(DN) CATARINA ALMEIDA PEREIRA 24.02.2009
O número de pessoas que se inscreveram no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) na sequência de um despedimento unilateral registou um aumento homólogo de 59% em Janeiro. Foram 14 724 casos, o valor mais alto desde, pelo menos, 2003. O agravamento começou a ser flagrante em Setembro, altura em que o número de despedidos superou já as 10 mil pessoas.
O número de pessoas que se inscreveram no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) na sequência de um despedimento unilateral registou um aumento homólogo de 59% em Janeiro. Foram 14 724 casos, o valor mais alto desde, pelo menos, 2003. O agravamento começou a ser flagrante em Setembro, altura em que o número de despedidos superou já as 10 mil pessoas.
Nos últimos três meses, com mais de 34 mil casos, estas situações registaram o maior aumento homólogo (58%) desde o início da série.
Notável é também a evolução do que o IEFP classifica como "despedimentos por mútuo acordo": mais 77,5% em comparação com Janeiro do ano passado. Apesar do aumento, estas situações são muito menos frequentes, rondando os 2270 casos. Este é, ainda assim, o valor mais alto desde a entrada em vigor da lei que limita as rescisões amigáveis.
O IEFP considera vários motivos na origem do desemprego. Pessoas que acabam de estudar, que chegam ao fim de um período de formação, que se despedem ou cujo contrato não foi renovado. O fim do trabalho não permanente (24 793) é a razão que mais pesa.
Os dados divulgados na segunda-feira mostram, contudo, que os maiores aumentos se deram nos despedimentos unilaterais e por mútuo acordo, que já explicam um quarto das novas situações de desemprego.
Em Janeiro inscreveram-se 70 334 mil desempregados nos centros de emprego, o que representa o segundo valor mais alto em 30 anos, tal como o DN ontem noticiou. O número dos que permaneceram desempregados no final do mês também deu um salto inédito (mais 31 mil). Segundo o IEFP, há agora quase 448 mil desempregados.
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