quarta-feira, 3 de junho de 2009

Deputados eleitos à condição
(DN) 3.6.09 EDITORIAL
A dimensão ética da democracia nem sempre corre a par com a sua prática. E é esta prática que, aos olhos dos cidadãos, a fortalece ou a fragiliza. As eleições europeias conduzem-nos, inevitavelmente, a esta questão: os cidadãos elegem candidatos ou uma lista de pessoas que pode ser uma realidade, no momento da eleição, e outra, no momento seguinte? Elegem deputados que se anunciam já como não deputados se eleitos forem para uma qualquer autarquia, no final do ano?
Pode-se argumentar que nada foi escondido ao eleitor e que as regras eleitorais o não impedem. O eleitor, esse, é que fará o seu juízo sobre esta prática. Mas esse juízo conduz-nos (e conduzirá muitos eleitores) à questão do grau de confiança no sistema e à credibilidade deste. Isto é, à valoração ética da prática dos partidos. Questão sobre a qual estes não devem mostrar-se distraídos.
Não é por acaso que os partidos, pelo menos alguns deles, anunciam ao eleitorado equipas de candidatos, fotografadas e apresentadas como tal em cartazes e outra propaganda. São nomes, pessoas, e a estas pessoas dá-se-lhes um rosto. Nesses rostos o eleitor vota. Ou crê votar. Porque podem ser apenas rostos de aluguer.
Mais ainda. Em tempos de insegurança laboral, a conclusão que o eleitor pode ser levado a tirar é a de que, para os políticos, se trata de uma questão de job. Se não der ali, está garantido no outro lado.(...)

4 comentários:

Anónimo disse...

É verdade que o autarca Guilherme tambem se quer segurar na lista de deputados? Como a Isabel, a Joana, O Couto, o Penedos? É o fim da picada perderam todos a vergonha não basta a barracada da Elisa?

Vai de Vela disse...

O Guilherme está entre a morte por fusilamento e a morte por suicído. Morrer vai morrer,( salvo seja) mas assim aparece não como o que morreu nas urnas mas o que se matou para não morrer. esta nem a mim lembrava. Mata-se para não morrer. Vivera na eternidade do tacho parlamentar. Ou irá para acesor do chefe de gabinete do Costa.

Manuel Silva disse...

É a podridão da Politica...já assim foi com o Seabra...

LUGAR AOS JOVENS E BONS POLITICOS...

GAVIÃO DOS MARES disse...

E porque não o duplo emprego?
A vida está difícil, mesmo.