terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sócrates aponta diferenças em relação à direita em artigo de opinião 11.08.2009 - 09h03 Lusa
A atitude na governação, o investimento público e as políticas sociais constituem os três pontos fundamentais que separam o PS da direita - considera o líder socialista em artigo de opinião no “Jornal de Notícias”.Sob o título "Uma escolha decisiva", José Sócrates inicia o seu longo artigo no JN referindo a existência de uma "velha lógica de coligação negativa, em que forças políticas de sinal contrário, como a direita conservadora e a esquerda radical, convergem no objectivo comum de atacar o PS e dizer mal de tudo o que se tenta fazer para melhorar o país". No entanto, no desenvolvimento do artigo, o secretário-geral do PS centra a sua crítica na direita, apelando a que "não haja ilusões: para Portugal, a alternativa real é entre o PS ser chamado de novo a formar Governo ou regressar a um Governo de direita. Por isso, os que querem um PS fraco e vencido, digam o que disserem, preferem de facto a direita no poder". José Sócrates afirma que "enquanto o PS lança as ideias políticas que marcam o debate, na direita reina o vazio: não tem ideias nem alternativa para apresentar e, mais grave ainda, tenta agora esconder dos eleitores as ideias que antes apresentou e defendeu, como as que contestaram o aumento do salário mínimo ou as que poriam em causa a universalidade e tendencial gratuitidade do Serviço Nacional de Saúde, bem como a própria matriz pública do nosso sistema de segurança social, que garante as pensões e as reformas dos portugueses".
A escolha decisiva nas próximas legislativas, segundo José Sócrates, deverá ser feita em três questões que considera fundamentais.
"Em primeiro lugar", escreve, "trata-se de escolher uma atitude na governação. Como é manifesto, a atitude que tem marcado o discurso da direita é dominada pelo pessimismo, pela amargura e pela resignação. Bem vistas as coisas, a direita só fala do futuro para dizer que tem medo do dia de amanhã. Medo: não apela ao melhor mas ao pior de nós. A sua mensagem é triste e miserabilista. Não adianta fazer nada a não ser esperar pacientemente por melhores dias."
Em segundo lugar, no entender do líder do PS, há uma escolha política a fazer sobre o investimento público. "A nossa direita", acusa Sócrates, "ao arrepio do que se vê pelo Mundo fora, permanece apegada aos seus preconceitos ideológicos e acha que o Estado não deve fazer tanto para ajudar a economia a vencer a crise e para salvaguardar o emprego. A sua proposta é, por isso, simples e recorrente: cortar no investimento público." Sócrates considera "errada" esta proposta: "Cortar no investimento público modernizador, como propõe a direita, seria um grave erro estratégico, que prejudicaria seriamente o relançamento da economia, atiraria muito mais empresas para a falência e bloquearia a recuperação do emprego."
Em terceiro lugar, Sócrates afirma que "há uma escolha crucial a fazer sobre o futuro das políticas sociais". Neste plano, escreve que "a direita insiste no recuo do Estado Social, para a condição de Estado mínimo ou, como dizem agora, Estado 'imprescindível'. Nada que não tenhamos já visto antes: lembramo-nos bem de que estes mesmos protagonistas foram responsáveis por um forte desinvestimento nas políticas sociais quando estavam no Governo. Mas, tendo em conta as propostas apresentadas pela direita ao longo desta legislatura, a ambição que agora se desenha é outra: privatização parcial da segurança social, fim da tendencial gratuitidade do Serviço Nacional de Saúde e pagamento dos próprios serviços de saúde pelas classes médias, privatização de serviços públicos fora das áreas de soberania."

6 comentários:

Anónimo disse...

Só dá para sorrir... Esquerda? A demarcação, mais que dubidosa, é entre duas políticas de direita.
Investimento públivco? Então porque o cortou durtante três anos e meio? Para guardar o brilharete para ano eleitoral? E então, há uns dias, não eram de novo as PME a rebuque alias de toda a oposição? E este PS não tem tido politicas sociais mas politicas caritativas que também, a direita terá. Não é por acaso que a despesa com os pensionistas baixou. São chacais diferentes atraz da mersma peça de caça, mas este PS têm praticado uma politica de direita, penalizando os trabalhadores e ajudando os grandes capitalistas, que são a grande procupação dos ministros.
Grandes obras públicas? A mando do Jortge Coelho? Não, obrigadop.
Precisamos de muito investimento poúblico mas não tem nada a ver com o que o governo faz e pretende ao serviço das grandes construtoras, as empresas do regime. É para elas que o governo governa, seja no betão ou nas comunicações.
Subir os salários de miséria dos 500 euros e menos, acabar com a precaridaDE (1 milhão), baixar o desemprego ( mais de meio milhão)
baixar os impostos para ajudar as empresas produtoras e os compradores... esse seria um caminho de esquerda socialista democrática. Nada a ver com o Socrates, nem Mario Lino, ao serviço do Jorge Coeolho que é quem continua a mandar no governo e às tamntas em mais que no governo, no proprio ps.

Anónimo disse...

Sorrir? só dá para rir, só crates quer a polarisação para comer votos ao PC e ao BE. Mais nada. Eu penso que o portugueses desta vez devem é fugia ao Bloco Central quer nos levou a esta situação em 30 anos, Seja para a direita ou seja para a esquerda nada pior que este rotativismo central e centralista. É preciso novos focos de poder e de iniciatiova politica no país, em vez de se estar à espera que Lisboa continue a sugar tudo. Novos focos é a regionalização.
Para mim duas coisas: votar nas franjas, e fazer um movimento extra-partidário pela Regionalização, que permite poderes diversos e de core4s diferentes e iniciativa em todo o país.
Governar assim só no tempo do Salzar que fazia distyo uma quinta mais o Porto que não sabia bem o que era mas desconfiava. Isto já não é uma quinta, tudo
é complexo, é preciso um sistema complexo de governaçao com regiões eleitas.
Esta gente, Sócrates, Leite e o resto que detem o poder não tem dimensão política, de estadistas, não vêem o futurto. Sócrates vê o futuro do país como se fosse uma empresa. Um país não é uma empresa são desenas de milhares de empresas.
Só mudaremos se votarmos nas franjas, e só assim os dirigrentes do PS perceberão que tem de dar espaço a outras ideias, o PS tem de participar na refundação da esquerda moderna, que a do Sócrates é arcaica. Esquerda moderna é responder aos desafios da luta pela justiça social nas condições de hoje, não compoliticas sociais unicamente caritativas, assistencialistas e sempre à custa de mais Estado.
Não é verdade que a esquerda queira mais estado e a Direita menos. A esquerda também, só quer o estado necessário, quanto menos melhor, embora tenha de existir o que seja preciso precisamente para a luta pela riqueza e pela justiça social.
Por falar em justiça. Como está a justiça?Como pode haver economjia sem justiça. Como pode haver economia num país em que ninguem paga a ninguem e nao acontece nada. Se um gajo quer a massa que lhe devem ter de ir buscála de pistolo em punho.
Sou socialista mas não vou dar o voto ao Sócrates para dar cabo de mim e do país mais 4 anos.
Esta é que é a hora da verdade. De fazer as contas por a contabilidade em dia.

Anónimo disse...

Ó Socrates agora é que da para o pianinho. Pensas que a malta que tu lixaste estes anos todos te vai perdoar?

Anónimo disse...

Sócrates tem melhorado. A D. Lurdes não abrir boca também é uma vantagem. Quem faz o que pode e o qu se sabe a mais não pode ser obrigado.

Micaela disse...

A grande vantagem do PS é que a F Leite fala. E quando fala o PS sobe. Mas quando o Sócrates fala o PS também desce. Ninguém vencerá as próximas eleições no Bloco Central. O que vai acontecer, como desde á décadas é que alguem vai perder. O que ganha, ganha porque o outro perde, não ganha por se ter afirmado, ganha porque o povo ficou farto do outro.

Anónimo disse...

Então o que andam a fazer os outros?
Figuras de urso?