Crise prejudica aplicação no Norte das verbas comunitárias
19.06.2009, Mariana Oliveira
A crise está a afectar a utilização dos fundos comunitários disponíveis através do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2). Quem o diz é o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Carlos Lage, que ontem organizou em Vila Nova de Gaia a terceira reunião da comissão de acompanhamento do programa. "O problema não está na apresentação de candidaturas, mas depois na execução das candidaturas aprovadas", explicou Lage, recordando que os candidatos têm sempre que entrar com uma parcela mínima de 30 por cento do valor do investimento. Mesmo assim, Carlos Lage espera entregar até ao final do ano 300 milhões de euros dos fundos do ON.2, que representam 12 por cento do programa. "É uma boa execução que antecipa, para Dezembro de 2009, uma regra comunitária que impõe a execução desta percentagem até 2010", refere o presidente da CCDRN. Para já, a taxa de aprovação de candidaturas do programa, que arrancou em 2007 e decorre até 2013, ronda os 30 por cento, num total de 800 milhões de euros distribuídos. Até ao final do ano, Carlos Lage estima que a percentagem suba para os 50 por cento.A intervenção em centros escolares do 1.º Ciclo do Ensino Básico já superou as metas inicialmente definidas com 241 projectos aprovados. Foi dada igualmente primazia à reabilitação urbana, tendo sido aprovadas candidaturas no valor de 280 mil euros na requalificação de frentes ribeirinhas e de frentes marítimas de 68 municípios. Nos dois casos trata-se de candidaturas consideradas importantes para a manutenção do emprego.
19.06.2009, Mariana Oliveira
A crise está a afectar a utilização dos fundos comunitários disponíveis através do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2). Quem o diz é o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Carlos Lage, que ontem organizou em Vila Nova de Gaia a terceira reunião da comissão de acompanhamento do programa. "O problema não está na apresentação de candidaturas, mas depois na execução das candidaturas aprovadas", explicou Lage, recordando que os candidatos têm sempre que entrar com uma parcela mínima de 30 por cento do valor do investimento. Mesmo assim, Carlos Lage espera entregar até ao final do ano 300 milhões de euros dos fundos do ON.2, que representam 12 por cento do programa. "É uma boa execução que antecipa, para Dezembro de 2009, uma regra comunitária que impõe a execução desta percentagem até 2010", refere o presidente da CCDRN. Para já, a taxa de aprovação de candidaturas do programa, que arrancou em 2007 e decorre até 2013, ronda os 30 por cento, num total de 800 milhões de euros distribuídos. Até ao final do ano, Carlos Lage estima que a percentagem suba para os 50 por cento.A intervenção em centros escolares do 1.º Ciclo do Ensino Básico já superou as metas inicialmente definidas com 241 projectos aprovados. Foi dada igualmente primazia à reabilitação urbana, tendo sido aprovadas candidaturas no valor de 280 mil euros na requalificação de frentes ribeirinhas e de frentes marítimas de 68 municípios. Nos dois casos trata-se de candidaturas consideradas importantes para a manutenção do emprego.
O presidente da CCDRN não esconde, contudo, que é fundamental a inversão do actual ciclo económico para se avançar na utilização do ON.2 e que só isso garantirá o sucesso do programa regional. Carlos Lage lembra que, devido à crise, o Norte tem sido muito atingido pela quebra das exportações. "Em 2007, 41 por cento das exportações portuguesas tinham origem no Norte, mas a percentagem caiu para 38 por cento em 2008", disse.
2 comentários:
O que prejudica o Norte é a falta de liderança. Não há gente com prestígio, como houve noutros tempos. Lembram-se dos pensadores do Porto?!... Marcaram um século.
Hoje as sedes das grandes empresas de gente do norte está em Lisboa. E porquê?!... Culpam o centralismo, mas não foi só o centralismo: foi sobretudo a incapcidade de gerar estratégias de desenvolvimento do Norte.E isso passaria por ligar o Norte a Galiza.
Exportações caírqam 38% em 2008, quando estávamos no paraíso socrático, não em 2009 com a crise internacional...
O falhanço principal de Sócrates é na política financeira e económica. Foi na política salazarista só praticável em ditadura. Em democracia dá os resultados que se vê.
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