(Público) Nuno Gouveia 31 de Março de 2009
Até ao momento realizaram-se cinco eleições em Portugal para o Parlamento Europeu. Apesar de não ser possível retirar grandes ilações, podemos inferir algumas considerações dos seus resultados.
Em 1987, o PSD, que estava no poder, venceu estas eleições com 37%, seguido do PS com 22% e do CDS com 15%. Nesse mesmo dia, Cavaco Silva conquistou a primeira maioria absoluta. Passados dois anos, em plena crise de popularidade do governo, o PSD voltaria a derrotar o PS, desta vez com 32%, apenas mais 4% que o PS.
Já no final do cavaquismo, o PS viria a derrotar o PSD por 0,4%, em 1994.
No período de ouro do guterrismo, em 1999, o PS venceu com 43%, mais 12% que o PSD.
Por último, em 2004 o PS voltaria a conquistar o maior número de votos nestas eleições, com 44% contra os 33% da coligação PSD/CDS.
É óbvio que os contextos nacionais têm sido decisivos para o desfecho das eleições europeias. Basta analisar este passado eleitoral. E por isso concordo plenamente com o Vasco, quando referiu que estas eleições não podem ser desligadas do contexto em que são disputadas. O que o que mais influencia o voto das pessoas nestas eleições são particularidades dos países, podendo ser consideradas verdadeiros testes à popularidade dos partidos no governo.
É óbvio que os contextos nacionais têm sido decisivos para o desfecho das eleições europeias. Basta analisar este passado eleitoral. E por isso concordo plenamente com o Vasco, quando referiu que estas eleições não podem ser desligadas do contexto em que são disputadas. O que o que mais influencia o voto das pessoas nestas eleições são particularidades dos países, podendo ser consideradas verdadeiros testes à popularidade dos partidos no governo.
Os resultados eleitorais de 1994 e de 2004 já preconizavam a agonia dos governos de então, e nas eleições seguintes, o PSD viria a perder as eleições. Em 1999, os resultados das europeias já antecipavam a vitória do PS nas legislativas de 2001. E por isso, considero que no caso de o PS não obter um resultado auspicioso nas eleições de Junho, poderá estar em causa a sua vitória nas legislativas.
O PSD tem aqui uma oportunidade de ouro nestas eleições. Mais importante do que o nome de cabeça de lista, será conhecer a equipa de candidatos a eurodeputados. É que neste aspecto o PS já apresenta debilidades na sua lista, como as candidatas autárquicas Elisa Ferreira e Ana Gomes. (...)
O PSD tem aqui uma oportunidade de ouro nestas eleições. Mais importante do que o nome de cabeça de lista, será conhecer a equipa de candidatos a eurodeputados. É que neste aspecto o PS já apresenta debilidades na sua lista, como as candidatas autárquicas Elisa Ferreira e Ana Gomes. (...)
2 comentários:
Esquecem propositadamente asdebilidades de outros como o PCP que candidata Ilda de Figueiredo às europeias e à Camara de Gaia.
É só para não esquecer.
Quando o homem escreveu o artigo ninguem tinha reparado no caso da Ilda. Moral e juridicamente, o caso da Ilda e da Ana Gomes é tão relevante como o da Elisa Ferreira. No entanto, politicamente, para quem quiser ver, só a Elisa se apresentou como uma possível vencedora da presidência de Câmara, pois não passa pela cabeça de ninguem, qualquer possibilidade de vitória para a presidência para a Ana Gomes ou para a Ilda nem sequer elas assumem esse desiderato. E o pior é quer o PSD e o BE - os nossos verdadeiros concorrentes - se apresentam limpos nesta matéria.
Donde o verdadeiro caso que prejudicou - e muito - o PS, para o Parlamento europeu, fosse o da Elisa como se viu aliás e como todos os altos dirigentes do partido reconhecem e até apontam. Pior é que se pejudicou a candidatura à Europa prejudicou ainda mais a candidatura ao Porto, transformando uma candidatura com todas as condições de vencer numa candidatura para prencher calendário, quando o Rui Rio soma 8 anos de gestão a nível zero e era contra ele que se podia lançar a suspeição de que iria abandonar o mandato a meio para substituir a MFL
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