terça-feira, 25 de agosto de 2009

O estado da nação... o polvo ao mais alto nível... quem nos vale?
Abuso de confiança descoberto por acaso
Ex-administrador do STJ acusado de apropriação de 344 mil euros
(Público) 25.08.2009 - 18h01 António Arnaldo Mesquita
O advogado Ricardo Cunha foi acusado de peculato e falsificação de documento por presumível apropriação de 344 299 euros, através da aquisição de objectos cujo pagamento era feito pelo Supremo Tribunal de Justiça e também pelo Gabinete do Ministro da República, o conselheiro José Mesquita. O jurista exerceu funções de administrador e de chefe de gabinete no STJ, por convite dos conselheiros Aragão Seia, já falecido, de Nunes da Cruz, desempenhando o cargo de chefe de gabinete do representante da República na Região Autónoma dos Açores. O arguido e uma dúzia de cúmplices foram recentemente notificados da acusação deduzida por uma procuradora do Departamento Central de Investigação e de Acção Penal (DCIAP).
Na origem desta investigação esteve a descoberta pelo Ministro da República nos Açores de que Ricardo G. estaria a usar um telemóvel oficial e para fins pessoais, sem sua autorização. Em 6 de Dezembro de 2007, os investigadores apreenderam vários artigos, nomeadamente, obras de arte na posse de Ricardo G.
Além de Ricardo Cunha, o DCIAP acusou Teresa Alexandre, ex-directora de serviços do STJ, pela co-autoria de um crime de peculato e 21 crimes de falsificação. Estão ainda indiciados pelos mesmos crimes mais uma dezena de indivíduos por emitirem facturas relativas a serviço e aquisição de artigos em que era ocultada a respectiva natureza, de modo a permitirem o respectivo pagamento pelo STJ e pelo gabinete do Ministro da República nos Açores.

3 comentários:

Anónimo disse...

Isto é no topo do nosso sistema judicial. S~enão fosse descoberto era pior, mas foi por acaso, que casos não haverá sem serem descobertos?

Anónimo disse...

Ser acusado de peculato e falsificação de documentos está na moda.

Vitor Silva disse...

isto lembra-me o comentário de marinho pinto no ultimo clube dos pensadores

http://oportoemconversa.wordpress.com/2009/08/01/clube-dos-pensadores-marinho-pinto-2/#more-275

"os magistrados não são diferentes de qualquer outra profissão, nós temos advogados desonestos, policias desonestos, professores desonestos, politicos desonestos, alguns já passaram pelas cadeias e magistrados? são todos honestos… eu admito que sim… mas já pedi várias vezes aos dirigentes da nomenclatura, digam-me qual é o segredo porque eu também queria adoptar essas regras na ordem dos advogados, ou será que não são todos honestos, como é normal admitir pela lei das probabilidades? "