(DN)EVA CABRAL 4.8.09
A introdução de portagens nas Scut ameaça voltar a ser um tema forte das próximas eleições legislativas, já que integra o 'pacote' de obras públicas e do seu financiamento que tem alimentado o braço-de-ferro entre o PSD e o PS nos últimos quatro anos. O ex-ministro João Cravinho desconfia das reais intenções de Mário Lino e Ana Paula Vitorino sobre a matéria
Na recta final para a campanha eleitoral legislativa de 27 de Setembro o executivo do PS ameaça deixar cair uma das bandeiras sempre adiadas da legislatura: a introdução de portagens nas Scut, as auto-estradas sem custos para o utilizador lançadas por João Cravinho durante o executivo de António Guterres.
Ao DN, João Cravinho, ex-ministro das Obras Públicas do PS, e o "pai" das Scut avisa: "Nunca concordei com a política de ziguezague assumida pelo Governo sobre esta matéria. Cravinho refere ter entendido que, com a justificação da actual crise económica, o PS vai "adiar a introdução das portagens nas Scut", deixando clara a sua posição. "Discordo em absoluto da forma como a matéria tem sido avaliada", quer pelos socialistas quer pelos sociais-democratas.
O primeiro sinal veio do próprio ministro Mário Lino que a 13 de Julho explicou aos jornalistas - em Gondomar, após uma visita às obras da nova ponte sobre o Douro - que se ia deixar a introdução de portagens nas Scut para o próximo Governo , sendo certo que publicamente já disse não querer continuar no executivo.
Mário Lino disse então que a decisão caberá ao próximo governo, ideia que foi esta semana reforçada pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que em entrevista ao JN refere que "as portagens nas SCUT serão reavaliadas, podendo mesmo cair".
Quando questionada sobre o facto de estudo que indica quais as Scut que devem ou não ser portajadas inclui e exclui à tangente a do Grande Porto e a Via do Infante, respectivamente, Ana Paula Vitorino refere que lhe parece que é "necessário comparar os resultados desses indicadores pelas várias regiões, principalmente nessas zonas de fronteira onde existe aqui uma pequena diferença que determina se está na zona branca ou na zona preta".
De destacar, ainda, o facto de ter anunciado que "o metro do Porto é para ficar concluído em 2018, quatro anos antes do previsto". Quanto à linha de TGV Porto-Vigo Ana Paulo Vitorino considera que é prioritária, posição a que não é alheia a sua candidatura pelo Porto (ver caixa).
Jorge Costa, do PSD e ex-secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas nos executivo de Durão Barroso, referiu ao DN que estas posições são "propaganda eleitoral do mais baixo nível".
Para Jorge Costa, o facto de Ana Paula Vitorino ter vindo agora tomar "esta posição numa altura em que é candidata pelo círculo eleitoral do Porto mostram uma determinada visão que acaba por descredibilizar por completo a actividade política".
O actual deputado do PSD critica igualmente duramente o facto de Ana Paula Vitorino admitir a antecipação da linha do metro até à Trofa em quatro anos ( que segundo agora diz deve estar pronta em 2018 em vez de 2022) facto que considera "ser outro anuncio de medida sem qualquer nexo".
Já Ana Paula Vitorino diz que "as mudanças de ciclo são sempre momentos em que se devem fazer reavaliações.". Defende, assim, que "em matérias que não têm a ver com infra-estruturação mas sim com a gestão da sua utilização, essas [decisões] podem ser reavaliadas com mais frequência em função não só dos ciclos políticos, mas também dos económicos. Tendo havido uma alteração profunda em termos económicos, faz todo o sentido que no início de um ciclo político essa matéria seja reavaliada".
A introdução de portagens nas Scut ameaça voltar a ser um tema forte das próximas eleições legislativas, já que integra o 'pacote' de obras públicas e do seu financiamento que tem alimentado o braço-de-ferro entre o PSD e o PS nos últimos quatro anos. O ex-ministro João Cravinho desconfia das reais intenções de Mário Lino e Ana Paula Vitorino sobre a matéria
Na recta final para a campanha eleitoral legislativa de 27 de Setembro o executivo do PS ameaça deixar cair uma das bandeiras sempre adiadas da legislatura: a introdução de portagens nas Scut, as auto-estradas sem custos para o utilizador lançadas por João Cravinho durante o executivo de António Guterres.
Ao DN, João Cravinho, ex-ministro das Obras Públicas do PS, e o "pai" das Scut avisa: "Nunca concordei com a política de ziguezague assumida pelo Governo sobre esta matéria. Cravinho refere ter entendido que, com a justificação da actual crise económica, o PS vai "adiar a introdução das portagens nas Scut", deixando clara a sua posição. "Discordo em absoluto da forma como a matéria tem sido avaliada", quer pelos socialistas quer pelos sociais-democratas.
O primeiro sinal veio do próprio ministro Mário Lino que a 13 de Julho explicou aos jornalistas - em Gondomar, após uma visita às obras da nova ponte sobre o Douro - que se ia deixar a introdução de portagens nas Scut para o próximo Governo , sendo certo que publicamente já disse não querer continuar no executivo.
Mário Lino disse então que a decisão caberá ao próximo governo, ideia que foi esta semana reforçada pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que em entrevista ao JN refere que "as portagens nas SCUT serão reavaliadas, podendo mesmo cair".
Quando questionada sobre o facto de estudo que indica quais as Scut que devem ou não ser portajadas inclui e exclui à tangente a do Grande Porto e a Via do Infante, respectivamente, Ana Paula Vitorino refere que lhe parece que é "necessário comparar os resultados desses indicadores pelas várias regiões, principalmente nessas zonas de fronteira onde existe aqui uma pequena diferença que determina se está na zona branca ou na zona preta".
De destacar, ainda, o facto de ter anunciado que "o metro do Porto é para ficar concluído em 2018, quatro anos antes do previsto". Quanto à linha de TGV Porto-Vigo Ana Paulo Vitorino considera que é prioritária, posição a que não é alheia a sua candidatura pelo Porto (ver caixa).
Jorge Costa, do PSD e ex-secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas nos executivo de Durão Barroso, referiu ao DN que estas posições são "propaganda eleitoral do mais baixo nível".
Para Jorge Costa, o facto de Ana Paula Vitorino ter vindo agora tomar "esta posição numa altura em que é candidata pelo círculo eleitoral do Porto mostram uma determinada visão que acaba por descredibilizar por completo a actividade política".
O actual deputado do PSD critica igualmente duramente o facto de Ana Paula Vitorino admitir a antecipação da linha do metro até à Trofa em quatro anos ( que segundo agora diz deve estar pronta em 2018 em vez de 2022) facto que considera "ser outro anuncio de medida sem qualquer nexo".
Já Ana Paula Vitorino diz que "as mudanças de ciclo são sempre momentos em que se devem fazer reavaliações.". Defende, assim, que "em matérias que não têm a ver com infra-estruturação mas sim com a gestão da sua utilização, essas [decisões] podem ser reavaliadas com mais frequência em função não só dos ciclos políticos, mas também dos económicos. Tendo havido uma alteração profunda em termos económicos, faz todo o sentido que no início de um ciclo político essa matéria seja reavaliada".
2 comentários:
Afinal para que servem as infra-estruturas que estão a ser montadas nas SCUT? Para que se está a gastar tanto dinheiro, se tudo pode vir a ficar na mesma?
Andam a brincar com os eleitores. E depois não se queixem!
Cravinho está sentado na cadeira dourado do Banco Europeu.
??????????????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!
NÃO FOI JÁ MINISTRO?
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