sábado, 27 de junho de 2009

Almeida Santos considera resultado das Europeias "injustos" para o PS
(JN) 27.6.09
O presidente do PS, Almeida Santos, considera que os resultados das últimas Eleições Europeias foram "profundamente injustos" para o seu partido e para o primeiro-ministro.
"Foram profundamente injustos, porque o descontentamento do povo é resultado da crise e não somos nós os responsáveis pela crise. Pelo contrário, estamos a combatê-la. Acho que não merecíamos esta sanção", afirmou o antigo presidente da Assembleia da República, em Paredes.
Almeida Santos, que falava na apresentação de Artur Penedos como candidato socialista à Câmara de Paredes, mostrou-se preocupado com as próximas eleições legislativas, lembrando que as últimas sondagens apontam para um resultado do PS próximo dos 35 por cento.
"Espero que o povo português caia em si e reconheça as reformas realizadas. Espero que reveja a sua opinião sobre este governo e o seu primeiro-ministro", observou Almeida Santos.
Para o presidente do PS, algum descontentamento do eleitorado também pode ter a ver com o facto de o primeiro-ministro ter sido "capaz de desagradar para resolver os problemas graves do país".
"Espero que nas próximas eleições o país não ser esqueça do PS e o seu governo", insistiu.
Almeida Santos também criticou os elevados níveis de abstenção nas eleições europeias realizadas há algumas semanas, lamentando que o povo português não tenha percebido que tem para com a União Europeia (UE) "um dever de gratidão".
Lembrando as vantagens de Portugal estar na Europa, o presidente do PS considerou que a União europeia "é um exemplo para o mundo inteiro porque, cada vez mais, se desenvolvem problemas que não têm solução nacional, como a explosão demográfica, a pobreza, os desequilíbrios naturais e a violência".
Almeida Santos também deixou elogios ao candidato do PS à Câmara de Paredes, que foi seu secretário na Assembleia da República.
O presidente do PS lembrou a "habilidade" com que Artur Penedos, actual assessor do primeiro-ministro, resolvia problemas entre os partidos com assento parlamentar.
"Ele pode aqui em Paredes pôr em prática as suas qualidades pessoais, intelectuais e políticas. Se lhe derem essa oportunidade, será um grande presidente da Câmara", vincou o presidente do PS.
"O poder local tem uma história de que os portugueses se podem orgulhar", acrescentou, assinalando que "o desenvolvimento espantoso do interior do país após o 25 de Abril se deve ao poder municipal".

9 comentários:

Anónimo disse...

Quando o POVO fala não há infustiça. Tem de se compreender a mensagem
E quem não o souber fzer morre na praia.

Anónimo disse...

Não foi o Sr. Almeida Santos que disse que o aeroporto devia ficar na Ota, porque se fosse para Alcochete os terroristas podiam dinamitar a nova ponte? E não foi o Sr. Almeida Santos que disse que as votações no Parlamento não deviam ser à sexta-feira, para os deputados pudessem faltar? Admiro-me que ainda haja gente que dá ouvidos a este fóssil da política.

Primo de Amarante disse...

Almeida Santos deveria tratar dos netos.

M. Araújo disse...

"...Espero que o povo português caia em si e reconheça as reformas realizadas. Espero que reveja a sua opinião sobre este governo e o seu primeiro-ministro", observou Almeida Santos."

Eis um exemplo vivo do desconhecimento das razões objectivas dos males e insistência nos erros. Não é ao povo que compete "Cair em si", os governantes são quem tem de "cair em si".
Diz o ditado que:"Todo o burro come a palha mas é preciso saber dár-lha" e o governo não soube dar o alimento ao povo...

Anónimo disse...

Tá xéxé. Já não devia estar onde está. Tem uma conceção monarquica da republica. Não sabem em que mundo estao.

Micaela disse...

As declatrações do A.S. mostram que o PS está incapas de perceber seja o que for. Já não vai dar tempo para volta nenhuma.Nem acabando com as cotas na progressão dos professortes. Então ele acha que os portugueses se enganaram e agora devem retificar? Acabou este ciclo do PS. E foram 4 anos de oportunidades perdidas com novas oportunidades. Sabem porque? Porque é tudo uma carneirada só a procura de serem chamados para um tacho. E agora vem os PSD ao "cheiro da mesma canela". A não ser que o eleitorado dê um subida violenta à esquerda, tipo 25% (BE+PC) que faça com o PS uma confortável maioria. Ou que se segure uma maioria PS-BE que possa negociar umas coisas com o PC se for preciso. As sondagens para já dão 56% (PS+BE+PC). Mas o cenário pode piorar e o PSD pode recuperar mais à custa do PS. Aí estará tudo perdido. Teremos direita para mais uns anos.
E o PS teve tudo na mão. Até a arrogância, a falta de preparação intelectual, o excesso de encenação, a falta de autentica seriedade. Tudo isso acaba por passar por mais acessores de imprensa que contratem ou telepontos que inventem.
O povo já não vai nos show off tecnologicos. Com uma doisa cmo a Min. da Educação alguma vez o PS poderia ganhar eleições. SãO MESMO INCOMPETENTES! Não tem visão politica.

Polícia de Giro em reflexão profunda. disse...

Penedos apresentou-se em Paredes com um séquito de Lisboa:
Santos Silva, Idália Moniz, Valter Lemos e do Porto Renato Sampaio.
Levou ainda Pinto da Costa que em experiências anteriores do PS ara a Camara do Porto ditaram a derrota de misturar futebol com política.
Valter Lemos e Renato não acrescentam votos, antes pelo contrário.
E se o PS e os candidatos não aprenderam com o aviso das Europeias, então o desastre vai ser total.
Com uma comunicação social desfavorável, com candidatos em dois tabuleiros, com divisões em vários concelhos, ou o PS faz um exame de consciência e altera estratégias ou está definitivamente aberta a porta para a direita vencer tudo por largos anos.

Polícia de Giro atento e respeitador disse...

Ó Primo de Amarante!
Tratar dos netos?
O desabafo de Almeida Santos é justo e oportuno. Poderia não fazer em público. Mas este homem diz e escreve o que outros nao têm coragem.
P. f. não lhe peço para alterar o seu comentário, mas certifique-se por si que este homem na reserva política tem coragem como poucos de assumir erros e confessá-los.
O livro "Que Nova Ordem Mundial" de Almeida Santos de Dezembro de 2008 é muito esclarecedor para falarmos do nosso futuro e dos nossos netos.

Anónimo disse...

A penúltima (?)obra de A.S, intitulada Quase Memórias, tirando as primeiras cento e tal páginas em que narra a adolescênccia em Moçambique, é fraquíssima e tem bocas foleiras ( reaças ) com fartura. Nâo tem nada a ver com a lutra da esquerda portuguesa e o pós 25 de Abril é tratado com os pés e com ressabios. A.S. diz tudo e mais alguma coisa e por isso fala sem sustentação, mudando sempre de canção quando muda de montanha. Do ponto de vista memorialístico a sua obra conta pouco. No resto tem uma obsessão pelo modernismo que é mais pelo futurismo.Umas vezes acerta, outras tenta, mais vale que não fazer nada.
Nada, aliás, é o que faz como Presidente do Partido. Não passa de uma marioneta na mão do Santos Silva, do Lelo e dos outros.