O Partido Socialista é o grande partido português da esquerda democrática, mas devemos ter a humildade de reconhecer que nem sempre, no decorrer destes quatro anos, o seu governo actuou de acordo com as expectativas geradas no eleitorado.
Nem sempre as reformas necessárias foram executadas com o melhor tacto político na escolha do momento e na forma de fazer, do que decorreu um significativo desgaste governativo em sectores vitais da vida portuguesa.
As remodelações necessárias para criar novos elãs governativos e sobretudo novas esperanças mobilizadoras nos portugueses nem sempre ocorreram, podendo citar-se como elucidativa, pela positiva e a título de exemplo, a melhoria profunda das relações da governação com os cidadãos no domínio da Saúde por via da remodelação ministerial operada.
Como se torna habitual quando o PS forma governo, o partido deixou-se adormecer. O debate interno foi minorado em favor da concepção unicitária do apoio ao governo, nem permitindo a necessária contribuição crítica dos militantes, nem a ligação interactiva entre os militantes e os cidadãos, nem propiciando a que a pluralidade de pontos de vista permita que a diversidade social nele se reveja.
Além disso, no 35º ano da nossa II república, a imagem da democracia e da política tem vindo a degradar-se sem que o PS e o Governo tenham tomado medidas suficientes para moralizarem a vida pública e renovarem uma imagem revivificada da acção política.
Donde um profundo descrédito pela política e pelos agentes políticos, uma falta clamorosa de esperança nos portugueses em relação ao futuro, uma degradação dos valores cívicos e sociais, um entristecimento e desorientação generalizadas nos cidadãos, sempre ampliada pelas crises sucessivas da Justiça e pela indústria da comunicação social.
No que diz respeito ao Distrito do Porto e à Região Norte, onde a quebra e a recessão económicas mais se fizeram sentir com incidência determinante na queda das exportações nacionais e na concentração de 40% do desemprego do país, estivemos longe de obter políticas de investimento público suficientes ou de resolver alguns problemas estruturais para a região tais como, a mero título de exemplo, uma decisão sobre a futura gestão do aeroporto Sá Carneiro.
Nas eleições europeias do passado dia 7 de Junho, pela primeira vez, o Partido Socialista ficou aquém de um milhão de votos enquanto o PS Porto teve no Distrito menos votos que o PSD, o que não acontecia há 18 anos.
Face a estes resultados, e uma vez que não fomos capazes de proceder atempadamente às alterações necessárias, é decisivo para o futuro próximo do partido que sejamos capazes de reconhecer as debilidades.
Precisamos da humildade de reconhecer que, por vezes, o governo não ouviu os anseios das populações e que o Partido Socialista, ao contrário do que seria seu dever, nem sempre se fez ouvir junto ao governo para que as políticas fossem reajustadas; precisamos da humildade de arrepiar caminho, mudar de atitude, mudar de estilo e mudar de imagem.
Não com uma mera mudança por via das cosméticas, mas com uma nova imagem a que correspondam novas ideias e formas de encarar a política. Para isso, o partido precisa de renovação, preparar novos rostos que dêem garantias no eleitorado de uma forma redignificada de fazer política enquanto serviço.
Sendo impossível, até Agosto ou Setembro próximos discutir, deliberar e organizar sobre novas políticas ou metodologias para a indicação dos candidatos a deputados e a autarcas…
Sendo vital que na preparação dos dois próximos processos eleitorais se faça sentir a preocupação de moralização e credibilização da política do Partido no Distrito do Porto…
A Comissão Política Distrital do Porto, reunida a 15 de Junho de 2009, delibera que:
Nem sempre as reformas necessárias foram executadas com o melhor tacto político na escolha do momento e na forma de fazer, do que decorreu um significativo desgaste governativo em sectores vitais da vida portuguesa.
As remodelações necessárias para criar novos elãs governativos e sobretudo novas esperanças mobilizadoras nos portugueses nem sempre ocorreram, podendo citar-se como elucidativa, pela positiva e a título de exemplo, a melhoria profunda das relações da governação com os cidadãos no domínio da Saúde por via da remodelação ministerial operada.
Como se torna habitual quando o PS forma governo, o partido deixou-se adormecer. O debate interno foi minorado em favor da concepção unicitária do apoio ao governo, nem permitindo a necessária contribuição crítica dos militantes, nem a ligação interactiva entre os militantes e os cidadãos, nem propiciando a que a pluralidade de pontos de vista permita que a diversidade social nele se reveja.
Além disso, no 35º ano da nossa II república, a imagem da democracia e da política tem vindo a degradar-se sem que o PS e o Governo tenham tomado medidas suficientes para moralizarem a vida pública e renovarem uma imagem revivificada da acção política.
Donde um profundo descrédito pela política e pelos agentes políticos, uma falta clamorosa de esperança nos portugueses em relação ao futuro, uma degradação dos valores cívicos e sociais, um entristecimento e desorientação generalizadas nos cidadãos, sempre ampliada pelas crises sucessivas da Justiça e pela indústria da comunicação social.
No que diz respeito ao Distrito do Porto e à Região Norte, onde a quebra e a recessão económicas mais se fizeram sentir com incidência determinante na queda das exportações nacionais e na concentração de 40% do desemprego do país, estivemos longe de obter políticas de investimento público suficientes ou de resolver alguns problemas estruturais para a região tais como, a mero título de exemplo, uma decisão sobre a futura gestão do aeroporto Sá Carneiro.
Nas eleições europeias do passado dia 7 de Junho, pela primeira vez, o Partido Socialista ficou aquém de um milhão de votos enquanto o PS Porto teve no Distrito menos votos que o PSD, o que não acontecia há 18 anos.
Face a estes resultados, e uma vez que não fomos capazes de proceder atempadamente às alterações necessárias, é decisivo para o futuro próximo do partido que sejamos capazes de reconhecer as debilidades.
Precisamos da humildade de reconhecer que, por vezes, o governo não ouviu os anseios das populações e que o Partido Socialista, ao contrário do que seria seu dever, nem sempre se fez ouvir junto ao governo para que as políticas fossem reajustadas; precisamos da humildade de arrepiar caminho, mudar de atitude, mudar de estilo e mudar de imagem.
Não com uma mera mudança por via das cosméticas, mas com uma nova imagem a que correspondam novas ideias e formas de encarar a política. Para isso, o partido precisa de renovação, preparar novos rostos que dêem garantias no eleitorado de uma forma redignificada de fazer política enquanto serviço.
Sendo impossível, até Agosto ou Setembro próximos discutir, deliberar e organizar sobre novas políticas ou metodologias para a indicação dos candidatos a deputados e a autarcas…
Sendo vital que na preparação dos dois próximos processos eleitorais se faça sentir a preocupação de moralização e credibilização da política do Partido no Distrito do Porto…
A Comissão Política Distrital do Porto, reunida a 15 de Junho de 2009, delibera que:
- Os próximos deputados devem assumir não só o compromisso constitucional de representarem o país, como o de responderem perante o eleitorado concreto do círculo por onde foram eleitos;
- Os próximos deputados devem comprometer-se a sustentar lealmente o governo que tenha sido indicado ou apoiado pelo Partido Socialista, aprovando o programa do governo que resulte do programa eleitoral, aprovando o plano e orçamento anuais, e rejeitando todas as moções de censura dirigidas contra o governo;
- Os próximos deputados do Porto comprometem-se a defender os interesses da região, ouvindo o seu eleitorado, os seus anseios e as suas opiniões, trabalhando-os politicamente e travando as batalhas necessárias para os defender; os deputados devem ter um papel activo, individualmente e enquanto grupo, na defesa dos interesses da região particularmente na discussão e aprovação anual do PIDAC; os deputados devem comprometer-se a dar conta dos seus trabalhos e das suas iniciativas ao seu eleitorado, em sessão pública semestral aberta a todos os cidadãos e em que todos possam usar da palavra; os deputados socialistas devem pois comprometer-se a apoiar o governo socialista com uma presença construtiva e crítica
- De todos os compromissos políticos dos próximos deputados, o da lealdade para com o eleitorado é o mais relevante; o partido não tem interesses próprios que extravasem os seus valores ideológicos; a razão de ser do partido é o serviço às pessoas, e portanto ao país, tal como o entende nas suas bases ideológicas, nos seus estatutos e nos seus programas;
- No sentido da transparência, claridade e moralização da vida política na relação dos candidatos socialistas com o eleitorado, de acordo com o entendimento plasmado em diversas tentativas mas nunca efectivado inteiramente, são interditas as candidaturas simultâneas por parte dos mesmos candidatos às Câmaras municipais e à Assembleia da República; o Partido deve apresentar candidatos que assumam integralmente os projectos a que se candidatam, evitando dúvidas no eleitorado tanto quanto à natureza das candidaturas como quanto à civilidade do acto de candidatura.
- Finalmente, as listas dos candidatos a deputados devem representar todas as sensibilidades existentes dentro do partido no distrito, de acordo com a melhor tradição do Partido Socialista, para que todos os sectores do eleitorado neles se revejam, neles votem e com eles estabeleçam uma relação persistente, profunda e interactiva de apoio e exigência políticas.
9 comentários:
Não deixar discutir uma moção é não perceber o que se passa no distrito do Porto.
Ter uma maioria não permite tudo.
Às vezes me envergonho de estar ainda filiado no PS do Porto.
Assim mais uma derrota se desenha no futuro próximo.
Lamentável este comportamento.
A moção (bem feita, aliás! – e um bom contributo de quem sabe o que é ser militante de um partido) tornou-se num atestado do que se passa no PS, certificado (paradoxalmente) pela própria recusa da maioria (pois, com esse gesto confirmou o teor da moção).
Era o que se esperava de um PS que tem medo da sua própria identidade (recusa enfrentar o seu próprio rosto) e segue obsessivamente e no seu esplendor a estratégia da avestruz.
Rejeitar uma moção é aceitável, rejeitar sequer discuti-la é anti-democrático, ou seja, nada de novo no PS/Porto! Digo-o com plena noção das minha palavras: "Há muitos FASCISTAS com assento nesse orgão, isso mesmo, FASCISTAS!"
Valha-nos que, tal como o outro, mais cedo ou mais tarde vão cair da cadeira.
salazaristas com assento no orgão!!!!?????????
Ah grande cadeira!!!
Onde é que ela está?
Por acaso, inadvertidamente, acabou por ser um comentário muito sexual. lol
Renato Sampaio é incapaz de discutir seja o que for. Nem tem formaçao democratica. está a enterar o PS Porto. basta ver as babuseiras que anda a dizer sobre demitirsse ou não. Que só se perder mais quatro Camaras. Como ia discutir as duplas candidaturas se está cheio de compromissos por todos os lados. O que acontecia á Joana, á Isabel, ao Couto e ao Guilherme que também vai a deputado pois já sabe que vai perder? Querem lá saber de moralizações. O Camarada Pedro Batista é mesmo idealista! Só contam os lugares, so barco for ao fundo pouco lhes interessa fogem a tempo. Ou não terão tempo?
Por este andar vai ser uma banho tanto das legislativas como nas autarquicas. Pos como objectivo ganhar o Porto. O Porto está perdido precisamente pelas duplas candidaturas. Vejam o exemplo do Pedroso...
"Renato Sampaio está a enterrar o PS" dixit vai de vela.
E é só ele? O governo, o seu admirável líder e porta-vozes (*) mais parecem plumbeo lastro que tripulação.
Dizem que estão a treinar mergulho em apneia.
(*) sem esquecer a jeitosa educadora de infância DRENosa
A proibição das duplas candidaturas é um dos pontos elementares da necessária moralização da vida publica. Força PB. Acabar com a chulice que está a destrruir a democracia.
fonha-se!!!!
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