurarão exorcizar o teu pensamento com ataques pessoais. Mas continua a ser uma verdade incontornável que é na mediocridade confrangedora, falta de credibilidade dos directórios partidários e no modo perverso de funcionamento dos partidos que está a causa de todas as crises: as crises financeiras, a crise nas escolas, a desmotivação dos que servem o Estado, etc.
Eles, os teus adversários, não percebem que se os partidos não se reformarem, a democracia ficará sem sentido. Essa é a grande ameaça e foi contra isto a tua luta.
Não te agradecerão a forma aberta e frontal com que fizeste essa luta, mas um dia haverá quem te dará razão. Bem hajas por isso!!!
João Batista Magalhaes
Realemnte o Partido Socialista está doente, mas...não é só de agora. Desde há muito que sofre de uma esquizofrenia militante aguda.
O melhor exemplo disto, é o teor de uma carta incentivadora ao voto, que recebi da minha "defunta" secção,de StºIldefonso, que não existe para outra coisa, que não seja para para isto: FAZER FUNCIONAR O SINDICATO DE VOTO.
É lamentável que o fragmentado secretariado, seja como tem sido "quase" sempre dominado por um carenciado cacique, que nada mais faz do que servir de um falso "ECCHE HOMO".
Vazio de ideias e de ideais, fala nos princípios da igualdade e freternidade, deixando de fora a solidariedade, como se fôsse uma prática sua. Ao contrário. Na sua nobre missão "de cacique desinteressado" lá faz o apelo ao voto, no seu amo e senhor RS, pois é ne sua visão (distorcida)um dirigente credível e acima de tudo não diz mal do governo.
Para esta cabecinha pensadora é escusado dizer que existe partido para além do governo e que é, unica e exclusivamente para o bem do Norte, da Área Metropolitana e da Região, que se fazem estas eleições. Mas pelos vistos, para os candidatos a delegados pela lista A,tudo está no melhor, pelo que apostar no mesmo é continuar a viver só...mas com esperança.
Até eu.
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