
Direcção do PS tenta fazer pazes com os professores
(DN) 23.8.09 J.P.H.Hoje
Membro da direcção do PS critica "atitude hostil" da ministra e advoga "nova forma de relacionamento" do ministério com os professores.
Dez meses depois de António Costa, n.º 2 do PS, ter reconhecido que a actuação governamental no sector da educação tinha implicado uma "ruptura afectiva" do PS com parte importante do seu eleitorado (os professores), podendo até custar-lhe a renovação da maioria absoluta, Marcos Perestrello, ex-vice de Costa na Câmara de Lisboa, membro do Secretariado Nacional (SN) do partido e agora candidato socialista à Câmara de Oeiras, vem dizer que "o ministério da Educação falhou" na tarefa de "motivar e mobilizar" os professores e os "profissionais não docentes para "as novas exigências escolares", que "dependem muito do seu empenhamento".
Num artigo no Expresso, Marcos Perestrello afirma que "foi uma atitude hostil" da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que "deu aos professores um pretexto mobilizador, acabando por transformar uma luta profissional numa luta também política".
Segundo escreveu, a "imaginação" da equipa governativa nalgumas reformas (por exemplo: na generalização do ensino do inglês no primeiro ciclo do ensino básico ou na implementação dos horários a tempo inteiro) "transformou-se em rigidez quando foi necessário ultrapassar as dificuldades encontradas no sistema de avaliação dos professores".
"E", acrescentou, "a determinação transformou-se em obstinação quando foi precisa coragem para voltar atrás na divisão da carreira entre professores titulares e professores não titulares ou resolver os problemas decorrentes da falta de pessoal não docente."
Para o dirigente socialista, "quando a ministra disse que 'perdeu os professores mas ganhou a opinião pública' considerou indirectamente o seu fracasso neste ponto fulcral". Ou, dito de outra forma: "A partir daí deixou de ser possível às escolas o clima de estabilidade necessário ao êxito das mudanças iniciadas".
De acordo com o candidato do PS à Câmara Municipal de Oeiras, no "tempo que aí vem" é "fundamental assegurar as reformas essenciais, designadamente as de natureza curricular, e manter o ritmo de investimento na construção e recuperação do parque escolar".
Mas "o grande desafio que se tem pela frente é o de encontrar uma nova forma de relacionamento recíproco entre o Ministério da Educação e os professores". Isto porque "de outra forma será difícil acabar com a instabilidade e a conflitualidade e transformar as escolas em espaços de aprendizagem exigentes, criativos, cívicos e seguros".
(DN) 23.8.09 J.P.H.Hoje
Membro da direcção do PS critica "atitude hostil" da ministra e advoga "nova forma de relacionamento" do ministério com os professores.
Dez meses depois de António Costa, n.º 2 do PS, ter reconhecido que a actuação governamental no sector da educação tinha implicado uma "ruptura afectiva" do PS com parte importante do seu eleitorado (os professores), podendo até custar-lhe a renovação da maioria absoluta, Marcos Perestrello, ex-vice de Costa na Câmara de Lisboa, membro do Secretariado Nacional (SN) do partido e agora candidato socialista à Câmara de Oeiras, vem dizer que "o ministério da Educação falhou" na tarefa de "motivar e mobilizar" os professores e os "profissionais não docentes para "as novas exigências escolares", que "dependem muito do seu empenhamento".
Num artigo no Expresso, Marcos Perestrello afirma que "foi uma atitude hostil" da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que "deu aos professores um pretexto mobilizador, acabando por transformar uma luta profissional numa luta também política".
Segundo escreveu, a "imaginação" da equipa governativa nalgumas reformas (por exemplo: na generalização do ensino do inglês no primeiro ciclo do ensino básico ou na implementação dos horários a tempo inteiro) "transformou-se em rigidez quando foi necessário ultrapassar as dificuldades encontradas no sistema de avaliação dos professores".
"E", acrescentou, "a determinação transformou-se em obstinação quando foi precisa coragem para voltar atrás na divisão da carreira entre professores titulares e professores não titulares ou resolver os problemas decorrentes da falta de pessoal não docente."
Para o dirigente socialista, "quando a ministra disse que 'perdeu os professores mas ganhou a opinião pública' considerou indirectamente o seu fracasso neste ponto fulcral". Ou, dito de outra forma: "A partir daí deixou de ser possível às escolas o clima de estabilidade necessário ao êxito das mudanças iniciadas".
De acordo com o candidato do PS à Câmara Municipal de Oeiras, no "tempo que aí vem" é "fundamental assegurar as reformas essenciais, designadamente as de natureza curricular, e manter o ritmo de investimento na construção e recuperação do parque escolar".
Mas "o grande desafio que se tem pela frente é o de encontrar uma nova forma de relacionamento recíproco entre o Ministério da Educação e os professores". Isto porque "de outra forma será difícil acabar com a instabilidade e a conflitualidade e transformar as escolas em espaços de aprendizagem exigentes, criativos, cívicos e seguros".
4 comentários:
Se quem afirma essa óbvia verdade é o camarada Marcos Perestrello, podemos ter a absoluta certeza de que vamos no caminho certo. Trata-se de afirmações de um reconhecido politólogo, senhor de inúmeros e inabaláveis créditos dentro do partido, saltimbanco na ocupação de lugares mas calado como um rato no imenso espaço de tempo em que a Ministra ia fazendo a sua mortandade. A clarividência chegou póstuma. Como diz o Pedro: tarde piaste!
Nunca é tarde para reconhecer erros.
Esta equipa já deu o que tinha para dar.
Valter Lemos e Pedreira podem dar a vaga.
è preciso dialogar com os professores e com os alunos.
E se a lurdinhas, por razões de saúde,pedisse a demissão?
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