Pensamos precisamente o contrário...
Legalização da eutanásia seria "risco social e retrocesso civilizacional"
15h29m(JN) 11.2.2009
O bastonário da Ordem dos Médicos considerou que a legalização da eutanásia seria um "risco social e um grande retrocesso civilizacional" e iria levar a um "desinvestimento na área da saúde".
Comentando a preparação de uma moção sobre a eutanásia para ser discutida no próximo congresso do Partido Socialista, Pedro Nunes referiu que numa sociedade democrática qualquer assunto pode ser discutido com "tranquilidade e serenidade".
Num eventual debate sobre a eutanásia, o bastonário vai defender que a eutanásia é um "enorme risco para a sociedade" porque levaria a desinvestimentos na área dos cuidados paliativos dirigidos aos doentes terminais.
Pedro Nunes defendeu que a legalização tornaria a eutanásia um dever, em vez de um direito.
O bastonário afirmou que a eutanásia é defendida numa sociedade que vive presa ao "pânico e medo" de um aproximar da morte e que é comum as pessoas pensarem que seria melhor terminar o mais rapidamente possível com o sofrimento.
Mas perante um cenário de "estímulo" ao desinvestimento na saúde, e especialmente nos cuidados paliativos, Pedro Nunes perspectivou que a morte dos doentes terminais "fosse bem mais precoce e mais difícil".
"Seria um risco para todos nós como cidadãos que em algum momento podemos precisar de cuidados paliativos", disse.
O responsável lembrou ainda que do ponto de vista da ética médica, os clínicos estão treinados para defender a vida e não a morte.
"Do ponto de vista social, (a legalização da eutanásia) seria um grande retrocesso civilizacional", argumentou.
Pedro Nunes também sublinhou as diferenças entre a eutanásia e a distanásia. A primeira passa por deliberadamente provocar a morte, enquanto a segunda inclui a decisão do médico decidir dar mais terapêuticas para prolongar a vida.
O dirigente socialista Augusto Santos Silva afirmou hoje estar de acordo com a possibilidade do debate sobre a eutanásia se travar, já que se trata "de uma questão complexa e delicada".
"O PS, a sociedade civil, os profissionais de saúde e as instituições religiosas devem fazer esse debate. Há já um forte consenso na sociedade portuguesa no sentido de poupar os moribundos ao sofrimento desumano. Mas uma coisa é defender essa posição e outra coisa é defender a eutanásia", declarou o dirigente socialista.
A moção sectorial que pretende gerar o debate em torno da eutanásia é subscrita pelo deputado socialista Marcos Sá, pelo presidente do PS, Almeida Santos, e pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.
Em declarações ao DN e TSF, Marcos Sá disse pretender abrir um debate tendente à legalização da eutanásia.
Na sua perspectiva, a morte medicamente assistida só poderá ser permitida em caso de estado terminal irreversível e se for expressamente autorizada pelo próprio doente: ou estando lúcido ou, não o estando, através do chamado "testamento vital" (assinado em consciência, previamente, e em que a pessoa define as condições em que admite a morte medicamente assistida).
"Esta é uma matéria exclusiva da liberdade individual", afirmou.
Legalização da eutanásia seria "risco social e retrocesso civilizacional"
15h29m(JN) 11.2.2009
O bastonário da Ordem dos Médicos considerou que a legalização da eutanásia seria um "risco social e um grande retrocesso civilizacional" e iria levar a um "desinvestimento na área da saúde".
Comentando a preparação de uma moção sobre a eutanásia para ser discutida no próximo congresso do Partido Socialista, Pedro Nunes referiu que numa sociedade democrática qualquer assunto pode ser discutido com "tranquilidade e serenidade".
Num eventual debate sobre a eutanásia, o bastonário vai defender que a eutanásia é um "enorme risco para a sociedade" porque levaria a desinvestimentos na área dos cuidados paliativos dirigidos aos doentes terminais.
Pedro Nunes defendeu que a legalização tornaria a eutanásia um dever, em vez de um direito.
O bastonário afirmou que a eutanásia é defendida numa sociedade que vive presa ao "pânico e medo" de um aproximar da morte e que é comum as pessoas pensarem que seria melhor terminar o mais rapidamente possível com o sofrimento.
Mas perante um cenário de "estímulo" ao desinvestimento na saúde, e especialmente nos cuidados paliativos, Pedro Nunes perspectivou que a morte dos doentes terminais "fosse bem mais precoce e mais difícil".
"Seria um risco para todos nós como cidadãos que em algum momento podemos precisar de cuidados paliativos", disse.
O responsável lembrou ainda que do ponto de vista da ética médica, os clínicos estão treinados para defender a vida e não a morte.
"Do ponto de vista social, (a legalização da eutanásia) seria um grande retrocesso civilizacional", argumentou.
Pedro Nunes também sublinhou as diferenças entre a eutanásia e a distanásia. A primeira passa por deliberadamente provocar a morte, enquanto a segunda inclui a decisão do médico decidir dar mais terapêuticas para prolongar a vida.
O dirigente socialista Augusto Santos Silva afirmou hoje estar de acordo com a possibilidade do debate sobre a eutanásia se travar, já que se trata "de uma questão complexa e delicada".
"O PS, a sociedade civil, os profissionais de saúde e as instituições religiosas devem fazer esse debate. Há já um forte consenso na sociedade portuguesa no sentido de poupar os moribundos ao sofrimento desumano. Mas uma coisa é defender essa posição e outra coisa é defender a eutanásia", declarou o dirigente socialista.
A moção sectorial que pretende gerar o debate em torno da eutanásia é subscrita pelo deputado socialista Marcos Sá, pelo presidente do PS, Almeida Santos, e pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro.
Em declarações ao DN e TSF, Marcos Sá disse pretender abrir um debate tendente à legalização da eutanásia.
Na sua perspectiva, a morte medicamente assistida só poderá ser permitida em caso de estado terminal irreversível e se for expressamente autorizada pelo próprio doente: ou estando lúcido ou, não o estando, através do chamado "testamento vital" (assinado em consciência, previamente, e em que a pessoa define as condições em que admite a morte medicamente assistida).
"Esta é uma matéria exclusiva da liberdade individual", afirmou.
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